171, GTA brasileiro, é Top 3 no Steam em meio a acusações; entenda o caso

171, jogo brasileiro inspirado na franquia Grand Theft Auto (GTA), alcançou a 3ª posição do Steam Top 100, que lista os jogos mais vendidos da semana no Brasil. O aguardado título da produtora Betagames Group teve sua versão alpha lançada em acesso antecipado no dia 17 de novembro, e, com isso, ficou atrás apenas dos recém-lançados Call of Duty: Modern Warfare 2 e Counter Strike: Global Offensive (CS:GO) em o ranking da loja digital. No entanto, o estúdio de jogos se envolveu em polêmica após receber críticas de desenvolvedores e ser acusado de fraude e peculato. Confira abaixo mais detalhes sobre o caso.

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O projeto 171 está em desenvolvimento há aproximadamente 10 anos, mas ganhou forma mais definitiva em 2015, por meio da Unreal Engine 4. Desde então, a empresa realizou diversas campanhas de crowdfunding, como em 2019 e 2020, quando arrecadou R$ 68.839. e R$ 195.208, respectivamente, para o desenvolvimento da versão alfa. Essa edição mais “inicial” já está à venda no Steam em acesso antecipado, a partir de R$ 53,99.

No entanto, alguns desenvolvedores do título fizeram postagens críticas nas redes sociais e em seus próprios sites afirmando que a equipe de produção não foi transparente com os gastos do financiamento da campanha. Em uma delas, o desenvolvedor Junior_Djjr, do site MixModsexplica que grande parte do conteúdo do jogo são “ativos” comprados – ou seja, recursos pré-fabricados criados por terceiros, como gráficos e mecânica de jogo, vendidos em lojas como o Unreal Engine Marketplace e a Unity Asset Store.

A desenvolvedora não critica o uso dos assets, mas afirma que eles são muito baratos em relação ao dinheiro arrecadado para implementá-los no jogo. Por exemplo, segundo ele, o sistema de carro “FGear” custa US$ 100 (cerca de R$ 533), os personagens são gerenciados pelo World Director NPC, que custa R$ 550, e a mobilidade do protagonista funciona a partir de Advanced Locomotion, um sistema que é gratuito.

Nesse sentido, o post critica especialmente o “sistema diurno e noturno” implementado pela equipe do jogo. É meta ampliada ao atingir R$ 85 mil em financiamento, que utiliza um item de US$ 39 (cerca de R$ 207), o Ultra Dynamic Sky. Ele também afirma que a soma dos ativos principais seria inferior a R$ 3.000 e que o jogo é um “asset flip”, nome dado a projetos de baixa qualidade que alteram pouco os recursos pré-fabricados.

Diante das acusações, o Grupo Betagames se manifestou nesta terça-feira (22) por meio de uma postagem em suas redes sociais. Nele, a produtora refuta as acusações e afirma que os ativos não representam 20% do que o jogo é hoje. O comunicado de imprensa também diz que “acreditar que é possível desviar dinheiro de um orçamento aproximadamente R$ 164 mil em um projeto sandbox, como o 171 Alpha (…) não está levando a sério quem vive dessa indústria e desvalorizando seus profissionais”.

Atualmente, para jogar 171 usuários precisam adquirir a versão alpha em acesso antecipado no Steam, que vem fazendo muito sucesso desde o seu lançamento. Nesta opção de jogo, embora não haja modo campanha, é possível explorar o mundo aberto, realizar determinadas atividades para ganhar dinheiro e gastar o ganho em roupas e customização de carros. Estima-se que o jogo completo seja lançado no início de 2024 para PC, e há planos para versões em consoles como PlayStation 5 (PS5), PlayStation 4 (PS4), Xbox Series X/S, Xbox One e Nintendo Switch.

Com informações de Grupo Betagames🇧🇷 MixModsvapor (1 e dois🇧🇷