1899: 10 perguntas que precisam ser respondidas na segunda temporada

Mesmo com o sucesso de público e crítica, a Netflix até agora não confirmou novas temporadas de 1899. Em entrevista ao site IndieWire, Baran bo Odar informou que o plano para a série é o mesmo de Dark, com três temporadas. “A primeira temporada é sobre estabelecer um grande tema, uma grande coisa. Veremos se haverá uma segunda temporada e começaremos a brincar com esse tema onde teremos uma resolução ideal na terceira temporada. Mais uma vez, é como ‘Dark’, que deveria ser contada em três temporadas.”

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Entre os fãs que ainda aguardam os próximos capítulos de 1899, a expectativa é que na segunda temporada pontos que ficaram em aberto após oito episódios sejam resolvidos. Se você já maratonou a série e ficou em dúvida com algumas passagens, acompanhe os tópicos abaixo para entender o que precisa ser explicado na segunda temporada. Aviso: há spoilers à frente.

Ao final da primeira temporada da série, descobrimos que a nave Kerberos, apresentada como a embarcação da jornada dos personagens, nada mais é do que o resultado de uma simulação orquestrada dentro de uma nave espacial chamada Prometheus (que também é o nome de o outro navio encontrado pelos imigrantes durante a viagem). A responsabilidade pelo experimento é atribuída à neurocientista Maura Franklin (Emily Beecham) e seu marido Daniel (Aneurin Barnard), ambos pais de um menino lacônico chamado Elliot (Flyn Edwards), que na verdade seria uma representação do filho do casal fora da simulação. .

No entanto, também sabemos que Maura não se lembra da vida antes de sua simulação e que aparentemente é controlada por seu irmão, Ciaran. O que leva à pergunta fundamental: será que Maura é mesmo a responsável por toda a simulação que ocorre dentro da nave? Entusiasmado com a Alegoria da Caverna, do filósofo grego Platão, o público é levado a acreditar que sim, já que o mito trata da percepção que temos da realidade. Porém, a presença do pai na realidade virtual e o controle do irmão sobre a simulação de Maura levantam dúvidas sobre a real autoria do projeto.

Irmão da protagonista Maura, Ciaran apareceu em uma mensagem de texto em um dos computadores da nave Prometheus. No conteúdo, entendemos que ele soube do momento em que a irmã acorda da realidade virtual, pois em tempo real ele digita para Maura. Na tela do monitor, há uma mensagem em papel com os dizeres “Que seu café faça efeito antes que a realidade faça”. Isso implica que Ciaran está dentro do Prometheus, já que os outros passageiros estão dormindo na simulação. No entanto, ainda resta saber o que ele faz na nave, qual é o seu papel no projeto Prometheus e como ele tem controle sobre a simulação de sua irmã.

Encontrado dentro da nave Prometheus, o menino Elliot é um dos primeiros mistérios da série. Com forte ligação com a neurocientista Maura, o menino descobre no oitavo episódio que é filho da personagem e que seu pai é Daniel. Ele não acredita, até que seu avô Henry (Anton Lesser) mostra a ele uma memória virtual de Maura em um hospital sendo consolada pelo marido, afirmando que ela não teria como manter Elliot vivo depois que o menino foi diagnosticado com uma doença terminal. doença. Resta saber se Elliot está de fato morto fora da simulação ou se é mantido vivo graças ao aparato Prometheus na mesma realidade virtual de seus pais.

Ao longo dos episódios da série, ficamos sabendo dos dramas e questões pessoais de cada integrante da Kerberus. Entre algumas das histórias, descobrimos que o magnata espanhol Angel (Miguel Bernardeau) e seu irmão, o padre português Ramiro (José Pimentão), são na verdade amantes. Ling Yi (Isabella Wei), embora se vestisse como uma gueixa japonesa, veio do Japão e cometeu um assassinato antes de embarcar. A dinamarquesa Tove (Clara Rosager) foi estuprada e depois se vingou com a ajuda do irmão Krester, entre outros dramas pessoais.

Como tudo em Prometheus é simulado, surge a dúvida sobre a veracidade desses eventos. Uma hipótese é que os passageiros façam parte de um experimento que rastreia essas memórias traumáticas como forma de apagá-las de suas mentes. Outro ponto a ser esclarecido é como essas pessoas foram selecionadas para estar dentro da nave e qual foi sua verdadeira vida passada.

Inicialmente visto como um empresário inglês dono das embarcações Kerberos e Prometheus, Henry Singleton (Anton Lesser) é revelado como o pai da personagem Maura e avô do menino Elliot. É ele quem revela ao neto as intenções da filha com a simulação, pois Henry revela que Maura e Daniel, os pais do menino, idealizaram o projeto. Maura, porém, não tem lembranças de sua vida antes da simulação, e em determinado momento, ao relembrar uma memória traumática, a personagem recebe uma injeção de conteúdo negro de Henry, para esquecer o momento.

Tal atitude mostra que Henry talvez seja um cientista como a filha, mas não sabemos sua real função dentro da nave e porque ele também embarcou na simulação. Além disso, Henry poderia ser o aliado de Ciaran para controlar a simulação de Maura, já que o patriarca possui dispositivos e conhecimentos que interferem na realidade virtual.

Na mensagem de tela visualizada por Maura, lemos que o Projeto Prometheus é aparentemente uma missão de sobrevivência. Logo após, as coordenadas espaciais são mostradas na tela. A nave espacial tem 1.423 tripulantes e uma equipe de 550 pessoas. Mas não há clareza sobre qual parte do universo a espaçonave pretende alcançar. Por se tratar de uma missão de sobrevivência com elevado número de passageiros, entende-se que possa ser um projeto de colonização do espaço. Resta saber qual planeta.

Se a missão de sobrevivência de Prometeu é provavelmente colonizar o espaço, qual seria a utilidade da simulação vivida em loop pelos personagens? Com base nos traumas apresentados pela tripulação e no interesse de Maura em alterar a realidade, acredita-se que possa haver um interesse “terapêutico” pelo experimento, algo que será explicado posteriormente.

Em outras produções com viagens espaciais de longa distância, como Alien – O Oitavo Passageiro (1979) e 2001 – Uma Odisséia no Espaço (1968), a tripulação está dormindo em uma espécie de sono criogênico para manter o corpo preservado até o destino final. Ao invés de apenas dormir, os passageiros de 1899, numa hipotética explicação, estariam interagindo em outra realidade até o destino final da viagem.

Durante o final da série, vimos que os personagens estão em negação após ouvirem de Maura que estão presos em uma simulação criada pelo neurocientista. Como se trata de realidade virtual, eles não podem morrer no navio Kerberos, pois as viagens reiniciam em loop. Mas, quando eles acordarem, haverá alguma chance de haver conflitos reais (e mortais) entre os personagens? Se parte dos navegadores souberem que estão em uma simulação, a segunda temporada deve mostrar como eles vão lidar com a vida fora de Kerberos, o que pode gerar brigas entre eles.

Daniel apareceu pela primeira vez na série como um membro da tripulação não registrado. Logo depois, é revelado que o personagem é na verdade marido de Maura e pai de Elliot. Ele e sua esposa desenvolveram a simulação para manter seu filho vivo em realidade virtual. Assim que tivermos conhecimento dessa informação, os passageiros entram em colapso e a simulação é reiniciada. No entanto, o personagem não aparece. O que sugere que, ao contrário da esposa, a personagem sabe como sair da simulação. Mas ainda não sabemos onde ele está ou se ainda está vivo na nave.

Depois de assistir a uma série que começa em uma nave do século 19 e termina em uma nave espacial de 2099, podemos esperar algo de 1899. Uma dessas possibilidades é que Maura estaria realmente vivenciando uma nova simulação ao acordar em Prometheus. Se levarmos em conta que Maura não tem lembranças de como saiu da realidade virtual e que acordou graças a Cirian, tal hipótese poderia ser viável, se houvesse o mesmo interesse em explorar os traumas alheios que a personagem demonstrou na série em seu irmão.

Com informações de CNET🇧🇷 colisor🇧🇷 Cosmopolita🇧🇷 IMDb🇧🇷 fio independente🇧🇷 Netflix