Pescadores premiados por limpar o mar através da Pesca ao Plástico

Pescadores premiados por limpar o mar através da Pesca ao Plástico


Torneio inédito reúne pescadores para retirar plástico da água

Os pescadores do litoral norte de São Paulo tiveram uma experiência diferente recentemente. Em vez de saírem para pescar peixes, eles participaram de um torneio com o objetivo de retirar a maior quantidade possível de plástico da água.

O torneio, chamado de Torneio de Pesca ao Plástico em Caraguatatuba, contou com a participação de 55 pescadores. O evento foi idealizado pela marca de cerveja Corona, com o intuito de envolver pescadores, comunidade local e ONGs em uma ação de limpeza dos oceanos.

Remuneração para os pescadores

Os pescadores que participaram da ação foram remunerados pelo trabalho realizado, recebendo um pagamento por cada quilo de plástico retirado do mar. Essa iniciativa proporcionou benefícios tanto para o meio ambiente quanto para os próprios pescadores.

Leandro Sodré, um dos pescadores participantes do torneio, declarou: “É muito bom quando eventos como esse acontecem. Além de ajudar a nossa comunidade, também contribuímos para o mundo”.

Recompensas para os vencedores

Os três primeiros colocados do torneio foram premiados. O primeiro colocado recebeu um prêmio no valor de R$ 3 mil, o segundo colocado recebeu R$ 2 mil e o terceiro colocado recebeu R$ 1 mil.

Premiações para a comunidade

Além dos pescadores, a comunidade também foi beneficiada com a reforma do galpão local, onde os pescadores guardam seus barcos e materiais de trabalho. Esse local também é utilizado como centro cultural e até mesmo para sessões de cinema.

Pedro Belga, presidente da ONG Guardiões do Mar, ressaltou que: “A reforma do galpão pode trazer uma nova perspectiva de renda para as famílias que trabalham com Turismo de Base Comunitária (TBC). Além disso, oferece um espaço para expressão cultural, possibilitando a exposição e venda de produtos locais, entre outras oportunidades”.

Primeiro Torneio de Pesca ao Plástico do Brasil

Este torneio foi o primeiro do gênero a acontecer no Brasil. A parceria entre a Corona e a ONG Guardiões do Mar, que atua desde 1998 no apoio à coleta e reciclagem de resíduos, bem como na preservação da biodiversidade marinha, possibilitou a realização deste evento.

João Pedro Zattar, head de marketing da Corona no Brasil, afirmou: “Pensamos em um projeto que pudesse ajudar o meio ambiente e, ao mesmo tempo, apoiar economicamente a região, já que esse lugar é a casa dessas pessoas, que encontram no mar o seu sustento e o de suas famílias”.

Local escolhido

O torneio foi realizado na Praia da Cocanha, em Caraguatatuba, devido à sua relevância econômica e alimentar proveniente da pesca de mexilhões. Esses animais marinhos são muito comuns na região e estão totalmente impactados pela poluição, absorvendo qualquer tipo de impureza e tornando-se impróprios para consumo e venda.

O presidente da ONG Guardiões do Mar concluiu: “O simples fato de reunir todas essas pessoas, pescadores e ONGs, para ter uma nova perspectiva em relação ao plástico, é incrível. Esse é o maior legado que este evento proporcionará”.


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