PLÁSTICO PELO MUNDO: Sapato feito com plástico reciclado, super barco de limpeza dos oceanos e blocos de construção sustentáveis
Sapato feito com plástico reciclado e resíduos de café
A empresa finlandesa Rens lançou um novo calçado inovador feito inteiramente de borra de café e garrafas plásticas sustentáveis. A Finlândia é o país que mais consome café no mundo, com uma média de 12 kg per capita por ano. Infelizmente, toda essa produção de café gera uma enorme quantidade de resíduos, cerca de 14,4 toneladas por ano, o que representa 13% do lixo alimentar anual do país.
Para combater esse problema, a empresa desenvolveu a linha Originals, que utiliza material reciclado para criar sapatos exclusivos com plástico reciclado e resíduos de café. Cada par de sapatos contém 300 gramas de borra de café, o que equivale a 21 xícaras. O CEO da empresa explica que a borra de café é misturada com bolinhas de plástico reciclado, resultando em um fio de poliéster de café.
Apesar do preço um pouco alto, cerca de €96 (quase R$600), em comparação com produtos não sustentáveis, a empresa afirma que os resultados têm sido positivos. Além disso, eles já estão planejando criar roupas utilizando a mesma matéria-prima, para evitar o desperdício de itens que normalmente seriam descartados.
Super barco capaz de filtrar plástico dos oceanos
Aos apenas 12 anos de idade, Haaziq Kazi já entende a importância de preservar nosso planeta por meio de ações conscientes. Estudante do sétimo ano do ensino fundamental, ele projetou um barco chamado Ervis, que possui tecnologia capaz de remover grandes quantidades de plástico descartado dos oceanos.
Haaziq mora em Pune, na Índia, e desenvolveu um protótipo de um “super barco” equipado com um sistema de discos, filtros e bombas hidráulicas que podem coletar milhares de resíduos sólidos de uma só vez. A ideia de construir um “barco sugador de lixo” surgiu quando ele tinha apenas 9 anos, ao assistir documentários sobre o impacto dos resíduos na vida marinha.
Durante uma palestra do TEDx, o jovem inventor explicou que o barco antipoluição é capaz de criar uma força centrífuga para sugar os resíduos do mar, separando a água, a vida marinha e o plástico por meio de sensores. Assim, apenas o material artificial é retido, enquanto o resto é devolvido ao oceano.
Além de apresentar sua ideia em feiras e seminários de ciência ao redor do mundo, Haaziq chamou a atenção de pesquisadores, cientistas e organizações internacionais. O Ervis se destaca por sua capacidade de separar o plástico de acordo com suas dimensões. O primeiro barco a ser produzido terá 40 metros de comprimento, 12 metros de largura, 25 metros de altura e um peso de aproximadamente 600 toneladas.
Embora ainda esteja na fase de esboço, o Ervis tem despertado o interesse de muitas pessoas e é possível que se torne realidade em breve.
Blocos de construção feitos com plástico descartado
A Byfusion, uma startup com sede em Los Angeles, nos Estados Unidos, surgiu com a missão de oferecer um futuro sustentável para o plástico descartado. A empresa desenvolveu um sistema que transforma o plástico em um material resistente chamado byblock, que pode ser usado em construções, como muros de contenção, paredes de som e galpões. Além disso, eles também vendem móveis feitos a partir desse material, como floreiras e conjuntos de mesas de centro.
Os byblocks são feitos completamente de plástico reciclável e não reciclável. A meta da startup é reciclar 100 milhões de toneladas de resíduos até 2030.
O processo de fabricação dos byblocks começa com a coleta de plástico. A Byfusion colabora com operações de limpeza dos oceanos para recolher os resíduos. Em 2020, eles foram parceiros do Project Kaisei, que removeu mais de 100 toneladas de plástico do Oceano Pacífico.
Em seguida, o plástico é triturado, aquecido e fundido em blocos que medem 40 cm x 20 cm x 20 cm e pesam 10 kg cada. A produção não utiliza produtos químicos e resulta em 41% menos emissões de gases de efeito estufa do que os blocos de concreto.
A Byfusion deseja incentivar mais pessoas a utilizar esse material. Por isso, eles disponibilizaram o sistema de produção de blocos para empresas de gerenciamento de resíduos, governos e corporações ambientalmente conscientes em todo o mundo.
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