Oportunidades e perspectivas para a indústria do plástico em 2023
Novo governo promove diálogo com a indústria
Ainda é cedo para criar qualquer expectativa em relação ao novo governo. Um aspecto, no entanto, é positivo.
A recriação do ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) criou um canal de diálogo entre a indústria e o poder executivo federal, prejudicado no governo anterior.
A opinião é de Amilton Mainard, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Vendas em crescimento e expectativas positivas
As vendas de máquinas para a indústria do plástico andam positivas.
“Ainda não temos o número fechado, mas o resultado foi positivo, apesar de não ter sido o esperado. Acredito que continuamos crescendo na casa dos dois dígitos”, diz o empresário. No biênio 2020/21, as vendas apresentaram crescimento de 12% ao ano. “Há fila de espera para entrega de determinados equipamentos”.
A expectativa de Mainard para esse ano é a de pelo menos manter o ritmo dos negócios.
Fatores impulsionam o setor
Alguns aspectos ajudam a entender o bom momento vivido pelo setor.
Um deles, talvez o mais importante, é produtividade, economia de energia e melhor qualidade final das peças oferecida pelos equipamentos mais modernos.
O parque fabril atual é antigo e o retorno do investimento na renovação das linhas de produção ocorre quase sempre de forma bastante satisfatória.
Outro fator que tem animado bastante o dirigente é a realização da Plástico Brasil.
Exportações aquecidas e singularidades do setor
Outra boa notícia vem do lado das exportações, que nos últimos tempos estão aquecidas.
Os juros altos preocupam, mas o setor do plástico apresenta uma singularidade.
Os compradores muitas vezes recorrem a capital próprio ou a outras soluções que independem das instituições financeiras.
Outro problema que atrapalhou a produção de equipamentos nos últimos anos está mais ou menos contornado.
Os preços dos insumos, em especial do aço, que subiram de forma exorbitante durante a pandemia, continuam elevados, mas devem se estabilizar. “A alta anterior foi incorporada, agora é torcer pelo controle da inflação”.
Importação em crescimento novamente
“Foi um ano bom, os números de janeiro a setembro revelam que houve crescimento de 13% em relação ao mesmo período de 2021”, comemora Christopher Mendes, diretor responsável pelos equipamentos para a indústria de plástico da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos (Abimei).
Para este ano, as perspectivas do dirigente são boas.
Expectativas em relação ao novo governo
Em relação ao novo governo, ele não revela grandes preocupações.
“A transição tem sido tranquila, o mercado acaba se ajustando à nova realidade”.
Ele lamenta a criação desnecessária de crises, algo que considera comum no Brasil.
“Existem as crises geradas por especuladores, que lucram com elas, e as provocadas por grupos com posição ideológica diferente da dos vencedores da eleição”.
Conclusão
Apesar de ainda ser cedo para fazer previsões concretas, o setor da indústria do plástico no Brasil apresenta boas perspectivas para 2023.
O diálogo com o novo governo é um aspecto positivo, possibilitando um ambiente mais favorável aos negócios.
O crescimento das vendas, o investimento em equipamentos modernos, as exportações aquecidas e o crescimento da importação indicam um bom momento para o setor.
Apesar dos desafios, como os altos preços dos insumos, o setor demonstra resiliência e adaptabilidade.
Com otimismo, espera-se que essas tendências positivas se consolidem ao longo do ano.
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