Perspectivas de Ouro: Como a Indústria de Nutrição Animal Irá Transformar a Avicultura em 2025!

Perspectivas de Ouro: Como a Indústria de Nutrição Animal Irá Transformar a Avicultura em 2025!

Anuário Avicultura Industrial – Produção da Indústria de Nutrição Animal: Balanço de 2024 e Projeções para 2025

No primeiro semestre de 2024, a indústria de nutrição animal no Brasil produziu aproximadamente 42 milhões de toneladas. Esse número representa um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2023, demonstrando uma evolução moderada nas dinâmicas de mercado. A análise do desempenho do setor revela nuances importantes, desde variações mensais até a influência das demandas internas e externas por proteína animal, conforme aponta Ariovaldo Zani, CEO do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).

Desempenho por Segmento

  • Frangos de Corte

No segmento de frangos de corte, o consumo alcançou 18,3 milhões de toneladas no primeiro semestre. Este desempenho foi marcado por estabilidade no primeiro trimestre, mas uma retração de 1,6% no segundo, resultando na expectativa de atingir 37,1 milhões de toneladas até o fim do ano, refletindo um crescimento estimado de 1,8%. A queda no segundo trimestre pode ser atribuída a ajustes nas estratégias de mercado e sazonalidade.

  • Poedeiras

No que diz respeito às poedeiras, o total consumido foi de 5,5 milhões de toneladas até setembro, um crescimento expressivo de 6,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Projeções para o encerramento de 2024 estimam um total de 7,35 milhões de toneladas. Esse aumento é um reflexo direto do aumento do consumo de ovos no mercado interno, aliado à estabilidade nas exportações, conforme analisado por Zani.

  • Suínos

O mercado suíno também registrou um consumo de 16 milhões de toneladas até setembro, com um crescimento de 1,1%. Espera-se que o ano de 2024 se feche com 21 milhões de toneladas, um aumento anual de 1%. A concorrência no setor suinícola está se intensificando, o que pode afetar as margens de lucro e a dinâmica de oferta e demanda no futuro.

  • Bovinos de Corte

No segmento de bovinos de corte, o consumo foi de 5,1 milhões de toneladas até setembro, marcando uma alta de 6,8%. As previsões para o ano indicam um total de 7 milhões de toneladas consumidas, representando crescimento de 7%. O aumento da demanda por carne bovina, tanto no mercado interno quanto nas exportações, permanece como um fator-chave para essa expansão.

  • Bovinos de Leite

Com relação aos bovinos de leite, houve um consumo de 5 milhões de toneladas até setembro, com um aumento de 1,1% em relação ao ano passado. As expectativas para o fim de 2024 são de um consumo total de 6,8 milhões de toneladas, um crescimento esperado de 1,5%. A produção leiteria, por sua vez, enfrenta desafios constantes, principalmente relacionados à sanidade animal e manejo.

  • Aquacultura

A aquacultura, um dos setores que vem se destacando, registrou um consumo de 1,2 milhão de toneladas até setembro, marcando impressionantes 8,8% de crescimento. Projeções indicam que o setor pode alcançar até 1,76 milhão de toneladas até o final do ano, representando um aumento de 9%. O surgimento de novas tecnologias e práticas de cultivo mais sustentáveis têm contribuído para essa expansão.

  • Cães e Gatos

Por fim, no mercado de alimentos para cães e gatos, o consumo atingiu 3 milhões de toneladas até setembro, com projeções de atingir 4 milhões até dezembro, indicando um crescimento anual de 3,5%. A crescente conscientização sobre nutrição animal e bem-estar tem incentivado o aumento da demanda por produtos de qualidade para pets.

“O setor apresenta resultados diversos, com recuperação em segmentos como bovinos de corte e aquacultura, enquanto a produção para aves e suínos cresce em ritmo mais moderado”, destaca Zani, ressaltando a necessidade de adaptação às novas demandas do mercado.

Custos e Logística

Durante 2024, é inegável que os custos de insumos e desafios logísticos se tornaram tópicos centrais na discussão sobre a indústria de nutrição animal. Extremos climáticos interferiram no plantio de várias culturas, ocasionando replantios que impactaram a segurança alimentar. Apesar das preocupações com a produção inicial, a oferta de milho e farelo de soja se mostrou suficiente para atender à demanda, evitando aumento significativo nos preços.

Contudo, a logística enfrentou desafios críticos. O ressurgimento de altos preços nos fretes marítimos, consequência da desvalorização cambial e da desprogramação de entregas, afetou significativamente o comércio internacional. “Esses fatores não apenas impactaram a importação de insumos, mas também dificultaram as exportações de produtos processados”, explica Zani. O setor precisou da agilização de suas operações logísticas para contornar esses obstáculos e assegurar um fluxo adequado no comércio.

Adoção de Práticas Sustentáveis

Em 2024, a adoção de práticas sustentáveis se tornou um foco crescente no setor de nutrição animal. A economia circular tem ganhado destaque, com iniciativas voltadas para a utilização de insumos que prolongam sua vida útil. Farinhas e gorduras de origem animal, farelo de soja e grãos secos de destilaria (DDG) estão entre os principais recursos reutilizados, promovendo uma abordagem mais consciente e sustentável na utilização de recursos naturais.

Outro ponto relevante é a ampliação da mistura de biodiesel ao combustível fóssil, que chegou a 14% neste ano, impulsionando o esmagamento doméstico da soja e aumentando a disponibilidade de farelo para o setor. A produção de etanol desempenha um papel crucial, que por sua vez utiliza uma quantidade significativa de milho e converte parte desse material de volta em DDG, reforçando um ciclo produtivo eficaz.

As empresas associadas ao Sindirações têm aplicado técnicas nutricionais inovadoras que ajudam a reduzir emissões de gases de efeito estufa. Isso inclui a utilização de ionóforos, probióticos, leveduras e óleos essenciais. “Manipular a microbiota ruminal com compostos químicos que inibem microrganismos metanogênicos será essencial para alinhar a produção às exigências ambientais futuras”, finaliza Zani, enfatizando a responsabilidade do setor frente ao desafio das mudanças climáticas.

Projeções para 2025

Olhando adiante, as projeções para 2025 na indústria de nutrição animal são promissoras, mas dependem de diversos fatores, incluindo políticas agrícolas, tendências de consumo e sustentabilidade. A análise de Zani sugere que a continuidade do crescimento dependerá da capacidade do setor em se adaptar às demandas do mercado e enfrentar os desafios impostos pelo clima e pela logística. Aqueles segmentos que se mostrarem mais inovadores e adaptáveis possuem uma margem maior para prosperar.

A expectativa é que, em 2025, os volumes de produção possam crescer, alinhados ao aumento do consumo e das exportações, principalmente nos setores de poedeiras, aquacultura e bovinos de corte. É um momento crítico para a indústria, que deverá se preparar para as novas exigências do mercado interno e as demandas globais por alimentos de origem animal.

Considerações Finais

Em suma, a indústria de nutrição animal no Brasil se destaca pelo seu crescimento contínuo, mesmo diante de desafios significativos. Enquanto algumas áreas encontram dificuldades, outras prosperam, refletindo a complexidade deste setor vital. A indução de práticas sustentáveis, a consideração dos aspectos logísticos e as adaptações às novas demandas de mercado serão cruciais à medida que avançamos para 2025. O futuro da indústria depende da capacidade coletiva de enfrentar desafios e aproveitar oportunidades, equilibrando crescimento econômico e responsabilidade ambiental.





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