- Garrafas PET ajudam a salvar vidas
- Ação educacional treina crianças da rede pública de São Paulo
Mais de 500 toneladas de garrafas PET são produzidas anualmente no Brasil e, a despeito de avanços na gestão de resíduos sólidos e logística reversa, uma parte desse material ainda não é encaminhada para reuso e/ou reciclagem.
Agora, graças a uma “ideia iluminada” do médico cardiologista Agnaldo Pispico, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), garrafas PET usadas poderão ter uma destinação mais nobre, servindo como matéria-prima na confecção de bonecos para treinamento de ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
Pispico percebeu que uma garrafa PET cheia de ar e bem tampada tem a pressão idêntica à do tórax humano. A partir dessa constatação, ele criou um protótipo de boneco em que a garrafa PET é posicionada centralmente e colocada dentro de uma camiseta usada, com as extremidades grampeadas e preenchida com vários tipos de resíduos – flocos de isopor ou jornal velho, por exemplo.
Barato e eficiente
Batizado de “Guizinho”, o boneco de PET tem custo próximo de zero e propiciou a implantação de um amplo programa de treinamento em RCP nas escolas da rede pública estadual paulista. O projeto congrega, além da própria SOCESP, também o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Educação do Estado.
O trabalho das escolas tem uma abordagem multidisciplinar: em Educação Artística, a garotada solta a criatividade e confecciona “Guizinhos” customizados; em Ciências, os alunos aprendem sobre o funcionamento do coração; em Língua Portuguesa, são estimuladas a descrever seu aprendizado e a comentar os fatores de risco para as cardiopatias. O resultado é um forte engajamento das crianças e dos jovens na replicação da técnica de ressuscitação cardiopulmonar.
Link para a página do Programa de Treinamento: www.socesp2015.com.br/treinamentoemmassa
Fonte: Assessoria de Imprensa – SOCESP / Foto: Arquivo SOCESP
Tags: Agnaldo Pispico, Garrafas PET, Guizinho, PET, Ressuscitação Cardiopulmonar, SOCESP