A falta de qualificação é um obstáculo para o progresso da indústria 4.0 no Brasil


Desafios da Indústria 4.0: Escassez de Trabalhadores Qualificados no Brasil

A dificuldade de encontrar profissionais qualificados

De acordo com uma pesquisa realizada pela multinacional italiana Gi Group Holding, 88% das empresas brasileiras enfrentam dificuldades na busca por profissionais qualificados para implementar as novas tecnologias da Indústria 4.0. Esse índice é superior à média global, que foi de 66%.

Esse cenário evidencia que o Brasil é um dos países mais afetados pela escassez de mão de obra qualificada.

O presidente da Gi Group Holding no Brasil, Carlos Henrique Martins Tonnus, destaca que, com 66% das empresas relatando dificuldades na contratação de profissionais qualificados, a escassez de mão de obra é a principal preocupação no setor de manufatura atualmente. Ele acredita que essa situação tem várias causas, incluindo a falta de habilidades adequadas dos profissionais operacionais, que precisam ser incentivados a desenvolverem novas capacidades, como lidar com tecnologia.

As dificuldades para a implementação da Indústria 4.0

No Brasil, a falta de profissionais qualificados no nível operacional é o segundo maior obstáculo (50%) para a implementação das tecnologias da Indústria 4.0, ficando atrás apenas do custo dos equipamentos (65%). Globalmente, 43% das empresas apontaram a falta de recursos humanos adequados como um entrave para a adoção das tecnologias da Indústria 4.0, enquanto 56% citaram o custo.

Portanto, a automação, juntamente com a sustentabilidade, se destacam como as principais tendências que impulsionam a indústria mundialmente e contribuem para seu desenvolvimento.

As habilidades exigidas aos profissionais

Os especialistas no Brasil concordam que os profissionais operários precisarão cada vez mais de experiência com ferramentas e máquinas especializadas, o que representa uma demanda de 68%. Além disso, será crucial que os profissionais especializados possuam habilidades digitais e de gerenciamento de projetos (73%), conhecimento de línguas estrangeiras (73%) e passem por treinamentos especializados (78%).

Em relação às competências interpessoais, a adaptabilidade e flexibilidade são essenciais para os profissionais operários (84%), assim como a capacidade de trabalhar de forma autônoma (79%) e de estabelecer prioridades (87%). As habilidades de tomada de decisão e resolução de problemas (81%) também são especialmente relevantes para os profissionais especializados.

Os perfis de profissionais mais procurados

O relatório revela que 70% dos entrevistados no Brasil acreditam que a demanda por perfis profissionais específicos mudará profundamente nos próximos anos, à medida que a manufatura evolui. Assim, as empresas irão buscar profissionais como operadores de produção, técnicos de processo, operadores de máquinas e dispositivos, controladores de qualidade e trabalhadores de laboratório.

Além disso, as funções especializadas mais solicitadas serão gestores de projeto, planejadores de suprimentos, gerentes de garantia de qualidade, planejadores de produção e gerentes de logística.

A pesquisa também constatou que até 87% das empresas já planejaram treinamentos internos ou externos sobre o uso e gestão de ferramentas digitais. No Brasil, esse índice é de 95%, o que reforça o investimento na capacitação dos profissionais.

O presidente da Gi Group Holding no Brasil acredita que a indústria oferece uma ampla gama de oportunidades de carreira tanto para o nível operacional quanto para o de gestão. Portanto, é necessário investir em treinamento e aprendizagem ao longo da vida para ajudar as pessoas a alcançarem seus objetivos profissionais e permitir que as empresas superem a escassez de mão de obra.

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