A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) programou para sexta-feira, 29 de agosto, às 9h, a entrega do certificado de adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) ao abatedouro frigorífico Sertão Cordeiro, em Dormentes, no Sertão do São Francisco. O ato tem caráter técnico e abre a possibilidade de o estabelecimento vender produtos de caprinos e ovinos para qualquer estado, desde que mantenha os parâmetros exigidos pela inspeção.
O frigorífico é registrado no Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E.) desde 2024 e será o primeiro do segmento de abate de carnes em Pernambuco a receber a certificação com equivalência ao padrão federal. Segundo a Adagro, a capacidade projetada é de 200 a 300 animais por dia, com foco em carcaças, cortes e miúdos oriundos de caprinos e ovinos. A entrega do documento ocorre no Centro Cultural e Memorial Geomarco Coelho, em Dormentes, com presença de gestores do governo estadual.
O que muda com o SISBI-POA para caprinos e ovinos
O SISBI-POA reconhece que o serviço de inspeção do estado cumpre requisitos equivalentes aos do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Na prática, produtos de origem animal inspecionados por um serviço estadual com adesão ao sistema podem ser comercializados em todo o território nacional. Esse enquadramento vale para carnes, leite, ovos, mel, pescado e seus derivados, conforme o escopo autorizado a cada ente.
Para os produtores e o frigorífico de Dormentes, a principal mudança é a ampliação imediata do mercado. Sem a equivalência, a venda ficaria restrita ao estado. Com o SISBI-POA, o estabelecimento pode atender redes varejistas, atacadistas e distribuidores de outras unidades da federação, desde que as rotinas de inspeção, autocontrole e rastreabilidade permaneçam alinhadas ao que é previsto nas normas federais. Isso afeta logística, rotulagem e estratégias comerciais.
Adagro com escopo ampliado: como foi a autorização
A Adagro recebeu em agosto autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária para ampliar o escopo do Serviço de Inspeção Estadual e incluir a área de abate de carne. O reconhecimento é dado após auditoria técnico-administrativa no serviço estadual, avaliação de procedimentos e comprovação de estrutura para supervisão contínua dos estabelecimentos. Essa etapa é decisiva para que as plantas registradas no S.I.E. possam pedir adesão ao SISBI-POA e, uma vez habilitadas, vender para fora do estado.
A documentação analisada inclui cronograma de inspeções, plano de coletas, manual de procedimentos, ações de educação sanitária, medidas de prevenção à fraude econômica e planejamento de capacitação de equipes. O órgão estadual também precisa demonstrar capacidade de supervisionar os programas de autocontrole das empresas, com verificação de registros de temperaturas, higienização, manejo ante e pós-abate, além de análises laboratoriais regulares.
Sertão Cordeiro: perfil do frigorífico e operações previstas
Registrado junto à Adagro desde 2024 para o abate de caprinos e ovinos, o Sertão Cordeiro reúne linhas de recepção de animais, área de abate com segregação por etapas, câmaras de resfriamento e expedição com controle de temperatura. A capacidade operacional informada é de 200 a 300 animais por dia, podendo variar conforme entrada de lotes, tempo de descanso dos animais e organização de turnos. A planta trabalha com carcaças e cortes padronizados, além de miúdos regulamentados, respeitando pesos, calibres e rotulagem adequados ao destino comercial.
A certificação SISBI-POA exige que o estabelecimento mantenha programas de autocontrole documentados. Esses programas reúnem Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs), Boas Práticas de Fabricação e análises críticas dos pontos de controle do processo. A estrutura de frio é monitorada e registrada em planilhas ou sistemas, com conferência de calibração de termômetros, higienização de superfícies e rastreio de lotes. A expedição precisa seguir controles de temperatura e tempo de carga para preservar qualidade e conformidade.
Efeito na cadeia de Dormentes e do Sertão do São Francisco
Dormentes e municípios do entorno têm tradição na criação de caprinos e ovinos. A região opera com rebanhos adaptados ao clima do Sertão e uma rede de criadores que abastece feiras, laticínios e abatedouros locais. Segundo o Sistema de Integração Agropecuária da Adagro (Siapec), o conjunto de animais cadastrados no estado alcança milhões de cabeças, com peso expressivo de caprinos e ovinos. Com o SISBI-POA, a expectativa é de maior previsibilidade de compras e contratos de fornecimento de animais padronizados em idade e acabamento de carcaça.
A abertura para outros mercados tende a incentivar práticas de manejo voltadas à padronização. Lotes mais homogêneos reduzem perdas no abate, melhoram a composição de cortes e facilitam a negociação com redes varejistas. Para os criadores, a possibilidade de venda a frigoríficos com equivalência ao padrão federal pode ampliar a formação de preços, já que a procura por animais com peso e conformação adequados tende a crescer em períodos de maior demanda.
Quais documentos o produtor precisa apresentar
O envio de animais ao abate em estabelecimentos sob inspeção depende de documentação básica. A Guia de Trânsito Animal (GTA) é obrigatória e deve ser emitida com informações completas do remetente, do destino, da quantidade e da espécie. O produtor também precisa observar exigências sanitárias vigentes para a movimentação de caprinos e ovinos, incluindo situação cadastral do rebanho e, quando couber, comprovação de vacinação e exames previstos em normas específicas. O frigorífico confere os dados na recepção dos lotes e pode recusar animais sem documentação adequada.
Ao negociar, é importante acertar por escrito o peso alvo, a idade média dos animais e as condições de entrega. O registro de propriedade junto ao órgão estadual, dados de identificação do rebanho e notas fiscais de venda também fazem parte do fluxo. O objetivo é garantir rastreabilidade do lote desde a origem até a expedição do produto final, com registros que permitam checar datas, volumes e resultados das inspeções ante e post mortem.
Rotinas de inspeção e autocontrole na indústria
No abate de caprinos e ovinos, o processo começa pelo descanso dos animais e inspeção ante mortem, com avaliação do estado geral, identificação e observação de sinais clínicos. Em seguida, a linha de abate cumpre etapas padronizadas. O exame post mortem verifica linfonodos, órgãos e carcaças, com condenações totais ou parciais quando o padrão higiênico-sanitário não é atendido. Esses atos são registrados em formulários próprios e alimentam relatórios periódicos auditáveis pelo serviço de inspeção.
A rotina de autocontrole inclui controles de temperatura das câmaras, potabilidade da água por meio de análises, verificação de higienização de ganchos, facas e serra, além de testes de superfície quando aplicáveis. O estabelecimento mantém planos de ação para desvios, com prazos e responsáveis definidos. A equipe de inspeção estadual confere os registros, executa coletas de amostras e faz visitas programadas e não anunciadas, conforme o cronograma de supervisão.
Rastreabilidade, rotulagem e identificação do serviço de inspeção
Com a adesão ao SISBI-POA, os rótulos passam a exibir a identificação do serviço de inspeção estadual com a indicação de equivalência. A marca de inspeção informa o número do estabelecimento e torna possível rastrear a origem da carcaça e do lote. A rotulagem deve indicar categoria do produto, peso líquido, data de embalagem, condições de conservação e prazo de validade. Essas informações precisam estar claras para atacadistas, varejo e consumidor final.
A rastreabilidade se completa com registros de produção, mapas de câmara fria e comprovantes de expedição. Em auditorias, é comum o fiscal selecionar um lote e percorrer todos os registros associados, do recebimento dos animais até a nota de venda. Quanto mais padronizados forem os documentos, mais ágil é a conferência do fluxo e a liberação da carga para destinos em outros estados.
Transporte refrigerado e controle de entrega
A etapa de transporte exige veículos adequados e higienizados, com termógrafos ou registros manuais de temperatura. A empresa precisa definir tempos máximos para carregamento e descarregamento, rota prevista e pontos de parada. O acompanhamento desses dados ajuda a evitar variações térmicas que comprometam a qualidade. Em operações interestaduais, o controle documental da carga deve ficar acessível para conferência em barreiras fiscais e sanitárias.
O planejamento logístico considera calendário de pedidos, janelas de entrega e volumes por cliente. Em linhas de caprinos e ovinos, a programação de abate costuma ser alinhada à demanda das redes varejistas e das centrais de distribuição. A previsibilidade nos pedidos reduz paradas de linha e diminui riscos de formação de estoque acima do previsto para itens resfriados, cujo prazo de validade é mais curto que o de congelados.
Mercados potenciais e formação de preços
Com a possibilidade de comercialização nacional, o frigorífico pode atender polos consumidores do Nordeste, do Sudeste e de outras regiões com consumo regular de carne caprina e ovina. A demanda costuma crescer em datas comemorativas e em períodos de maior fluxo turístico, o que influencia volume de pedidos e composição do mix de cortes. A venda interestadual também incentiva o uso de contratos e políticas de preço baseadas em peso de carcaça e rendimento médio de cortes, ajustando margens ao custo de aquisição do animal vivo e ao custo logístico.
Para o produtor, a formação de preço leva em conta acabamento de carcaça, idade e sanidade do animal. Lotes homogêneos e com documentação completa tendem a alcançar melhor negociação. A presença de um estabelecimento com equivalência ao padrão federal na região pode criar referências mais estáveis, pois amplia a competição por animais padronizados e melhora a previsibilidade de compra.
Treinamento de equipes e calendário de auditorias
A adesão ao SISBI-POA exige planejamento de capacitação dos servidores do serviço de inspeção e dos colaboradores do estabelecimento. Os treinamentos cobrem higiene pessoal, limpeza de áreas, manejo humanitário, preenchimento de registros e interpretação de procedimentos. A empresa precisa manter listas de presença, conteúdos abordados e avaliações de aprendizado, compondo a base documental exigida em auditorias internas e externas.
O cronograma de auditorias contempla verificações periódicas em diferentes turnos e setores da planta. São avaliados fluxos de processos, calibração de instrumentos, execução de POPs críticos e conformidade com o plano de amostragem laboratorial. Havendo não conformidades, o estabelecimento apresenta prazos de correção e comprova a execução das ações. Em reincidências, podem ocorrer ajustes mais amplos, incluindo revisão de layout, reforço de treinamento e mudanças de fornecedores de insumos.
SIF, S.I.E. e SIM: o que cada sigla significa na prática
O Serviço de Inspeção Federal (SIF) é ligado ao Ministério da Agricultura e cobre estabelecimentos que vendem para todo o país e, quando habilitados, para o exterior. O Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E.) é gerido pelo estado e permite a venda interna. Já o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) habilita a venda apenas dentro do município. O SISBI-POA reconhece que serviços municipais ou estaduais cumprem requisitos equivalentes ao federal, liberando a venda interestadual para os estabelecimentos que aderirem ao sistema e forem aprovados.
Na rotina do frigorífico e dos produtores, entender essa diferença ajuda a planejar a estratégia de mercado. Quem abastece uma planta com SISBI-POA precisa manter a documentação em dia e atender padrões de qualidade e apresentação exigidos por compradores de outros estados. Para quem opera apenas no mercado local, as exigências continuam as mesmas do serviço de inspeção ao qual o estabelecimento está vinculado, com foco na venda dentro dos limites geográficos previstos.
Perguntas frequentes sobre o novo certificado
O anúncio do certificado costuma levantar dúvidas entre produtores, distribuidores e consumidores. A seguir, respostas objetivas a questões recorrentes, com base no funcionamento do SISBI-POA e na rotina de abatedouros de caprinos e ovinos sob inspeção. As orientações ajudam a organizar documentação, planejar entregas e entender como identificar os produtos habilitados para circulação nacional.
Os pontos a seguir não substituem normas oficiais, mas indicam caminhos práticos de conformidade. Em caso de dúvidas sobre um item específico, a orientação é consultar o serviço de inspeção responsável pelo registro do estabelecimento e verificar as exigências aplicáveis ao tipo de produto e à operação pretendida.
- Como identificar o produto com equivalência? Verifique a marca de inspeção com a identificação do serviço e a indicação de adesão ao SISBI-POA.
- A venda vale para qualquer estado? Sim, desde que o estabelecimento esteja em situação regular e o produto cumpra as exigências de rotulagem e transporte.
- O produtor precisa mudar algo na propriedade? Deve manter cadastro atualizado, emitir GTA e atender padrões combinados de peso e idade para os lotes.
- Há restrição por tipo de produto? Vale o escopo autorizado. Se o estabelecimento está habilitado para carnes de caprinos e ovinos, são esses itens que podem circular com equivalência.
- Quem acompanha a fiscalização? O serviço estadual supervisiona, e o órgão federal pode auditar o serviço de inspeção e os estabelecimentos.
Passo a passo para que um estabelecimento alcance a equivalência
A certificação de equivalência começa com o registro do estabelecimento no serviço de inspeção competente. No caso do S.I.E., a empresa protocola projeto, memorial descritivo, layout, fluxos, capacidade de abate e lista de equipamentos. Em seguida, passa por vistoria para checar estrutura e condições de operação. Quando o registro é concedido, o estabelecimento pede adesão ao SISBI-POA, apresentando programa de autocontrole e evidências de que cumpre os requisitos aplicáveis.
A avaliação para o SISBI-POA envolve auditoria documental e em campo. São verificados procedimentos, registros e resultados de análises. Se houver pontos a corrigir, a empresa recebe um plano com prazos e retorna com as evidências de adequação. Aprovada, a planta passa a operar com equivalência e fica sujeita a auditorias de manutenção. O processo é contínuo e requer atualização de documentos quando há mudanças de layout, aumento de capacidade ou inclusão de novos produtos.
- Registrar o estabelecimento no serviço de inspeção competente.
- Implantar POPs, boas práticas e rotinas de autocontrole.
- Protocolar a solicitação de adesão ao SISBI-POA com documentação técnica.
- Receber auditoria e tratar eventuais não conformidades.
- Operar com registros consolidados e manter evidências de conformidade.
- Participar das auditorias de manutenção conforme cronograma do serviço de inspeção.
Dicas práticas para produtores que fornecem ao frigorífico
Produtores que desejam vender para plantas com equivalência devem alinhar o manejo de terminação do rebanho às exigências de peso e acabamento combinadas. A organização de lotes por faixa de peso ajuda a reduzir descontos por animais fora do padrão. A conferência prévia de documentos, como GTA e notas, evita recusa no momento da recepção do lote e acelera o processo de abate e pagamento.
Vale programar a entrega conforme a janela acordada com a indústria e observar períodos de maior demanda, quando o frigorífico amplia a escala de abate. Em negociações mais longas, contratos com critérios de bonificação por padronização e regularidade de entrega podem ser um diferencial. O diálogo com a equipe técnica do estabelecimento esclarece dúvidas sobre idades, raças e resultado de carcaça esperado para cada mercado.
Como o varejo e o atacado devem se preparar para a compra interestadual
Redes varejistas e distribuidores que pretendem adquirir cortes de caprinos e ovinos de Dormentes devem conferir, no ato da compra, a documentação fiscal, a marca de inspeção com equivalência e as condições de transporte. O recebimento deve incluir verificação de temperatura e integridade das embalagens. Em caso de desconformidade, o procedimento é registrar a ocorrência e acionar o fornecedor para substituição conforme os prazos definidos em contrato.
Para escalar vendas em outras praças, é comum estabelecer calendários fixos de entrega, com volumes ajustados às campanhas sazonais e às demandas regionais. A padronização da nomenclatura de cortes e a definição de especificações de embalagem por cliente reduzem divergências e retrabalho. O canal de atendimento do frigorífico deve estar apto a fornecer laudos e certificados sob demanda, facilitando auditorias de clientes.
Gestão de documentos e registros: o que não pode faltar
A rotina documental envolve protocolos de recebimento de animais, registros de inspeção ante e post mortem, mapas de câmara fria, controles de higienização, calibração de equipamentos e resultados de análises laboratoriais. Esses itens formam a espinha dorsal do sistema de autocontrole e precisam estar atualizados, assinados e acessíveis. A ausência de registros pode levar a restrições de produção e a exigência de ações corretivas com prazos definidos.
Sistemas digitais ajudam no armazenamento de dados e na geração de relatórios. Porém, o uso de planilhas ou formulários em papel continua válido quando mantido em ordem e com assinatura de responsáveis. O importante é garantir rastreabilidade e legibilidade, com identificação de lotes, datas e horários. Em fiscalizações, a comprovação de que o controle é diário e efetivo é determinante para a manutenção da equivalência.
Capacidade de abate, escala e planejamento de fornecimento
A estimativa de 200 a 300 animais por dia requer planejamento de compras e de logística para que não haja ociosidade nem sobrecarga. O mapeamento de fornecedores por microrregião e por época do ano ajuda a equilibrar a oferta. Em períodos de menor disponibilidade, o frigorífico pode ajustar a escala, priorizando contratos e lotes previamente combinados. Em momentos de maior entrada de animais, a empresa define protocolos para evitar fila de caminhões e estresse dos animais na espera.
A comunicação com as propriedades rurais inclui avisos sobre janelas de recepção e sobre documentação exigida. A previsibilidade favorece a terminação adequada dos lotes, com ganhos em rendimento de carcaça e qualidade dos cortes. Para o mercado, uma escala bem planejada significa entregas no prazo e menor risco de ruptura nas gôndolas.
Qualidade do produto: parâmetros observados no abate
Em caprinos e ovinos, parâmetros como pH final da carne, temperatura de resfriamento e ausência de contaminações são conferidos rotineiramente. A avaliação de hematomas e de lesões impacta o rendimento dos cortes e pode levar a descarte de partes da carcaça. O uso de facas afiadas, pausas programadas para limpeza de equipamentos e verificação de pontos de contato reduzem riscos. Tudo isso deve ser registrado e auditado em ciclos regulares.
A padronização do corte primário e secundário é outro ponto de atenção. Para atender diferentes mercados, a planta pode trabalhar com especificações que variam em espessura de gordura, tamanho de porções e apresentação da peça. Especificações claras diminuem dúvidas no momento da venda e reduzem devoluções.
Glossário básico do setor de inspeção e abate
GTA: Guia de Trânsito Animal. Documento obrigatório para movimentação de animais entre propriedades e para o abate. Deve conter dados do remetente, do destinatário, da espécie e da quantidade. É checado no recebimento do lote e arquivado pelo estabelecimento.
POPs: Procedimentos Operacionais Padronizados. Instruções detalhadas para atividades críticas como higienização, controle de pragas, potabilidade da água, manejo de resíduos do processo e verificação de instrumentos. Devem ser implantados, seguidos e revisados periodicamente com registro das ações executadas.
- Autocontrole: conjunto de programas internos que garantem conformidade do processo e do produto final.
- Rastreabilidade: capacidade de identificar a origem e o caminho percorrido pelo produto ao longo da cadeia.
- Inspeção ante mortem: avaliação dos animais antes do abate.
- Inspeção post mortem: exame de órgãos e carcaças após o abate.
- Marca de inspeção: selo que identifica o serviço responsável e o número do estabelecimento.
Sinalização para o consumidor: como reconhecer o produto inspecionado
Na gôndola, o consumidor deve encontrar a marca de inspeção no rótulo da bandeja ou no invólucro da peça. A identificação traz o número do estabelecimento e o serviço de inspeção. Produtos oriundos de plantas com equivalência exibem a indicação associada ao SISBI-POA. A leitura do rótulo também informa peso, data de embalagem e validade, além de orientações de conservação.
Ao comprar, vale verificar a integridade da embalagem e a temperatura do balcão. Em caso de dúvidas sobre a origem, a marca de inspeção possibilita checar dados do estabelecimento junto ao serviço competente. Essa transparência facilita a escolha e apoia o controle de qualidade ao longo da cadeia de distribuição.
Serviço: data, horário e local da entrega do certificado
A entrega do certificado de adesão ao SISBI-POA ao abatedouro frigorífico Sertão Cordeiro foi marcada para sexta-feira, 29 de agosto, às 9h, no Centro Cultural e Memorial Geomarco Coelho, em Dormentes (PE). O ato tem participação do secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Cícero Moraes, e do diretor-presidente da Adagro, Moshe Dayan Fernandes, além de representantes da cadeia produtiva regional.
O estabelecimento, registrado no S.I.E. desde 2024, passa a operar com equivalência ao padrão federal após o reconhecimento da Adagro pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para o escopo de abate de carne. A certificação permite a comercialização dos produtos em todo o Brasil, observadas as regras de inspeção, rotulagem e transporte.