Alta demanda por plástico PET: por que é importante e como otimizar a produção



O Crescimento do Plástico PET na Indústria Brasileira

A indústria de embalagens tem visto um aumento significativo na utilização do plástico PET, à medida que este material conquista novas aplicações. Além disso, o PET é um polímero com alto índice de reciclagem, o que o torna ainda mais atrativo para as empresas do setor.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), a expectativa é que o setor cresça cerca de 4% até 2023, um ritmo superior aos 3,3% registrados no ano passado. Em 2022, a produção de resina virgem no Brasil chegou a 692 mil toneladas, somando-se a um importante volume de resina reciclada.

Diante dessa tendência, líderes nos segmentos de óleo comestível, água mineral e refrigerantes têm investido cada vez mais no uso do plástico PET. No caso do óleo comestível, por exemplo, a participação das garrafas PET chega a expressivos 97%, enquanto em água mineral essa fatia é de 94%. Já em refrigerantes, estima-se que a participação seja de pelo menos 72%.

Reciclagem do PET no Brasil

De acordo com a ABIPET, o índice de reciclagem do PET no Brasil é estimado em 56,4%, com uma capacidade instalada entre os recicladores de cerca de 480 mil toneladas. Esses dados foram obtidos através do 12º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, realizado pela entidade. Em 2021, foram recicladas 359 mil toneladas de embalagens PET pós-consumo, um aumento de 15,4% em relação ao censo anterior, realizado em 2019.

Apesar do crescimento, o PET ainda corresponde a apenas 8% de todos os tipos de plástico utilizados para embalagens no país. Vale ressaltar que a produção de resina virgem está concentrada em poucos fornecedores, sendo os principais Indorama e Alpek. Esses dois grandes produtores possuem uma capacidade instalada de 1 milhão de toneladas por ano, enquanto o consumo local é de 692 mil toneladas. Ou seja, ainda há capacidade disponível para atender ao crescimento projetado e às novas demandas do mercado.

Uso certificado pela Anvisa

Um dos principais pontos positivos do PET é que ele é o único plástico habilitado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso em embalagens de alimentos, inclusive na forma reciclada. Além disso, o PET também é aplicado nas indústrias têxtil, representando cerca de 24% do consumo de resina reciclada, e automotiva.

Segundo a ABIPET, todas as montadoras instaladas no Brasil utilizam PET reciclado na forma de carpetes e forrações de veículos. Essa adoção do PET reciclado contribui para a redução do uso de matéria-prima virgem e para a preservação do meio ambiente.

Embora apenas 4% do material destinado à reciclagem seja proveniente da coleta seletiva feita pelas prefeituras, é importante ressaltar que muitas cidades ainda descartam resíduos de PET que poderiam ser reaproveitados, trazendo benefícios econômicos e ambientais.

Com a crescente preocupação das grandes empresas de bens de consumo com a sustentabilidade, o uso de PET reciclado no Brasil aumentou 15,4% nos últimos dois anos, enquanto o material virgem teve um avanço de 12,4%.

Conclusão

O plástico PET tem se destacado na indústria de embalagens devido à sua ampla aplicação e alto índice de reciclagem. Com um crescimento estimado em 4% até 2023, as empresas estão investindo cada vez mais no uso desse material, que já é líder nos segmentos de óleo comestível, água mineral e refrigerantes.

Além disso, o PET é o único plástico certificado pela Anvisa para uso em embalagens de alimentos, tanto na forma virgem quanto na forma reciclada. Essa certificação, aliada à sua aplicação em outras indústrias, como a têxtil e automotiva, torna o PET uma escolha sustentável e versátil.

É fundamental que as prefeituras incentivem a coleta seletiva de resíduos de PET, para que uma maior quantidade do material seja destinada à reciclagem. Isso contribuirá para a redução do impacto ambiental e para a geração de renda através da reciclagem.

Em suma, o plástico PET tem um papel importante na indústria brasileira, proporcionando benefícios econômicos e ambientais. Com um cenário favorável de crescimento, é essencial que as empresas e governos continuem investindo em seu desenvolvimento e na conscientização sobre a importância da reciclagem.


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