Aumento da produção de embalagens flexíveis em plástico


Produção de Embalagens Plásticas Flexíveis Aumenta em 2022

Setor registra crescimento na produção e queda no faturamento

O setor de embalagens plásticas flexíveis se destacou em 2022, produzindo 2.167 mil toneladas, um aumento de 1,3% em relação ao ano anterior, de acordo com pesquisa realizada pela Maxiquim e ABIEF. Enquanto isso, o faturamento registrou uma queda de 8,5%, chegando próximo a R$ 40 bilhões.

Desafios externos afetam a rentabilidade do setor

O presidente da ABIEF, Rogério Mani, destaca que os números refletem a realidade da indústria, ressaltando que a produção aumentou, porém, com menor rentabilidade. Isso se deve à influência de fatores externos, como o aumento no preço de algumas matérias-primas e insumos importantes para a indústria de embalagens flexíveis.

Diante desse cenário, Mani recomenda cautela às empresas, devido à instabilidade econômica tanto no mercado nacional quanto internacional. Ele ressalta a redução no consumo de diversos produtos embalados em plástico flexível e enfatiza a necessidade de monitorar de perto os desafios do mercado.

Substituição de embalagens impulsiona o setor

Por outro lado, a indústria observa uma substituição expressiva de outras formas de embalagem pelos plásticos flexíveis. Esse movimento global vem ganhando força, impulsionado pelas vantagens intrínsecas às embalagens flexíveis, como a leveza, flexibilidade, possibilidade de reciclagem e uso de materiais reciclados.

De acordo com o presidente, os plásticos flexíveis representam uma parcela significativa do mercado de embalagens, com um aumento anual constante. Essa tendência é fortalecida pelas características favoráveis das embalagens flexíveis e pela preferência dos consumidores.

embalagens plásticas flexíveis

Consumo de resina na produção

A produção brasileira de embalagens plásticas flexíveis consumiu um total de 2.167 mil toneladas de resinas. O polietileno de baixa densidade (PEBD) e o polietileno linear de baixa densidade (PEBDL) representaram 74% desse total, seguidos pelo polipropileno (PP) com 16% e o polietileno de alta densidade (PEAD) com 10%.

Vale destacar que 114 mil toneladas foram de materiais reciclados, o que representa um aumento de 9% em comparação ao ano anterior. Além disso, 80% dos filmes produzidos no Brasil são destinados à produção de embalagens, enquanto o restante é utilizado no agronegócio (11%) e na produção de sacolas (9%).

Em relação aos tipos de embalagens produzidas, a participação de sacos e sacolas teve um aumento de 5%, enquanto os filmes encolhíveis (shrink) aumentaram 3%. Por outro lado, as embalagens estiráveis (stretch) tiveram uma queda de 2%. As embalagens multicamadas tiveram um aumento de 2% em relação às monocamadas, que ainda representam 51% do total produzido.

Mercado consumidor

A pesquisa Maxiquim aponta que a indústria de bebidas foi a que mais aumentou o consumo de embalagens flexíveis em 2022, com um aumento de 9%. Em seguida, o mercado agropecuário teve um aumento de 7%, enquanto sacolas e sacos registraram 2% de crescimento.

Por outro lado, o mercado de higiene pessoal, pet food e aplicações industriais apresentaram quedas de, respectivamente, 9%, 3% e 2%. Já os setores de alimentos e limpeza doméstica se mantiveram estáveis.

Apesar da queda no faturamento do setor e no consumo per capita de embalagens plásticas flexíveis em 2022, 42% de todas as embalagens produzidas no Brasil são destinadas a alimentos.

No mercado externo, as embalagens brasileiras tiveram um bom desempenho, registrando um aumento de 4,9% nas exportações em volume e um aumento expressivo de 11,2% em faturamento, totalizando US$ 369 milhões.

A indústria de embalagens plásticas flexíveis tem uma grande representatividade na produção total da indústria de transformação de plásticos, correspondendo a 30%, enquanto a participação nas importações é de 12%.

Para o presidente da ABIEF, a expectativa para 2023 é de um crescimento da demanda brasileira por embalagens plásticas flexíveis, impulsionada pela perspectiva de redução da inflação e das taxas de juros ao longo do ano.

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