De acordo com o levantamento da ADIRPLAST, 2022 foi um ano excelente para a comercialização dos produtos dos associados. Houve um aumento de 5,5% nas vendas de filmes, plásticos de engenharia e resinas commodities, comparado a 2021.
Este crescimento representa um total de 247.008 toneladas de produtos comercializados pelos associados. O presidente da entidade, Laércio Gonçalves, afirma que esse resultado não reflete as vendas de cada mercado individualmente, mas indica uma melhora geral no mercado.
O segmento de BOPP+BOPET foi o que registrou o maior crescimento, com um aumento de 13,3% em relação a 2021.
Erasmo Fraccalvieri, da Tecnofilme, destaca que esse aumento nas vendas reflete a redução do desemprego e o aumento do poder de compra da população empregada durante o ano de 2022. Mesmo com níveis elevados de endividamento, as pessoas optaram por reduzir o consumo de bens duráveis e priorizar os bens não duráveis, principalmente alimentos.
O executivo ainda menciona que é possível observar a recuperação do setor de hipermercados e supermercados desde abril do ano passado, mesmo com o varejo em geral tendo ficado em segundo plano.
Para Fraccalvieri, as expectativas para o primeiro semestre de 2023 são otimistas. Os dados preliminares mostram uma economia resiliente, apesar dos desafios enfrentados pelos governos. Ele também acredita que a correção do salário-mínimo resultará em um aumento substancial na renda média, o que gerará uma maior demanda no mercado interno.
Além disso, Fraccalvieri destaca outros segmentos que apresentaram saldos positivos em vendas. Os produtos commodities foram o segundo segmento com maior crescimento, registrando um aumento de 4,7% em relação a 2021. Ricardo Mason, da Fortymil, explica que esse crescimento foi impulsionado pela venda de PS, que teve um aumento de cerca de 16% em relação ao ano anterior.
No entanto, Mason destaca que as expectativas para este primeiro semestre são mais contidas, devido à grande incerteza no mercado. Ele alerta para possíveis alterações nas alíquotas de importação, mudanças na carga tributária e operações pouco transparentes em Manaus, que têm crescido de forma exponencial.
Quanto ao plástico de engenharia, as vendas ficaram praticamente estáveis em relação a 2021, apresentando um discreto crescimento de 0,6%.
Fraccalvieri ressalta duas preocupações para 2023. A primeira é o excesso de oferta, que pode resultar em redução de preços e de margens para as empresas. O segundo problema é o crédito, visto que as empresas com alto endividamento estão sofrendo com as taxas de juros elevadas.
O presidente da ADIRPLAST enfatiza a importância da cautela neste ano, pois há diversos desafios globais, como a inflação, a nova variante do Covid-19, a guerra na Ucrânia, o aumento dos preços do petróleo e a crise energética.
Apesar desses desafios, ele acredita que é fundamental continuar trabalhando e se preparando para enfrentar os problemas. Estar informado sobre a indústria do plástico e se adaptar às circunstâncias são tarefas essenciais para os empresários.
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