Biofilme feito com sobras de madeira: reaproveitamento sustentável



Um Produto Inovador Desenvolvido na Universidade de Coimbra

O objetivo principal do desenvolvimento científico é encontrar soluções inovadoras que possam contribuir para um futuro mais sustentável. Nesse sentido, um produto desenvolvido na Universidade de Coimbra pode revolucionar a indústria de embalagens, impressão de circuitos e até mesmo o restauro de livros antigos. Trata-se de uma nova classe de filmes compósitos produzidos a partir de nanocelulose, uma alternativa sustentável e promissora.

A origem desse filme está no aproveitamento de madeira e resíduos florestais combinados com um mineral fibroso não prejudicial à saúde. Essa combinação resulta em filmes que possuem propriedades mecânicas e de barreira superiores. Esses filmes precisam ser resistentes e impermeáveis aos gases para garantir sua eficácia em diferentes aplicações.

De acordo com especialistas do Centro de Pesquisas em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta da Universidade de Coimbra, a versatilidade desse produto é um de seus principais diferenciais. Além de ser totalmente biodegradável e biocompatível, esse filme pode ser ajustado de acordo com as necessidades de resistência, estabilidade térmica, transparência, entre outras características desejadas.

Uma das vantagens desse novo material é o seu método de produção. Os filmes são preparados por filtração, o que acelera o processo de fabricação em comparação com outros métodos tradicionais. Essa agilidade pode ser um grande benefício para a indústria, reduzindo custos e aumentando a eficiência.

É importante ressaltar que esse produto foi desenvolvido no âmbito do projeto “FilCNF: Nova geração de filmes compósitos de nanofibras de celulose e partículas minerais”. Esse projeto recebeu financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e contou com a colaboração de instituições como o Instituto Politécnico de Tomar, a Universidade da Beira Interior e a empresa espanhola TOLSA. O projeto durou três anos e resultou na publicação de diversos artigos científicos, além de despertar o interesse de empresas do setor industrial.

Esse trabalho ganha relevância em um momento em que a sociedade busca alternativas mais sustentáveis para lidar com o uso excessivo de materiais descartáveis, que têm contribuído para danos ambientais significativos. O desenvolvimento desse novo material promissor abre portas para soluções mais sustentáveis e conscientes.

Em resumo, os filmes compósitos de nanocelulose produzidos na Universidade de Coimbra representam uma solução sustentável e versátil para embalagens, impressão de circuitos e restauro de livros antigos. Seu potencial biodegradável e ajustável de acordo com as necessidades torna-o uma opção promissora para diversas aplicações. O desenvolvimento desse produto é resultado de um projeto de pesquisa avançado e colaborativo, demonstrando o comprometimento da Universidade de Coimbra e de suas parceiras com a inovação e o desenvolvimento sustentável.


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