Brasil e China estabelecem plano para certificação eletrônica de produtos de origem animal

Brasil e China estabelecem plano para certificação eletrônica de produtos de origem animal


Oportunidade de Exportação de Proteína Processada para a China

O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil e a Administração-Geral de Aduanas da República da China estabeleceram um protocolo sobre os requisitos sanitários e de quarentena que devem ser seguidos pelos estabelecimentos brasileiros na produção de proteína processada de animais terrestres. Esse acordo abre um novo mercado de exportação para o produto brasileiro no país asiático.

A proteína processada, que é utilizada na fabricação de ração para animais, é obtida a partir de aves e suínos, incluindo farinha de carne, ossos, sangue e penas, entre outros componentes.

Requisitos e Inspeções

De acordo com o protocolo, os estabelecimentos brasileiros interessados em comercializar a proteína processada para a China devem implementar sistemas eficazes de gestão de riscos e rastreamento de qualidade. As inspeções nos abatedouros serão realizadas antes e depois da morte dos animais.

Além disso, as matérias-primas utilizadas devem ser provenientes de animais que nasceram e foram criados no Brasil em áreas livres de febre aftosa, de pestes suínas clássica e africana, de doença vesicular suína e de influenza aviária. Os locais de abate também devem ser oficialmente aprovados.

Mercado Brasileiro e Chinês

O Brasil é um dos maiores exportadores de farinha de animais terrestres, perdendo apenas para países da União Europeia, Estados Unidos e Austrália. A China, por sua vez, é o terceiro maior comprador desse produto.

O protocolo firmado entre os órgãos brasileiros e chineses foi um dos acordos assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chinês, Xi Jinping, durante a visita do presidente brasileiro à China. No total, foram celebrados 15 acordos entre ministérios e órgãos dos dois países.

proteína processada
Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária

Certificação Eletrônica

Além do protocolo sobre a proteína processada, o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Administração-Geral de Aduanas também criaram o Plano de Trabalho Brasil-China de Cooperação na Certificação Eletrônica para Produtos de Origem Animal.

Esse plano tem como objetivo avaliar a viabilidade do intercâmbio de dados relacionados à certificação eletrônica, promovendo ajustes nos sistemas utilizados no Brasil e na China e determinando os modelos de certificados veterinários a serem utilizados.

Os certificados sanitários internacionais para produtos de origem animal são documentos essenciais no comércio internacional, pois atestam o cumprimento dos requisitos sanitários e de segurança alimentar.

A implementação da certificação eletrônica visa agilizar e tornar mais seguras as transações comerciais entre os dois países, o que poderá resultar em um aumento nas exportações e importações.

Resultados da Visita de Lula à China

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou sua viagem à China devido a um quadro de pneumonia. No entanto, parte da comitiva que chegou antes do presidente conseguiu avançar nas negociações importantes, incluindo a resolução do embargo à carne bovina brasileira, que durou 29 dias. O Brasil é o maior fornecedor desse tipo de carne para a China, sendo que 60% da produção brasileira é vendida para o país asiático.

Fonte: Agência Brasil

Perguntas Frequentes

1. Qual tipo de proteína é utilizada na produção de ração para animais?

A proteína processada, obtida a partir de aves e suínos, é utilizada na fabricação de ração para animais.

2. O que os estabelecimentos brasileiros devem fazer para exportar proteína processada para a China?

Os estabelecimentos brasileiros interessados em exportar proteína processada para a China devem seguir os requisitos sanitários e de quarentena estabelecidos no protocolo, implementando sistemas de gestão de riscos e rastreamento de qualidade, além de utilizar matérias-primas provenientes de animais criados em áreas livres de certas doenças.

3. Quais são as doenças que as áreas de criação dos animais devem ser livres para que as matérias-primas sejam utilizadas na produção de proteína processada?

As áreas de criação dos animais devem ser livres de febre aftosa, pestes suínas clássica e africana, doença vesicular suína e influenza aviária.

4. Quais são os documentos essenciais para o comércio internacional de produtos de origem animal?

Os documentos essenciais são os certificados sanitários internacionais, que comprovam o atendimento aos requisitos sanitários e de segurança alimentar.

5. Qual é o objetivo da certificação eletrônica entre Brasil e China?

O objetivo é agilizar e tornar mais seguras as transações comerciais entre os dois países, possibilitando um aumento nas exportações e importações.


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