Carne Suína em Alta: Exportações Batem Recorde e Custos Caem! O Que Isso Significa Para Você?

Carne Suína em Alta: Exportações Batem Recorde e Custos Caem! O Que Isso Significa Para Você?

Crescimento Surpreendente nas Exportações de Carne Suína Brasileira

No primeiro semestre de 2025, as exportações brasileiras de carne suína in natura superaram todas as expectativas, totalizando mais de 630 mil toneladas e 1,626 bilhão de dólares. Esse resultado representa um crescimento de 19,2% no volume e 34,8% na receita em comparação ao mesmo período do ano anterior. As Filipinas e o Japão destacaram-se como novos mercados significativos, enquanto a China, tradicionalmente um dos maiores importadores, apresentou uma queda nas compras.

Esta transformação no cenário das exportações pode ser atribuída a fatores como a qualidade da carne brasileira e a adaptação às demandas de mercados emergentes. A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) reporta um total acumulado de 722 mil toneladas para todos os produtos de carne suína, incluindo os processados, constituindo um aumento de 17,6% em relação ao primeiro semestre de 2024.

Desempenho Mensal das Exportações de Carne Suína

Os dados mensais de 2025 revelam um cenário promissor, com cada mês apresentando volumes recordes de exportação. De fevereiro a junho, pela primeira vez na história, o Brasil enviou mais de 100 mil toneladas mensais durante cinco meses consecutivos. Isso demonstra não apenas a estabilidade da demanda, mas também a capacidade do Brasil de atender mercados exigentes com um produto de alta qualidade.

No mês de junho, o Japão ocupou o terceiro lugar em volume, consolidando-se também como o segundo cliente em receitas, enquanto a participação da China e de Hong Kong continuou a diminuir. Esse dinamismo entre os mercados pode ser um reflexo das estratégias de diversificação que os exportadores brasileiros têm adotado, buscando alternativas em vez de depender apenas de alguns mercados tradicionais.

Impactos da Tarifa dos EUA nas Exportações de Carne Suína

A recente implementação de uma tarifa de 50% sobre as importações de carne suína do Brasil, anunciada pelo ex-presidente Donald Trump, trouxe uma nova dinâmica ao setor. Embora o Brasil não exporte uma quantidade significativa de carne suína para os EUA (apenas 18,4 mil toneladas em 2024), a repercussão no mercado bovino é notável. A carne bovina já tinha um espaço relevante nos embarques para os EUA, e as tarifas podem impactar a competitividade dos produtos brasileiros vilipendiando especialmente o mercado de carne bovina.

Apesar das incertezas, a carne suína tem mantido relativa estabilidade, mesmo enfrentando quedas de preço em algumas localidades nos últimos meses. Essa resiliência pode ser atribuída a uma combinação de fatores, como as práticas de manejo adotadas pelos produtores e a interação entre a oferta e a demanda internas e externas.

Preços Estáveis e Queda dos Custos de Produção

A estabilidade nos preços da carne suína, mesmo diante de desafios, pode estar ligada a uma dinâmica favorável entre os custos dos insumos. A CONAB divulgou um aumento na expectativa de safra de milho, que atingiu cerca de 132 milhões de toneladas, o que está pressionando os preços do cereal para baixo. Essa tendência de queda nos preços do milho e do farelo de soja contribui para uma relação de troca mais vantajosa para os suinocultores, permitindo margens financeiras melhores em comparação ao ano passado.

Adicionalmente, o farelo de soja, embora com preços em queda, ainda mantém uma relação de troca favorável, especialmente em função do aumento do óleo de soja, que está em alta devido à crescente demanda por biodiesel. Isso poderia, a longo prazo, estabilizar os custos de produção e garantir a competitividade da carne suína brasileira no mercado global.

Demanda Interna e Perspectivas Futuras

A demanda por carne suína no mercado interno apresenta sinais de baixa, particularmente durante as férias escolares, periodicamente impactando as cotações. O que significa que os produtores devem estar atentos aos ciclos sazonais de compra e venda para maximizar suas oportunidades de lucro. À medida que a economia se recupera, espera-se que a demanda interna aumente, o que pode reverter qualquer tendência de baixa nas cotações.

Além disso, com o aumento das exportações, a expectativa é de um equilíbrio saudável entre o mercado interno e externo, garantindo assim uma continuidade na produção e consumo da carne suína. Para os próximos anos, o foco deverá ser a manutenção da qualidade e a diversificação dos mercados para minimizar riscos associados à dependência de grandes compradores.

Manutenção da Competitividade no Cenário Internacional

Com o cenário atual, é crucial que o setor suinícola brasileiro continue a se adaptar e inovar. Embora não seja diretamente impactado pela tarifa dos EUA, a suinocultura brasileira pode sofrer indiretamente com a volatilidade do mercado bovino e suas repercussões nos preços. Propostas de melhorias tecnológicas e de métodos de produção são fundamentais para a manutenção da competitividade e para a conquista de novos mercados.

O fortalecimento de parcerias comercialmente estratégicas e a passagem para tecnologias mais eficientes e sustentáveis no manejo, além da promoção de práticas que priorizem a saúde animal e a qualidade do produto final, são áreas que podem beneficiar a cadeia produtiva da carne suína no Brasil, assegurando um futuro promissor.

Conclusão

O panorama das exportações brasileiras de carne suína mostra-se altamente positivo, impulsionado por um crescimento exponencial e pela busca de novos mercados. A estabilidade dos preços de produção, aliada à queda dos custos dos insumos, proporciona uma base sólida para que os produtores se mantenham competitivos, mesmo em tempos de incerteza econômica e política. A adaptação rápida às novas dinâmicas de mercado será essencial para consolidar a carne suína como um produto de destaque no mercado global.





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