Benefícios das Operações de Pirólise para Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa
Um estudo publicado no The Journal of Cleaner Production, com o apoio do American Chemistry Council, analisa os benefícios em termos de gases de efeito estufa (GEE) ao substituir o óleo de pirólise de plásticos pós-consumo pelo nafta e gases fósseis nas operações de craqueamento a vapor.
Tipos de Instalações Analisadas
A pesquisa considera dois tipos de instalações: as pioneiras, com capacidade de menos de 50.000 toneladas/ano, e as “Nth”, que têm capacidade superior a esse número. O fator de escala é crucial, pois o uso de óleo de pirólise nas instalações pioneiras resulta em um aumento das emissões de GEE, enquanto nas instalações Nth, as emissões são inferiores às das operações convencionais.
Operações de craqueamento produzem monômeros para a produção de plásticos. Nos Estados Unidos, os craqueadores utilizam, em média, 6% de nafta e 94% de gases. A substituição de nafta pelo óleo de pirólise apresenta o maior benefício em termos de emissões de GEE.
Taxas de Substituição e Emissões
O estudo analisa duas taxas de substituição, 5% e 20%. Quando apenas 5% do óleo de pirólise substitui nafta e gases, a remoção de cloretos e outros contaminantes por hidrotreatment não é necessária. O hidrotreatment, em contrapartida, contribui significativamente para as emissões de GEE. Com uma taxa de substituição de 20%, o hidrotreatment se torna indispensável para proteger o equipamento, diminuindo o benefício de GEE por quilo.
Impacto na Produção de Plásticos
Do ponto de vista do reciclador, a substituição do óleo de pirólise proporciona uma redução de 23% na produção de HDPE e 18% na produção de LDPE. No entanto, esses números não consideram que 95% da produção ainda depende de métodos tradicionais, o que implica que, na prática, o benefício real para o craqueador é apenas cerca de 1%.
Limitações do Estudo
Ampliar os limites do sistema para incluir a disposição ao fim da vida útil dos produtos aumentaria ainda mais o benefício de GEE, especialmente em comparação com a incineração. Contudo, os autores do estudo destacaram a disponibilidade limitada de dados operacionais sobre os processos de craqueamento a vapor e hidrotreatment, com valores baseados em literatura acessível e discussões com parceiros da indústria.
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