Descubra o destino surpreendente do plástico na São Silvestre!


O destino do plástico descartado na São Silvestre

A Corrida Internacional de São Silvestre, em sua 98ª edição, movimentou as ruas de São Paulo no último dia 31 de dezembro. Além da tradicional prova esportiva, a corrida também se destacou por suas práticas ambientais. Com cerca de 35 mil atletas inscritos, foram utilizados aproximadamente 500 mil copos plásticos para a hidratação ao longo do percurso de 15 km.

Para ir além do esporte, a Corrida Internacional de São Silvestre também implementou uma ação sustentável: a transformação dos copos plásticos descartados em benefícios para a sociedade.

A coleta dos copos plásticos utilizados pelos atletas resulta na fabricação de um novo produto. Até o momento, já foram arrecadados cerca de 750 kg de copos plásticos por meio do trabalho do Movimento Plástico Transforma (MPT), responsável pela transformação do plástico.

Em 2022, o total de copos recolhidos chegou a 190 mil, resultando na fabricação de 214 mesas e 420 cadeiras. Os produtos resultantes foram destinados às escolas em Pernambuco, trazendo benefícios para a comunidade. Segundo Simone Carvalho, membro do grupo técnico do Plástico Transforma, essa iniciativa é resultado da colaboração entre vários parceiros, incluindo recicladoras e indústrias.

Após serem recolhidos no percurso da prova, os copos plásticos passam pela etapa de retirada dos lacres de alumínio. Em seguida, na recicladora, o plástico é transformado em granulado, que é utilizado pela indústria parceira para a fabricação de novos produtos.

É importante ressaltar que os copos plásticos já tinham uma destinação antes dessa iniciativa, porém, não era divulgado para a população o que era feito com eles. O objetivo da ação é mostrar que, com consumo consciente e descarte correto, é possível trazer o plástico de volta ao ciclo produtivo na forma de novos produtos que beneficiam a sociedade.

Parcerias para desenvolver o projeto

Para o sucesso da coleta de 750 kg de plástico durante a corrida em 2022, foi necessária a união de três empresas. A reciclagem foi realizada pela Plastimil, a Colorfix foi responsável pelo desenvolvimento das cores nos materiais e a Tramontina Delta utilizou a resina final para fabricar o novo mobiliário escolar.

O diretor da Tramontina, Rui Baldasso, destaca os testes de qualidade realizados com o material para chegar ao modelo ideal. O Conjunto Infantil Sofia, composto por mesas e cadeiras em polipropileno, foi enviado para escolas públicas próximas ao parque fabril da Tramontina em Moreno, região metropolitana de Recife, beneficiando cerca de 680 crianças.

Variedade de produtos

Essa ação já ocorreu em edições anteriores da São Silvestre, e o MPT transformou os plásticos recolhidos em diferentes produtos. Em 2019, foram produzidas 1,8 mil lixeiras a partir da coleta realizada.

Devido à pandemia, a entrega das lixeiras foi feita somente em 2021, sendo encaminhadas para escolas do interior de São Paulo. Em 2021, o plástico coletado durante a corrida foi transformado pela empresa Monte Líbano em 1,2 mil caixas organizadoras para uso em salas de aula, beneficiando 6 mil crianças em 13 unidades de educação infantil da cidade de São Paulo.

A escolha das instituições atendidas pelo projeto segue critérios logísticos em parceria com os fabricantes, visando reduzir o custo de transporte e as emissões de carbono.

Destinação da corrida de 2023

A 98ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, realizada no último dia 31, contou mais uma vez com essa iniciativa. No entanto, o próximo produto resultante está sob decisão. Por enquanto, a coleta inicial está sendo realizada por uma cooperativa.

Essas ações são possíveis graças à parceria entre o Movimento Plástico Transforma, a Fundação Cásper Líbero e a Yescom, organizadora da corrida. O Movimento Plástico Transforma é uma iniciativa conjunta da Braskem e da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico).

Além das iniciativas relacionadas à São Silvestre, o Movimento Plástico Transforma também está envolvido em projetos contínuos, como o Espaço Economia Circular no Museu Catavento, em São Paulo, que oferece informações sobre a produção de plásticos, seus diferentes tipos e aplicações, além de abordar temas como reciclagem, consumo consciente e descarte responsável.

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