Pecuária Nacional Alcança Recorde Histórico no Segundo Trimestre de 2024
No segundo trimestre de 2024, a pecuária nacional brasileira registrou um marco histórico, atingindo uma produção recorde de 2,57 milhões de toneladas de carne bovina. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o maior resultado alcançado desde o início da série histórica, monitorada desde 1997.
Fatores que Influenciaram o Recorde
De acordo com Manoel Sá Filho, gerente de Corte da Alta, dois fatores principais foram decisivos para esse impressionante resultado. “O consumo interno sem dúvida responde por grande parte desse recorde, mas, não podemos deixar de citar as exportações, que também tiveram papel relevante”, aponta Sá Filho. Ele destaca que foram exportadas mais de 612 mil toneladas de carne no segundo trimestre, representando um aumento de 30% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com abril e maio sendo os meses de maior destaque.
Perspectivas Futuras e Projeções de Crescimento
Complementando as informações do IBGE, o relatório Visão Agro da consultoria Agro do Itaú BBA indica que essa tendência de crescimento deve continuar. Espera-se que a produção de carne bovina aumente 15% em 2024, superando 10 milhões de toneladas equivalentes à carcaça. “As projeções indicam inclusive que o consumo per capita de carne bovina em 2024 no Brasil deve retornar ao patamar recorde de 32 kg por habitante, registrado em 2013”, comemora Manoel Sá. Além disso, as exportações também devem crescer 20%, atingindo 3,4 milhões de toneladas.
Melhoramento Genético como Catalisador de Crescimento
Um fator relevante por trás do bom momento vivido pela pecuária é o melhoramento genético. Manoel Sá Filho explica que os programas de melhoramento genético têm sido fundamentais para alavancar a produção de bovinos no Brasil. “Os animais que estão sendo abatidos em 2024 são reflexos do recorde de venda que tivemos em 2021, quando mais de 20 milhões de doses de sêmen bovino voltadas especificamente para corte foram vendidas”, ressalta.
O melhoramento genético em bovinos de corte envolve a seleção e acasalamento direcionado de animais com características desejáveis, visando tornar a produção mais eficiente e lucrativa. Atualmente, apenas 25% das vacas de corte no Brasil são inseminadas, revelando um grande potencial de crescimento no setor.
Conclusão
Com a Alta liderando o mercado de melhoramento genético com uma participação de 34%, as perspectivas para o crescimento do setor são promissoras. “Os criadores têm visto excelentes resultados fruto do investimento em genética e o mercado deve crescer exponencialmente nos próximos anos”, conclui Manoel Sá.
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