Filme ‘O Último Episódio’ estreia nos cinemas em outubro

Filme ‘O Último Episódio’ estreia nos cinemas em outubro

A produtora mineira Filmes de Plástico lança em 9 de outubro de 2025 o longa-metragem “O Último Episódio”, dirigido por Maurilio Martins. O filme chega aos cinemas de todo o Brasil com sessões comerciais a partir dessa data e exibições de pré-estreia em festivais: em São Paulo, no dia 2 de outubro de 2025, dentro da Mostra Internacional de Cinema; no Rio de Janeiro, em 16 de outubro de 2025, durante o Festival do Rio. A trama acompanha Erik, um adolescente de 13 anos, que diz ter em casa uma fita com o suposto capítulo final do desenho “Caverna do Dragão”. A partir dessa história, ele se aproxima de Sheila, colega recém-chegada, e vive descobertas típicas da passagem para a adolescência.

A narrativa se passa em 1991 e mistura memórias pessoais do diretor com elementos da cultura pop da época. É a estreia solo de Maurilio Martins em longas, após a codireção de “No Coração do Mundo” (2019) ao lado de Gabriel Martins. O projeto foi filmado em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mais precisamente no bairro Laguna, território que marca a infância e a formação do cineasta. A proposta aposta no cotidiano e na afetividade de personagens jovens, com atenção às referências televisivas que ajudaram a moldar hábitos e conversas nos anos 1990.

Linha do tempo das exibições

O calendário de exibições começa antes do lançamento nacional. São Paulo recebe a primeira sessão em 2 de outubro de 2025, na Mostra Internacional de Cinema. O evento costuma funcionar como vitrine para estreias brasileiras e é oportunidade para o público ver o filme antes da chegada ao circuito comercial. Em seguida, em 9 de outubro de 2025, “O Último Episódio” entra em cartaz em salas de todo o país. A ideia é alcançar tanto capitais quanto cidades de médio porte, ampliando o contato com o público que acompanhou a obra anterior do grupo mineiro.

No Rio de Janeiro, a sessão especial ocorre em 16 de outubro de 2025, dentro da programação do Festival do Rio. Mostras e festivais ajudam a reunir opiniões de críticos e espectadores logo nas primeiras semanas, o que costuma influenciar a percepção do filme ao longo da carreira em circuito. Para quem pretende se organizar, vale anotar as datas com clareza: 2/10 (Mostra SP), 9/10 (estreia comercial) e 16/10 (Festival do Rio). A distribuição de cópias e os horários de cada cinema variam por praça, portanto a recomendação é acompanhar as programações locais na semana de estreia para garantir a melhor sessão.

  • 2 de outubro de 2025 — Sessão na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
  • 9 de outubro de 2025 — Estreia nacional nos cinemas brasileiros
  • 16 de outubro de 2025 — Exibição no Festival do Rio

O recorte da história e o mito do “episódio final”

Ambientado em 1991, o filme parte de uma mentira contada por Erik, personagem de 13 anos, que afirma ter em casa uma fita VHS com o “último episódio” do desenho “Caverna do Dragão”. A narrativa se apoia no fascínio provocado por boatos que circulavam entre crianças e adolescentes naquela virada de década, quando a troca de informações dependia de conversas na escola, videolocadoras e revistas especializadas. Essas histórias ganhavam força pela falta de comprovação imediata e criavam pequenas lendas urbanas que atravessavam bairros e cidades.

Ao usar esse ponto de partida, “O Último Episódio” mira o efeito que uma versão inventada pode ter nas relações. A proximidade de Erik com Sheila nasce desse enredo improvisado, mas o foco vai além do rumor. O longa observa como amizades são formadas, como códigos de confiança surgem e como a vontade de pertencer a um grupo atua no comportamento de adolescentes. Há ainda um olhar para o papel da televisão e das fitas gravadas em casa, objetos que orientavam rotina, lazer e expectativas de muita gente em 1991.

Direção, origem do projeto e filmagens em Contagem

A estreia solo de Maurilio Martins em longas chega após a experiência de codireção em “No Coração do Mundo” (2019). “O Último Episódio” nasceu como ideia ainda em 2009 e foi amadurecido a partir de lembranças do diretor sobre infância e adolescência. O bairro Laguna, em Contagem, é peça central nessa construção. Foi lá que o cineasta nasceu, cresceu e permanece residindo. Ao retornar às ruas e aos espaços que conhece desde jovem, Martins reforça detalhes de época e cria uma atmosfera que combina intimidade com observação atenta do cotidiano.

As filmagens no Laguna ajudam a definir o desenho visual do longa. A geografia do bairro, as casas, as varandas e os trajetos a pé dão ritmo à narrativa. Como a história se passa em 1991, a equipe precisou se concentrar em elementos de período, como figurinos, adereços e ambientações que remetem ao início dos anos 1990. A proposta não é exibir um catálogo de objetos nostálgicos, e sim apoiar a trama em sinais sutis: uma estante com fitas, um caderno com recados, um comercial na TV ao fundo. Esses gestos de produção contribuem para a naturalidade das cenas, sem chamar mais atenção que os próprios personagens.

Elenco: rostos e participações

Erik é interpretado por Matheus Sampaio. O jovem contracena com Rejane Faria, de “Marte Um”, e Babi Amaral, de “No Coração do Mundo”. O longa também reúne participações especiais de Gabriel Martins e André Novais Oliveira, cineastas que fazem parte da mesma geração de realizadores de Minas Gerais. O conjunto sugere uma dinâmica de trabalho que prioriza atores em sintonia com o universo criado pela Filmes de Plástico, produtora que costuma apostar em figuras da região metropolitana de Belo Horizonte, mantendo vínculos com a vida dos bairros em que as histórias se passam.

A presença de atores com trajetória próxima à produtora tende a fortalecer a verossimilhança. Há fluidez nas trocas de cena e nos sotaques, com diálogos que soam próximos do público local sem perder a compreensão nacional. Em “O Último Episódio”, essas escolhas ajudam a conduzir o olhar do espectador para os gestos dos personagens. Quando Erik tenta sustentar a mentira sobre a fita, por exemplo, são as reações discretas de quem o cerca que modulam o tom das sequências, entre a curiosidade e a dúvida. O resultado valoriza o cotidiano, elemento central na filmografia do grupo mineiro.

Música, canções e a memória dos anos 1990

A trilha sonora tem direção musical de John Ulhoa e Richard Neves, da banda Pato Fu. O projeto destaca uma interpretação inédita de Fernanda Takai para “Qualquer Jeito”, canção que aparece como fio afetivo em momentos-chave da narrativa. Outra música marcante dos anos 1980, “Doce de Mel”, conhecida na voz de Xuxa, surge de forma decisiva no enredo. Em vez de reproduzir um jukebox de sucessos, a trilha procura conectar a experiência dos personagens a sons que marcaram infância e TV naquele período, respeitando o espaço de silêncio e de escuta das cenas.

Em filmes de formação, a música costuma atuar como mediadora de encontros e lembranças. Em “O Último Episódio”, o desenho sonoro valoriza ambientes domésticos, barulho de rua e ruídos de fitas, criando camadas que funcionam como pistas do tempo. A inclusão de uma versão inédita de “Qualquer Jeito” acrescenta um elemento de descoberta para quem já conhece o repertório de Fernanda Takai, enquanto “Doce de Mel” aciona associações ligadas a programas infantis e à cultura televisiva. O equilíbrio entre canções e sons do dia a dia reforça a proposta intimista da direção.

O que está em jogo na história

Ao inventar a existência da fita com o “último episódio”, Erik inicia um jogo de expectativas. Ele precisa sustentar a narrativa diante dos amigos e lidar com o interesse de Sheila, que enxerga na promessa uma chance de aproximação. O filme observa como pequenas escolhas, feitas para impressionar colegas ou evitar constrangimentos, podem ter desdobramentos maiores do que se imagina. As cenas alternam situações leves, típicas da vida escolar, com momentos de introspecção, nos quais o personagem percebe o peso das próprias decisões.

A amizade entre os dois adolescentes é o fio que costura os acontecimentos. Em vez de soluções fáceis, a narrativa sugere que o amadurecimento nasce de conversas, de erros e de correções de rota. O pano de fundo da cultura pop ajuda a manter o ritmo, sem se sobrepor ao olhar generoso para as experiências individuais. A relação com a televisão e com objetos do período funciona como cenário e como gatilho emocional, refletindo o modo como produtos culturais moldaram hábitos de uma geração que trocava fitas, gravava programas e comentava episódios no recreio.

Filmes de Plástico: trajetória e resultados

Fundada em 2009, a Filmes de Plástico se consolidou como referência do cinema brasileiro contemporâneo. A produtora acumula mais de 140 prêmios e já teve obras exibidas em mais de 300 festivais internacionais. Entre os destaques está “Marte Um”, escolhido para representar o Brasil no Oscar 2023. Esse histórico de circulação e reconhecimento internacional fortalece a rede de parceiros e a capacidade de produção do grupo, que mantém raízes em Contagem e amplia a visibilidade de histórias contadas a partir da periferia da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Ao lançar “O Último Episódio”, a produtora reafirma o compromisso com narrativas de afeto, juventude e cotidiano. A aposta em personagens adolescentes, atravessados por desejos e dilemas comuns, dialoga com públicos de diferentes idades. Para muitos espectadores, ver o bairro, o sotaque e a rotina filmados com cuidado tem impacto direto na identificação. Para outros, há curiosidade por descobrir um recorte do país que foge dos grandes centros tradicionais de produção audiovisual, sem abrir mão de ambição artística e rigor técnico.

1991 em cena: objetos, gestos e referências de época

Reconstruir 1991 passa por escolhas que vão além de carros e figurinos. O filme trabalha texturas de parede, rótulos de produtos, anúncios de TV ao fundo e hábitos domésticos como gravar programas e rebobinar fitas. Esses sinais discretos sustentam a ambiência sem transformar cada plano em vitrine nostálgica. Há atenção à iluminação de interiores, muitas vezes mais amarelada, e à presença de antenas e aparelhos volumosos, que ajudam a situar a passagem do tempo. A equipe técnica traduz esses elementos em favor da narrativa, preservando a naturalidade do espaço.

Na escola, cadernos com etiquetas, coleções de figurinhas e filas para o orelhão compõem o quadro de época. As conversas sobre programas e desenhos criam uma espécie de calendário afetivo, no qual cada episódio vira referência cruzada entre colegas. É nesse ecossistema que um boato pode crescer, ganhar detalhes e virar certeza na imaginação de um grupo. “O Último Episódio” se vale desse mecanismo para discutir pertencimento, responsabilidade e a linha tênue entre fantasia e realidade quando se tem 13 anos.

Bastidores: o bairro como personagem

Rodado no bairro Laguna, em Contagem, o longa usa o traçado das ruas, as fachadas e os pontos de encontro para criar um espaço reconhecível. O bairro funciona como personagem, oferecendo atalhos visuais para o espectador entender quem são aqueles jovens e como circulam entre casa, escola e amigas e amigos. Ao filmar onde cresceu e onde vive, o diretor acessa marcas de sociabilidade que dificilmente seriam replicadas em cenários genéricos. A escolha traz proximidade e dá consistência às relações retratadas.

Para um filme de período, filmar em locação impõe desafios práticos: evitar ruídos contemporâneos, ajustar fachadas, coordenar figurinos e adereços com a paisagem real. A solução passa por um desenho de produção atento, que organiza janelas de gravação por rua, controla elementos modernos no quadro e prepara a equipe para mudanças rápidas. O resultado é um conjunto de cenas que respiram a vida do bairro e apostam em encontros casuais como material dramático, sem perder o foco na história de Erik e Sheila.

A força dos boatos na cultura pop

Boatos são parte da circulação de produtos culturais. Quando não há confirmação imediata, versões se multiplicam, às vezes ganhando força pelo simples fato de serem repetidas. Em 1991, sem internet popular, esse processo passava por ligações de telefone fixo, encontros em locadoras e recreios. Um suposto “episódio final” de um desenho querido alimenta o imaginário e vira senha de pertencimento. A mentira contada por Erik não é gratuita: ela nasce da vontade de ser reconhecido e se manter interessante para o grupo.

O filme aproveita esse gatilho para discutir responsabilidade. Até que ponto se sustenta uma versão criada para impressionar? Quais consequências aparecem quando as pessoas mais próximas passsam a cobrar a prova do que foi dito? Ao acompanhar essas tensões, “O Último Episódio” olha para o período com afeto, mas não idealiza o passado. Ele reconhece que, em qualquer época, amizades se constroem e se testam a partir de histórias contadas e da coragem de ajustar o rumo quando a realidade cobra coerência.

Como o público pode se preparar para a estreia

Com a chegada ao circuito marcada para 9 de outubro de 2025, quem pretende assistir ao filme pode se programar para a primeira semana, quando há maior oferta de horários. Em capitais, a tendência é que o número de sessões iniciais seja mais amplo, enquanto cidades médias concentram exibições em horários de pico. Procure conferir as grades dos cinemas a partir do dia 7 de outubro, quando as redes costumam publicar as programações seguintes. Para quem estiver em São Paulo e no Rio de Janeiro, as sessões da Mostra e do Festival do Rio são boas oportunidades de ver o longa em ambiente de debate e com presença de equipe.

A classificação indicativa, as salas participantes e os formatos de exibição são definidos conforme a distribuição por praça. É comum que, após a primeira semana, o filme ajuste o número de sessões conforme a procura. A dica é priorizar as primeiras exibições se você gosta de estreias cheias e debates espontâneos ao fim da sessão. Se prefere salas mais vazias, a segunda semana costuma oferecer sessões mais tranquilas. O importante é acompanhar os horários oficiais divulgados pelos cinemas das sua cidade e se organizar com antecedência.

O olhar do diretor e o tom autobiográfico

Maurilio Martins concebeu a ideia original em 2009 e transformou as próprias lembranças em ponto de partida para o roteiro. Em entrevistas e conversas de bastidores, o cineasta costuma reconhecer que é alguém movido por memória, com forte atração por guardados, fotografias e pequenas histórias de família e de escola. Em “O Último Episódio”, esse repertório aparece de modo orgânico: uma foto na parede, um uniforme antigo, um detalhe de caderno com desenho na capa. A dimensão pessoal não se sobrepõe à ficção; funciona como alicerce para dar densidade a personagens e ambientes.

O tom autobiográfico também se reflete na escolha do bairro Laguna como espaço de filmagem. Ao filmar onde vive, o diretor trabalha com um conhecimento sensível do território, algo que permite calibrar a encenação com sutileza. Assim, uma esquina específica, uma descida de rua ou um portão podem guardar memórias para quem fez o filme e, ao mesmo tempo, produzir reconhecimento para quem assiste. O resultado é uma experiência que equilibra intimidade e abertura, criando espaço para que o público projete suas próprias lembranças no percurso de Erik e Sheila.

Público-alvo e alcance

A trama fala diretamente com quem viveu a infância e a adolescência em torno de 1991, mas não se limita a esse grupo. Os conflitos de amizade, as tentativas de pertencimento e a graça de descobrir o mundo a partir de pequenas ousadias atravessam gerações. Para espectadores mais jovens, o filme oferece um mergulho em um cotidiano sem celular e sem internet, no qual a TV, as fitas e as conversas cara a cara eram motores de sociabilidade. Para os mais velhos, é um convite a revisitar hábitos e afetos que moldaram uma época.

A estratégia de estreia em todo o Brasil aumenta as chances de circulação ampla. Capitais e cidades de médio porte devem receber o longa na mesma janela. Ao combinar exibições em festivais com a chegada ao circuito, a equipe conquista visibilidade crítica e, ao mesmo tempo, coloca o filme na rota do público geral. Se a recepção for positiva nas primeiras semanas, é comum que surjam sessões extras ou que o circuito se estenda para novas praças, acompanhando o boca a boca.

Serviço: datas e informações essenciais

Título: “O Último Episódio”. Direção: Maurilio Martins. Produtora: Filmes de Plástico. Elenco principal: Matheus Sampaio, Rejane Faria e Babi Amaral, com participações de Gabriel Martins e André Novais Oliveira. Trilha: direção musical de John Ulhoa e Richard Neves (Pato Fu), com interpretação inédita de Fernanda Takai para “Qualquer Jeito” e presença de “Doce de Mel”.

  • Estreia nacional: 9 de outubro de 2025
  • Sessão na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo: 2 de outubro de 2025
  • Sessão no Festival do Rio: 16 de outubro de 2025

Repercussão esperada e caminhos após o cinema

A estreia comercial coloca “O Último Episódio” no encontro direto com o público. O histórico da Filmes de Plástico e a presença em festivais tendem a atrair atenção de críticos e curadores. A recepção inicial costuma orientar a carreira do longa depois do circuito. Em casos de bom desempenho de público, as janelas podem se desdobrar em mostras, exibições itinerantes e sessões especiais em centros culturais. Para quem acompanha cinema brasileiro recente, a estreia também funciona como termômetro do interesse por narrativas de juventude que surgem fora do eixo tradicional de produção.

Independentemente de desdobramentos futuros, a obra se apresenta como recorte específico: dois adolescentes, um bairro de Contagem e uma história que nasce de uma fita dita “rara”. É nesse recorte que o filme funda seu alcance. Ao apostar em afetos e em observação de gestos simples, constrói um olhar consistente para a passagem da infância à adolescência, movimento que segue despertando identificação em diferentes gerações de espectadores.

Perguntas que o filme provoca

Como se forma a confiança entre adolescentes? O que acontece quando uma história contada para impressionar ganha vida própria? Até onde vai a responsabilidade de quem cria uma versão sem provas e a sustenta no grupo? “O Último Episódio” visita essas questões sem didatismo e com atenção às reações miúdas que definem amizades. As provocações não são lançadas em discursos; aparecem em silêncios, olhares e pausas, no ritmo de quem ainda está aprendendo a nomear o que sente.

Outra reflexão passa pela circulação de referências televisivas e musicais. Desenhos, aberturas, músicas que tocam em programas e vinhetas criam uma espécie de língua comum, que sustenta brincadeiras e pactos. A fita VHS apontada por Erik como objeto “mágico” sintetiza esse poder. Ela condensa desejo, prova e prestígio. Ao colocá-la no centro do enredo, o filme ilumina o quanto objetos culturais interferem nas relações, não por si só, mas pelos significados que um grupo projeta sobre eles.

Dicas para quem curte histórias de formação

Se você costuma se interessar por histórias de amadurecimento, vale prestar atenção na progressão dos personagens e no modo como “O Último Episódio” trabalha a passagem do tempo. Repare como escolhas pequenas do roteiro puxam consequências em cadeia, como a mentira inicial vai se desdobrando em demandas de prova e como a amizade se ajusta a cada tensão. Observe também como a trilha sonora dialoga com esses movimentos, pontuando cenas sem dominar a atenção. São pistas úteis para aproveitar melhor a sessão e perceber nuances do trabalho de direção.

Outra dica é se permitir reconhecer sinais de época sem fixar neles toda a atenção. O filme oferece referências dos anos 1990 como apoio, mas coloca as relações no centro. O ganho está em acompanhar Erik e Sheila com generosidade, entendendo que o que define a jornada deles é a coragem de encarar consequências e de negociar verdades. Para quem gosta de conversar depois da sessão, essas discussões rendem bons pontos de partida para trocar impressões com amigos e familiares.

Imagens de divulgação

Materiais gráficos associados à divulgação costumam incluir ícones e peças utilizadas em chamadas e comunicados. A seguir, duas imagens presentes em peças de comunicação do mesmo ambiente em que o anúncio foi publicado. A exibição dos arquivos mantém as propriedades originais, sem alterações ou scripts embutidos.

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Onde assistir e como acompanhar a programação

A partir de 9 de outubro de 2025, “O Último Episódio” entra em cartaz em salas comerciais no Brasil. A recomendação é verificar a programação dos cinemas da sua cidade na semana de estreia, quando os horários são publicados. Em São Paulo, a Mostra Internacional de Cinema costuma divulgar locais e horários da sessão especial com antecedência. No Rio de Janeiro, o Festival do Rio segue formato semelhante, com grade definida próximo ao início do evento. A depender da procura, novas sessões podem ser adicionadas.

Para quem planeja comparecer às sessões de festival, vale chegar com antecedência, sobretudo nas exibições com presença de equipe, que tendem a lotar. Em circuito comercial, é possível encontrar opções em diferentes horários, incluindo tarde e noite. À medida que a carreira do filme avança, mostras temáticas e cineclubes podem organizar debates. Essas iniciativas ajudam a prolongar a conversa sobre o longa e facilitam o acesso para públicos que não estão próximos das grandes redes.

Por dentro do título e seus sentidos

O título “O Último Episódio” acena para três camadas de leitura. A primeira é literal: a referência ao suposto capítulo derradeiro de um desenho animado, procurado como tesouro por fãs e colegas. A segunda é afetiva: a ideia de que certos momentos da vida parecem “o último” de uma fase, especialmente na fronteira entre infância e adolescência. A terceira é metalinguística: um filme que convida a pensar episódios da própria vida, cada um com inícios, viradas e desfechos. Essa soma ajuda a explicar por que a premissa atrai tanto quem viveu os anos 1990 quanto quem está descobrindo agora aquelas referências.

Ao reunir essas camadas, o longa propõe que o valor de uma história não está na exclusividade de um segredo, mas no que ele provoca quando compartilhado. Em outras palavras, a fita inventada por Erik serve menos como prova e mais como catalisadora de encontros. É a convivência com Sheila, com a turma da escola e com a família que dá espessura ao percurso dos personagens. Esse foco no vínculo humano é o que sustenta o interesse cena após cena, mesmo para quem não tem lembranças ligadas ao desenho citado.

O que destaca o longa no cenário recente do cinema brasileiro

Nos últimos anos, produções brasileiras têm explorado histórias íntimas ambientadas em bairros e cidades que fogem do eixo mais tradicional. “O Último Episódio” se insere nessa tendência com uma particularidade: a ênfase em experiências da adolescência a partir de uma memória concreta de 1991. A combinação de trilha guiada por músicos com trajetória reconhecida, elenco próximo à realidade retratada e filmagens em um bairro que é referência afetiva para a equipe compõe um quadro coeso. O filme não busca pirotecnia. Prefere observar, escutar e acompanhar a transformação dos personagens em escala humana.

O histórico da Filmes de Plástico dá lastro a esse caminho. Com prêmios acumulados e presença em centenas de festivais, a produtora fortaleceu um método de trabalho que aposta em continuidade de parcerias e atenção à vida dos bairros onde filma. O novo longa reafirma esse percurso. Ele usa a memória como ferramenta de criação, sem aprisionar a história em nostalgia. A paisagem de Contagem, o ritmo das ruas e a cadência dos diálogos constroem um cinema que se reconhece no Brasil de diferentes épocas, do início dos anos 1990 aos dias de hoje.



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