Com público alto já no fim de semana de abertura, o Frigorífico Santa Fé vendeu quase 20 toneladas de carne nos dois primeiros dias da Expointer 2025, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O desempenho dá fôlego à meta traçada pela empresa para esta edição: chegar a 55 toneladas até o encerramento da feira, acima das 45 toneladas registradas em 2024.
Segundo a organização da mostra agropecuária, 258.940 pessoas circularam pelo parque entre sábado e domingo do primeiro fim de semana. Esse fluxo explica o ritmo forte de vendas reportado por Léo Rodinei dos Santos, fundador da Santa Fé. A empresa opera duas lojas dentro do evento e presta suporte a restaurantes do parque com uma estrutura de frio dedicada.
Com público recorde no parque, a venda disparou já na largada
A abertura da 48ª Expointer trouxe números expressivos de visitantes e empurrou a demanda por cortes bovinos. No balanço do primeiro fim de semana, a Santa Fé reportou quase 20 toneladas vendidas, somando varejo ao consumidor final e fornecimento a operações de alimentação no parque. É um volume que, isoladamente, supera a venda semanal de muitas casas especializadas fora do período de feira.
O pico de circulação acontece entre o meio da manhã e o fim da tarde, quando o parque concentra as principais atrações e o público forma filas nas churrasqueiras. Esse comportamento se refletiu nos itens mais procurados, com destaque para cortes de preparo relativamente rápido, como entrecot e vazio, e para peças tradicionais do churrasco, como picanha e costela de janela.
Estrutura dentro da feira: duas lojas e um contêiner refrigerado
A Santa Fé monta, há 15 anos, uma operação própria dentro do parque. Nesta edição, são duas lojas com foco em experiência completa de churrasco. Além dos cortes, o visitante encontra carvão, sal, utensílios e demais itens para preparo imediato. O objetivo é simplificar a compra e reduzir as idas e vindas do público, concentrando em um só ponto tudo o que é necessário para colocar a grelha em funcionamento.
Nos fundos de uma das unidades, um contêiner refrigerado com câmaras frias abastece os pontos de venda e dá suporte a restaurantes. Segundo a empresa, essa retaguarda permite atender, em minutos, pedidos de reposição feitos ao longo do dia. Há oferta de produtos resfriados e congelados, o que amplia o controle de estoque e garante padronização de porcionamento nos horários de maior movimento.
Atendimento a restaurantes: agilidade para suprir até 80% das operações
A empresa relata que a estrutura montada cobre a demanda de grande parte dos restaurantes do parque, com atendimento que costuma ser concluído em poucos minutos após a solicitação. Esse arranjo reduz o risco de ruptura na ponta, especialmente em horários de pico, quando as churrasqueiras operam de forma contínua e a reposição precisa ser precisa, mantendo padrão e temperatura.
A proximidade física do estoque com os pontos de preparo ajuda a evitar desperdícios. O restaurante pede a quantidade exata para o próximo ciclo de grelha e recebe cortes porcionados e padronizados. Assim, a equipe reduz tempo de corte em bancada e libera pessoal para grelhar e atender mesas. Em eventos com milhares de visitantes por dia, essa diferença operacional se traduz em mais pedidos entregues e filas menores.
Logística diária: caminhões saem de Imbé com reabastecimento programado
O coração do abastecimento fica na sede, em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. De lá partem, todos os dias, dois caminhões carregados para repor o que foi vendido e antecipar a demanda do dia seguinte. O planejamento leva em conta histórico da feira, previsão de público por dia e o clima, que influencia o ritmo de consumo em áreas abertas.
A gestão de frio começa antes da carga entrar no caminhão. As câmaras selecionam, por corte, os volumes a expedir nos diferentes estados de conservação. No trajeto até Esteio, a temperatura é monitorada. Ao chegar ao parque, a mercadoria é conferida e direcionada ao contêiner refrigerado de retaguarda e às vitrines das lojas, que operam com reposição fracionada para manter apresentação e giro.
Cortes mais procurados: entrecot puxa fila, seguido de vazio, picanha e costela de janela
O entrecot se firma como o campeão de vendas no início da Expointer. É um corte que combina maciez, marmoreio e preparo rápido, características valorizadas por quem busca resultado previsível na grelha sem esperar muito tempo. Depois dele, aparecem o vazio, a picanha e a costela de janela, corte tradicional nas churrasqueiras do Sul, em porções que variam conforme a preferência do consumidor.
No varejo da feira, o público busca porções familiares e embalagens que facilitem o manuseio. Para restaurantes, a prioridade é padronização: peças com gramagem estável reduzem variação no ponto e no rendimento do prato. Em ambos os casos, a apresentação visual — cor, suculência aparente e acabamento de gordura — pesa na decisão, principalmente quando a compra é por impulso durante a visita.
Meta de 55 toneladas em 2025: o que o resultado inicial indica
Em 2024, a Santa Fé registrou cerca de 45 toneladas vendidas ao longo da Expointer. Para 2025, a expectativa declarada é crescer e alcançar 55 toneladas. Considerando o desempenho de quase 20 toneladas no primeiro fim de semana, a empresa avança uma parte relevante da meta logo na largada, deixando o restante distribuído pelos próximos dias de feira — quando o fluxo tende a oscilar conforme a agenda de atrações e o clima.
Se o ritmo do início se mantiver em patamar próximo, a meta se torna factível. Mesmo com uma natural desaceleração em dias úteis, a combinação de reposições rápidas aos restaurantes e o varejo aquecido nas lojas internas sustenta a projeção. A consolidação do número final depende de fatores como manutenção do público alto nos portões e disponibilidade dos cortes campeões de saída.
Papel do selo de inspeção: mais canais e confiança no ponto de venda
A empresa menciona possuir o selo de inspeção estadual com equivalência ao Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi). Na prática, o reconhecimento sustenta a expansão de canais e reforça a confiança do consumidor ao comprar na feira. O público visitante procura cortes com procedência clara e rotulagem completa; o selo ajuda a comunicar essas garantias no balcão, especialmente para quem leva produtos para consumo em casa após a visita.
Para o atendimento a restaurantes, a equivalência de inspeção facilita o fornecimento com documentação adequada e padrões de rastreabilidade. Em operações de alta rotatividade, isso reduz tempo de conferência e acelera a entrada de mercadoria na cozinha, com especificações de lote e validade visíveis e organizadas por tipo de corte.
Quem está por trás do negócio: família com histórico no setor de carnes
Léo Rodinei dos Santos fundou a Santa Fé há 18 anos. Ele vem de uma família ligada há décadas ao segmento, responsável pelo tradicional Frigorífico Boa Esperança, que funcionou em Santo Antônio da Patrulha. A trajetória ajuda a explicar a experiência na montagem de operação para eventos de grande porte e na leitura do que o público busca em diferentes épocas do ano.
A sede em Imbé emprega 58 pessoas. Durante a Expointer, 16 colaboradores se deslocam para atender as duas lojas e a retaguarda de abastecimento, da conferência de cargas ao atendimento direto ao cliente. Filhos e esposa do empreendedor participam da gestão, com papéis que vão do planejamento de produção ao contato diário com os restaurantes parceiros da feira.
Operação na prática: do pedido à grelha em poucos minutos
O fluxo de reposição para restaurantes segue um roteiro enxuto. A equipe de cozinha monitora o nível das cubas e, ao atingir um ponto predefinido, dispara o pedido por canal direto com a Santa Fé. A retaguarda separa o lote, registra saída e entrega em caixas identificadas por corte e peso. No retorno à cozinha, o produto já entra no ciclo de tempero e grelha, sem paradas intermediárias que possam alongar o tempo de espera do cliente.
Para o consumidor final, a experiência é semelhante à de um açougue de bairro, mas com a conveniência de comprar dentro da feira. Os atendentes orientam sobre gramagem por pessoa, ponto de preparo e conservação até o consumo. O público leva a peça ideal para o perfil do seu churrasco, com informações de validade e porção sugerida por número de convidados.
Dicas para o visitante: como comprar na feira e levar para casa com segurança
Quem pretende comprar para consumir depois deve planejar o trajeto de volta. O ideal é adquirir os cortes ao fim da visita, reduzindo o tempo fora de refrigeração. Solicite embalagem com selagem adequada e peça orientação de conservação para o período até a chegada em casa. Em dias quentes, sacolas térmicas ajudam a manter a temperatura por mais tempo até a entrada no refrigerador.
Em casa, a recomendação é armazenar imediatamente. Produtos resfriados devem ir à geladeira; congelados permanecem no freezer. Se optar por porcionar, use embalagens limpas e identifique o corte e a data. Para descongelar, prefira a geladeira, com antecedência, mantendo a peça embalada. Na hora do preparo, retire a carne alguns minutos antes de ir à grelha para atenuar o choque térmico e buscar um ponto mais uniforme.
Guia prático do churrasco: tempo de fogo, sal e ponto da carne
– Entrecot: peça com marmoreio que responde bem a fogo médio-alto. Selagem rápida de cada lado e descanso curto ajudam a preservar suculência. O sal pode entrar próximo da grelha para evitar perda de líquidos. Fatias de dois a três centímetros facilitam o controle do ponto.
– Vazio: corte fino, pede fogo forte e tempo curto. Tempere com sal grosso e vire uma única vez para manter os sucos. Fatie contra as fibras na hora de servir para realçar maciez.
Picanha e costela de janela
– Picanha: respeite a camada de gordura, que protege a carne. Comece com a gordura para baixo para derreter parte e, depois, finalize no ponto desejado. Cortes em medalhão funcionam bem para porções individuais. O descanso final, coberto levemente, distribui os sucos.
– Costela de janela: preparo mais longo e fogo constante. O objetivo é amaciar as fibras sem secar. Uma técnica comum é selar no início, reduzir a intensidade do fogo e manter distância da brasa, com viradas espaçadas. Quando o osso começa a se soltar, é sinal de que está no caminho certo.
Sinal de mercado: por que a feira acelera o consumo de cortes bovinos
Eventos como a Expointer concentram público com forte ligação com o churrasco. A presença de leilões, demonstrações e atrações ao ar livre cria o contexto ideal para consumo imediato e compra por impulso. A soma de visitação intensa com oferta ampla em um ambiente de celebração puxa a demanda por cortes com preparo rápido e apresentação chamativa na vitrine.
Para o expositor, a feira tem papel estratégico. Além das vendas diretas, funciona como vitrine para novos clientes, inclusive restaurantes de outras cidades que testam o fornecimento durante o evento e mantêm contato no pós-feira. A cada edição, o histórico ajuda a calibrar níveis de estoque e variedade de cortes de saída rápida e de peças para defumação e longas assadeiras.
Análise de desempenho: o que pesa a favor e o que pode frear as vendas
Pesa a favor da meta a boa largada, o público elevado e a estrutura de retaguarda com câmaras frias junto às lojas. Também conta a favor a diversidade de cortes, que permite reagir a preferências do dia, e a logística diária de reabastecimento partindo de Imbé, com dois caminhões ajustando o volume conforme a demanda real de cada período.
Entre os fatores que podem frear o ritmo, estão mudanças bruscas de clima, que alteram a permanência do público nas áreas abertas, e eventual falta pontual de cortes de maior saída, caso a procura supere a previsão inicial. A estratégia de porcionamento e a proximidade do estoque no contêiner são, justamente, respostas para minimizar esses riscos.
Tamanho da equipe e rotinas na feira: 16 profissionais na linha de frente
Durante a feira, 16 colaboradores da Santa Fé atuam diretamente nas operações internas do parque. Eles se dividem em atendimento ao público, reposição de vitrines, gestão de câmara fria, separação de pedidos para restaurantes e controle documental. É uma rotina que começa antes da abertura dos portões, com checagem de temperatura dos equipamentos e organização dos cortes por ordem de saída esperada.
Ao longo do dia, o time trabalha com checklists simples para garantir padronização: limpeza de facas e tábuas, conferência de rótulos, aferição de termômetros e verificação de validade na ponta da exposição. No fim do expediente, há inventário rápido para fechar o dia e alimentar o planejamento da carga que sai de Imbé na madrugada seguinte.
Linha do tempo: 18 anos de empresa e 15 participações com estrutura própria
– Fundação: a Santa Fé nasceu há 18 anos, como continuidade de uma trajetória familiar ligada ao processamento e comercialização de carnes em Santo Antônio da Patrulha e região. A experiência acumulada em cortes, porcionamento e atendimento formou a base da operação atual.
– Feira: há 15 edições, a empresa monta uma estrutura completa dentro da Expointer. O avanço foi gradual: começou atendendo um único restaurante e, na edição seguinte, já fornecia para metade das operações do parque. Desde então, a retaguarda evoluiu para um contêiner refrigerado com câmaras frias e lojas com mix mais amplo ao consumidor final.
Como escolher o corte certo para cada ocasião na feira ou em casa
Para grelhas rápidas, peças como entrecot e picanha em medalhões oferecem resposta imediata ao calor e permitem servir porções em sequência. Para almoços longos, a costela de janela entra como protagonista, com preparo estendido e textura que agrada grupos maiores. O vazio funciona como curinga, equilibrando tempo de preparo e rendimento, ideal para alternar com linguiças e acompanhamentos na grelha.
No planejamento de compra, estime de 300 g a 500 g por adulto, variando conforme o cardápio e os acompanhamentos. Em eventos ao ar livre, onde as pessoas passam mais tempo de pé e em circulação, a tendência é consumir porções menores por vez, mas em mais rodadas, o que pede constância de reposição de cortes finos.
Técnicas de conservação: resfriado ou congelado, quando optar por cada um
O resfriado privilegia textura e tempo de preparo mais curto, ideal para consumo ainda durante a feira ou no dia seguinte. O congelado oferece prazo maior e comodidade para quem vai abastecer o freezer. Na prática, o expositor combina os dois formatos para equilibrar giro de vitrine e segurança de estoque ao longo dos dias de evento.
Ao descongelar, programe-se com antecedência. Mantenha a peça na geladeira, dentro da embalagem, até atingir temperatura interna adequada ao preparo. Evite alternância de frio e temperatura ambiente repetidas. Uma vez descongelado, não recongele. Essas medidas ajudam a preservar suculência, cor e rendimento do corte na grelha.
No balcão: o que observar na hora de comprar o seu corte preferido
Observe a coloração da carne, o brilho natural e o acabamento da gordura. Peças com marmoreio visível tendem a entregar mais suculência no preparo direto na grelha. Verifique rótulos e validade. Em feiras, o giro alto costuma garantir frescor, mas é importante conferir a conservação na vitrine refrigerada e a integridade da embalagem no momento da compra.
Se tiver dúvida sobre gramagem ideal, peça orientação. Para grupos grandes, porções equivalentes e cortes padronizados facilitam o controle do ponto e evitam sobras. Para famílias pequenas, porções menores e cortes fatiados em espessuras regulares ajudam a manter o resultado uniforme ao longo de várias rodadas de grelha.
Por dentro da retaguarda: organização do contêiner refrigerado na feira
A retaguarda funciona como uma pequena central de distribuição. As câmaras são organizadas por categorias de corte e por estado de conservação. A equipe registra entradas e saídas, separa pedidos por destino e mantém lotes reservas para horários de pico. O objetivo é reduzir o tempo entre o pedido e a entrega sem comprometer a temperatura-alvo de cada categoria.
A proximidade física do contêiner com as lojas encurta deslocamentos. Caixas térmicas de apoio agilizam as viagens até os balcões e as cozinhas dos restaurantes parceiros. Com esse arranjo, a operação consegue atender a pedidos emergenciais no meio do serviço, quando a demanda supera a previsão do turno.
Do campo ao prato na feira: padrões de corte e porcionamento na Santa Fé
O porcionamento segue padrões para manter constância de peso por unidade e espessura por fatia. Isso facilita o trabalho de quem grelha e reduz variação de ponto entre peças da mesma remessa. Para o restaurante, significa previsibilidade no tempo de preparo e no rendimento por prato. Para o consumidor final, a experiência de preparo em casa fica mais intuitiva, com menor necessidade de ajustes ao longo da cocção.
A empresa alia cortes de saída rápida, como entrecot e vazio, a peças que exigem preparo prolongado, como a costela de janela. Essa composição permite atender diferentes perfis de público ao longo do dia e evita que a vitrine fique concentrada em um único tipo de consumo, o que poderia limitar o ticket médio.
Efeito feira no pós-evento: relacionamento com novos clientes e restaurantes
Além das vendas no parque, a presença na Expointer se transforma em agenda de contatos para o restante do ano. Restaurantes de fora de Esteio testam o fornecimento durante a feira e, satisfeitos com padrão e agilidade, seguem em contato com a empresa para negociar entregas regulares. Para o varejo, a lembrança da marca impulsiona a procura em lojas parceiras e na própria sede em Imbé.
A equipe aproveita os dias de maior movimento para apresentar cortes menos conhecidos a consumidores frequentes de picanha e entrecot. Demonstrações de preparo e explicações sobre ponto e rendimento ajudam a ampliar o repertório do público. Assim, a carteira de clientes se diversifica, reduzindo dependência de um único campeão de vendas.
Perguntas que chegam ao balcão: respostas rápidas para dúvidas comuns
Uma dúvida recorrente é sobre a quantidade de sal. A orientação mais prática é temperar com sal grosso pouco antes de ir à grelha, ajustando a mão conforme a espessura da peça. Para cortes com mais gordura aparente, é possível salgar um pouco antes para ajudar na formação de crosta, sem exageros para não desidratar a superfície.
Outra questão frequente é o ponto ideal. O público que prefere suculência opta por malpassado ao ponto. Em eventos longos, porcionar a peça em cortes individuais ajuda a servir diferentes pontos ao mesmo tempo, acomodando preferências do grupo sem alongar a fila de espera.
- Como calcular a compra? Estime 300 g a 500 g por adulto, ajustando conforme acompanhamentos e duração do encontro.
- Posso marinar? Sim, mas para cortes macios, marinadas curtas preservam textura; use ervas, pimenta e um toque de acidez, sem exagerar.
- Descanso da carne é necessário? Sim. Alguns minutos após a grelha redistribuem os sucos e melhoram a experiência ao corte.
Cálculo de necessidade: como a empresa projeta estoque para cada dia de feira
O planejamento considera histórico por dia de semana, previsão de atrações que alavancam visitação e clima. Com base nisso, são definidos pacotes de remessa por corte. A empresa também separa margens de segurança para as vitrines e para o fornecimento aos restaurantes, evitando ruptura nos horários de pico. À noite, um inventário rápido atualiza o plano de carga dos caminhões que saem de Imbé no dia seguinte.
A flexibilidade está no fracionamento. Em vez de expor grandes volumes de uma só vez, a equipe abastece em ciclos curtos, medindo a resposta do público e ajustando a reposição. O contêiner refrigerado facilita essa estratégia ao permitir que a maior parte do estoque permaneça em temperatura adequada até o momento de ir à vitrine ou à cozinha do restaurante.
A experiência do consumidor: vitrine, atendimento e decisão de compra rápida
Em feiras de grande público, a decisão de compra é tomada em segundos. A vitrine precisa comunicar qualidade à primeira vista: cor, acabamento e porcionamento uniforme. O atendimento complementa com informações objetivas — peso por peça, sugestão de preparo e tempo de grelha — para que o consumidor saia com o corte certo sem alongar a fila.
O desenho da loja valoriza o fluxo. Balcões frontais facilitam a visualização e eliminam voltas desnecessárias. Itens de churrasco como sal e carvão ficam posicionados próximos às carnes mais vendidas, reduzindo idas a outros pontos e garantindo a compra completa. Tudo é pensado para transformar a visita rápida em experiência resolutiva.
Santo Antônio da Patrulha e Imbé: a base do negócio e sua rede de trabalho
A história da família ligada ao Frigorífico Boa Esperança, em Santo Antônio da Patrulha, conecta tradição e conhecimento do consumidor local. Em Imbé, a sede atual concentra produção, porcionamento e expedição. Entre essas duas referências, a Santa Fé organiza sua rede de abastecimento e constrói relações de longo prazo com fornecedores e clientes do Litoral Norte e da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Durante a Expointer, esse arranjo geográfico se mostra funcional. A proximidade com Esteio viabiliza as duas saídas diárias de caminhões para a feira, com tempo de resposta competitivo. No pós-evento, os contatos estabelecidos reforçam a agenda de entregas e ampliam o alcance da marca em diferentes municípios.
Por que alguns cortes ganham terreno em grandes eventos e outros ficam em segundo plano
Em ambientes de alta rotação, cortes que equilibram rapidez de preparo, apresentação e sabor tendem a liderar. Entrecot e vazio atendem bem a esse trio. Já peças que pedem cocção longa ficam dependentes de planejamento, espaço e fogo constante, o que limita a oferta em barracas com estrutura compacta. Ainda assim, a costela de janela mantém seu espaço pelo apelo tradicional e pelo resultado final quando há tempo para preparar.
A precificação também pesa, mas, em feiras, a decisão costuma ser mais emocional e ancorada na experiência do momento. Por isso, vitrine e atendimento são determinantes. Quando o consumidor enxerga padrão de corte e recebe orientação objetiva, a propensão à compra aumenta, mesmo com opções concorrentes a poucos metros.
Boas práticas para levar carne na bagagem da feira até o churrasco em casa
– Programe a compra para o fim da visita e minimize o tempo fora de refrigeração. Se possível, leve bolsa térmica. Em trajetos longos, inclua gelo reciclável para manter a temperatura até a geladeira.
– Ao chegar, armazene imediatamente. Se for dividir em porções, mantenha a bancada limpa e utensílios higienizados. Identifique cada embalagem com corte e data para organizar o consumo nos próximos dias.
Planejamento do preparo
– Descongele na geladeira. Para peças médias, considere a véspera. Retire da geladeira alguns minutos antes de ir à grelha. Evite banhos de água, que podem alterar textura de superfície e temperatura do núcleo de forma desigual.
– Separe utensílios para cru e para pronto. Grelhas limpas e bem aquecidas ajudam a selar rapidamente e formam crosta que preserva sucos. Na hora de servir, fatie contra as fibras para maximizar maciez, sobretudo no vazio.
Números em perspectiva: do primeiro fim de semana ao fechamento da feira
Com quase 20 toneladas vendidas logo na estreia, a Santa Fé se aproxima de um terço da meta proposta para a edição. O resultado reforça a importância dos dias de maior visitação. Em feiras desse porte, o que acontece na largada costuma ditar o ritmo do restante do evento, influenciando reposições e a própria composição do mix exposto ao público.
A leitura diária dos dados — cortes que esgotam primeiro, horários de pico e ticket médio estimado — ajuda a realocar estoque e ajustar a oferta. Quando o entrecot dispara, por exemplo, a equipe antecipa o porcionamento desse corte para o dia seguinte, mantendo a vitrine sempre completa e evitando que o consumidor migre para outra barraca por falta do item preferido.
O apelo do churrasco gaúcho na Expointer e as escolhas do público
A tradição do churrasco está presente em toda a programação gastronômica do parque. O visitante encontra do espeto corrido às porções individuais feitas a cada leva de grelha. Nessa dinâmica, cortes que reagem bem a fogo forte e entregam resultado consistente se destacam. A costela de janela segue como símbolo, enquanto picanha e entrecot atendem quem busca preparo mais ágil.
No varejo das lojas, a decisão de levar para casa acompanha tendências do balcão: quem prova um corte na praça de alimentação tende a buscá-lo na vitrine. A operação integrada — provar, gostar e comprar — favorece o crescimento do volume total e consolida preferências ao longo da feira.
Por trás do balcão: treinamento e comunicação com o cliente final
A equipe que atende o público final recebe treinamento para responder às dúvidas mais comuns em linguagem direta. O foco é orientar sem prolongar o atendimento: peso recomendado por pessoa, ponto ideal para cada corte e dicas de preparo em casa. Essa comunicação objetiva reduz filas e melhora a experiência do visitante, que sai com a compra pronta para o churrasco.
No dia a dia, os atendentes também alimentam o planejamento com impressões do balcão. Eles sinalizam quais cortes chamaram mais atenção, que dúvidas surgiram e em que horários o fluxo apertou. Essas informações retornam para quem organiza a vitrine e para a logística, fechando o ciclo de melhoria contínua durante os dias de evento.
Cenários de demanda: como reagir a mudanças de clima e picos inesperados
Mudanças de clima afetam o tempo de permanência do público nas áreas externas e, por consequência, o consumo de carnes na grelha. Para contornar oscilações, a operação mantém flexibilidade de mix, alternando exposição com mais cortes rápidos em dias de movimento intenso e resguardando preparos longos para períodos com permanência mais confortável no parque.
Em picos inesperados, o contêiner refrigerado e a logística de curtas distâncias dentro do parque permitem respostas em minutos. Reforços de equipe podem ser acionados nos horários críticos, e o porcionamento prévio de campeões de venda acelera a reposição, reduzindo gargalos no balcão e nas cozinhas parceiras.
O que muda do sábado para o domingo na dinâmica de vendas da feira
No sábado, o público tende a chegar cedo e permanecer por mais tempo. A procura se dilui ao longo do dia, com picos após as atrações centrais. No domingo, o movimento concentra no fim da manhã e início da tarde, pressionando a reposição em janelas menores. A operação ajusta escala de equipe e volumes por hora para acomodar essas diferenças de comportamento.
O aprendizado de uma edição para outra refina essas decisões. Com 15 participações montando estrutura própria, a empresa acumula referências de fluxo, preferência de cortes e sensibilidade a clima, dados que sustentam o planejamento de estoque e a montagem da vitrine.
No prato e no bolso: como o mix de cortes impacta o ticket final do consumidor
Um mix equilibrado entre cortes de cocção rápida e peças de longa grelha ajuda a atender diferentes orçamentos. O consumidor pode combinar porções individuais de entrecot ou picanha com cortes de maior rendimento, como a costela de janela. Essa composição permite variar texturas e pontos sem elevar o gasto por pessoa, algo importante em dias de visita em família ou com amigos.
Para restaurantes, a padronização de peso e espessura impacta o custo e a satisfação do cliente. Ao garantir gramagem estável, o estabelecimento controla melhor o preço por porção, evita desperdícios e mantém o padrão do prato mesmo em picos de atendimento.
Serviço ao leitor: quando e como encontrar as lojas durante a visita
As duas lojas da Santa Fé ficam dentro do Parque de Exposições Assis Brasil e operam ao longo do dia, alinhadas ao horário da feira. Uma das unidades concentra a retaguarda com contêiner refrigerado, de onde parte a reposição para os balcões e para os restaurantes parceiros. O visitante encontra cortes frescos e itens básicos para preparar o churrasco ainda durante a visita.
Para agilizar sua compra, defina previamente a quantidade por pessoa e o tipo de corte desejado. Chegando ao balcão, informe a porção e pergunte sobre espessura ideal conforme seu equipamento de preparo. Em seguida, complemente com sal e carvão e planeje o transporte até a saída, reduzindo o tempo fora de refrigeração.
O que esperar dos próximos dias de feira: manutenção de ritmo e atenção ao estoque
Após o resultado do primeiro fim de semana, a atenção se volta para manter a vitrine completa nos dias úteis e preparar novo pico no fim de semana seguinte. A demanda tende a variar conforme atrações e clima, mas a combinação de lojas internas com retaguarda refrigerada fornece margem de manobra para ajustar rapidamente o mix exposto.
A meta de 55 toneladas depende de transformar o bom início em constância. Se as reposições diárias se mantiverem no ritmo previsto e os cortes de maior saída seguirem disponíveis, a projeção da empresa se sustenta. O consumidor, por sua vez, encontra oferta ampla e orientação direta para escolher o corte ideal.