A Iniciativa de ‘Live-in-Mode’ da Braskem: Um Compromisso com a Produção de PP em Tempos de Crise
O mundo industrial enfrentou um desafio sem precedentes devido à pandemia de coronavírus (COVID-19), obrigando muitos setores a reestruturações rápidas. Um dos segmentos mais impactados foi o da fabricação de plásticos, especialmente nas plantas que foram categorizadas como ‘não essenciais’. Companhias de todo o setor têm explorado formas de se adaptar a essa nova realidade, muitas vezes reorientando suas operações para atender demandas críticas, como a produção de equipamentos de proteção individual (EPIs). Um exemplo notável é o da Braskem América, que decidiu implementar o modelo de ‘live-in’ em sua fábrica em Marcus Hook, Pensilvânia.
Desdobramentos da Iniciativa de Live-in em Marcus Hook
No dia 8 de abril, se tornou público que 46 colaboradores da Braskem se voluntariaram para viver na fábrica de Marcus Hook por 28 dias. O intuito dessa decisão foi garantir a continuidade da produção de polipropileno (PP), um material crucial na confecção de tecidos não tecidos para a fabricação de N95, aventais hospitalares e outros itens essenciais. O destaque para essa atividade não se deu apenas pela necessidade de manter a produção neste período crítico, mas também pela demonstração de compromisso e sacrifício por parte dos colaboradores.
A ideia do ‘live-in mode’ surgiu em um contexto onde o governador da Pensilvânia, Tom Wolf, começava a implementar medidas rigorosas de isolamento. Segundo Mark Nikolich, CEO da Braskem EUA, tais ações eram necessárias para assegurar que a fábrica poderia continuar operando, mantendo assim a cadeia de fornecimento de produtos essenciais a serviços de saúde. “A situação de fornecimento da Marcus Hook é crítica para a indústria de higiene e médica”, afirmou Nikolich, ressaltando a importância de focar na segurança dos trabalhadores e na proteção da saúde pública.
Condições de Trabalho e Suporte aos Colaboradores
Como parte da implementação do modelo de ‘live-in’, a Braskem não apenas aumentou os salários dos voluntários, mas também proporcionou uma gama de comodidades essenciais. Os colaboradores têm acesso a camas, cozinhas, alimentos, internet e até iPads para as longas jornadas de trabalho de 12 horas. Essa abordagem não só garante a produção necessária, mas também se mostra uma solução prática para minimizar o risco de contágio entre os funcionários e suas famílias.
Recentemente, celebre-se um marco significativo: a superação dos 14 dias de vida dentro da fábrica. Para mostrar apoio a esses colaboradores, foi organizada uma caravana de amigos e familiares; um gesto simbólico que reforçou a união da equipe e a importância do trabalho que estão realizando em prol da sociedade.
Reconhecimento e Orgulho da Liderança
Mark Nikolich expressou seu orgulho em relação ao compromisso dos colaboradores, afirmando: “Não posso estar mais orgulhoso de nossa equipe e seu comprometimento com a saúde e segurança. É um testamento da natureza resiliente de nossos funcionários e da força da Braskem como um todo.” Essa declaração não só destaca a identidade da empresa, mas também reflete a cultura organizacional que prioriza a segurança e o bem-estar dos colaboradores, mesmo em tempos de crise.
A dinâmica do trabalho em condições adversas pode ser um desafio intenso, mas para os colaboradores da Braskem, se tornou uma oportunidade de se destacarem e contribuírem para a luta contra a pandemia. Essas histórias de coragem e determinação ressoam em todo o setor, inspirando outras empresas a adotar iniciativas semelhantes.
A Importância da Produção de PP no Combate ao COVID-19
A demanda por polipropileno cresceu exponencialmente devido ao uso necessário em produtos de proteção. As máscaras N95, por exemplo, passaram a ser itens essenciais em todos os níveis de resposta à pandemia. Além disso, a Braskem, assim como outras indústrias, recebeu reconhecimento do Departamento de Segurança Interna dos EUA, sendo classificados como fabricantes essenciais em diversos estados, incluindo Pensilvânia, Virgínia Ocidental e Texas.
A continuidade da produção de PP nesta fase crítica não é apenas uma questão de negócio, mas uma questão de saúde pública. As ações da Braskem mostram como a iniciativa privada pode desempenhar um papel fundamental em tempos de crise, contribuindo para o bem-estar coletivo e a segurança da população.
O Futuro do Modelo de Live-in e Suas Implicações
A implementação do modelo de ‘live-in’ foi uma resposta direta às necessidades de produção durante a pandemia, mas também levanta questões sobre a viabilidade a longo prazo dessa abordagem. Os líderes da Braskem discutem como poderão aplicar as lições aprendidas neste período a situações futuras, ou mesmo para otimizar a produção em circunstâncias normais. “Estamos planejando para o pior, mas esperando um resultado melhor,” disse Nikolich, referindo-se à adaptabilidade e à resiliência que a Braskem deverá manter mesmo após a superação da pandemia.
A experiência em Marcus Hook poderá inspirar outras linhas de produção a reavaliarem suas estratégias de operação, considerando não apenas a eficiência econômica, mas também a segurança e o bem-estar de seus colaboradores. As inovações que surgem em tempos de crise muitas vezes se revelam valiosas para o desenvolvimento de novas práticas empresariais.
Conclusão: Uma Chamada à Ação para a Indústria
A resposta da Braskem América à pandemia de COVID-19 através do modelo de ‘live-in’ exemplifica o compromisso do setor industrial em atender demandas críticas em tempos difíceis. As ações da empresa em Marcus Hook mostram que com determinação, inovação e cuidado com os colaboradores, é possível enfrentar crises com resiliência e eficácia.
Essa situação deveria servir como um chamado para que outras empresas, independentemente do setor, considerem suas responsabilidades sociais e a importância de serem parte ativa na solução de problemas que afetam a sociedade. O futuro pertence àquelas que não só produzem, mas que produzem com propósito, alinhando lucro e responsabilidade social para um mundo melhor após a pandemia.
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