RETORNA: quão reciclável é sua embalagem plástica? A plataforma que converte análise em ação ESG

RETORNA: quão reciclável é sua embalagem plástica? A plataforma que converte análise em ação ESG

A Rede pela Circularidade do Plástico apresentou a RETORNA, uma plataforma gratuita e online criada para calcular o Índice de Reciclabilidade de Embalagens Plásticas no Brasil. A ferramenta permite que empresas, designers e equipes técnicas avaliem, de forma padronizada, como características de projeto, materiais e componentes de uma embalagem influenciam seu encaminhamento para coleta, triagem e reprocessamento.

O sistema combina análise técnica e leitura de mercado. De um lado, verifica se a embalagem foi desenhada para facilitar processos usuais de separação e revalorização. De outro, considera a infraestrutura existente nas regiões brasileiras, como presença de coleta seletiva, centrais de triagem, compradores e reprocessadores. O resultado é uma nota que vai de A a E, acompanhada de justificativas e recomendações aplicáveis ao produto avaliado.

Desde o lançamento, a plataforma vem sendo usada por profissionais de diferentes áreas. Segundo a Rede pela Circularidade do Plástico, já foram concluídas mais de 1.200 análises e há um cadastro superior a 300 usuários, entre empresas, designers, engenheiros, técnicos e especialistas do setor. O volume mostra interesse do mercado por parâmetros claros, capazes de orientar ajustes no desenho de embalagens e na organização de processos internos.

O que é a RETORNA e como funciona

A RETORNA é uma base de avaliação que une critérios técnicos e realidade de mercado para formar um Índice de Reciclabilidade de Embalagens Plásticas. O usuário preenche um formulário com informações detalhadas sobre o produto: polímeros presentes, formato, peso, aditivos, pigmentação, rótulos, adesivos, tampas, bicos, filmes, tintas e eventuais camadas de barreira. Com esses dados, a plataforma calcula notas e aponta eventuais entraves.

O cálculo não se limita ao projeto “no papel”. A ferramenta considera a viabilidade ao longo da cadeia, do descarte à transformação. Por isso, além da verificação técnica, a RETORNA consulta informações regionais que afetam coleta, triagem e comercialização, oferecendo um retrato mais fiel ao que acontece no dia a dia. Empresas obtêm, assim, um diagnóstico acionável para priorizar mudanças que elevem o índice da embalagem.

Notas e faixas de classificação

O resultado é apresentado em uma nota de A a E. A letra A indica maior compatibilidade com processos de coleta, identificação, separação e reprocessamento, enquanto a letra E aponta que a embalagem encontra limites importantes em uma ou mais etapas. Entre esses extremos, a plataforma trabalha com 11 níveis intermediários, que ajudam a apontar exatamente onde estão os gargalos e quais ajustes tendem a fazer diferença no curto e no médio prazo.

A pontuação é composta por duas leituras. A Nota Técnica verifica se materiais, cores, rótulos e acessórios estão alinhados a diretrizes de projeto para reciclagem de embalagens rígidas e flexíveis. Já a Nota de Mercado observa se, na região selecionada, existe infraestrutura adequada para que a embalagem percorra o caminho completo de retorno, do ponto de coleta à venda do material reprocessado. A combinação indica o potencial do item e o que precisa ser enfrentado para subir de faixa.

  • Notas A e B: embalagem desenhada de forma compatível com processos correntes, com boa probabilidade de triagem e valorização em diferentes contextos regionais.
  • Notas C e D: exigem ajustes de projeto ou dependem de condições locais mais específicas; costumam ter pontos de atenção em rótulos, cores, camadas de barreira, adesivos ou acessórios.
  • Nota E: reúne casos em que a estrutura técnica ou comercial ainda não suporta o encaminhamento consistente do item; a recomendação é redesenho e avaliação de rotas alternativas.

Passo a passo para avaliar uma embalagem

Antes de iniciar, levante as características do produto. É importante ter a especificação do polímero principal, a porcentagem de cada componente, a descrição dos elementos de fechamento, o tipo de rótulo, a cola usada, as tintas, os aditivos e eventuais camadas de barreira. Quanto mais completo o formulário, mais precisa é a leitura do sistema e mais úteis são as sugestões do relatório final.

Com as informações em mãos, o usuário acessa a RETORNA, seleciona o tipo de embalagem (rígida, flexível ou semirrígida) e escolhe a região que deseja avaliar. Em seguida, preenche os campos sobre materiais e design, envia o formulário e recebe a pontuação acompanhada de justificativas. O relatório também destaca medidas de melhoria, priorizando soluções viáveis do ponto de vista técnico e regional.

  1. Reunir dados de especificação: polímero principal, componentes, pigmentação, rótulo, adesivo e acessórios.
  2. Selecionar a categoria e a região para a análise.
  3. Preencher o formulário detalhado e enviar.
  4. Receber a nota técnica e a nota de mercado, com justificativas.
  5. Ler as recomendações e testar cenários de melhoria, ajustando materiais e elementos de projeto.

Critérios técnicos: o que influencia a nota

A Nota Técnica observa a compatibilidade da embalagem com etapas usuais de reciclagem mecânica. Entre os critérios estão a monomaterialidade, a presença de pigmentos escuros, o tipo de rótulo e o comportamento do conjunto na lavagem. Itens monomateriais tendem a facilitar identificação óptica e separação. Quando há multicamadas, o sistema avalia se a combinação é reconhecível e se o mix interfere na qualidade do material resultante.

Outro ponto é a removibilidade de rótulos e adesivos. Rótulos que se soltam na lavagem, com adesivos adequados, costumam favorecer a limpeza do material principal. Já películas que se mantêm aderidas exigem atenção, pois podem contaminar o fluxo ou dificultar a leitura em equipamentos de triagem. Elementos metálicos, tintas de cobertura total e componentes com baixa resistência à água também entram na análise.

  • Cores e pigmentos: tonalidades claras e neutras tendem a ampliar a aceitação em diferentes fluxos de triagem.
  • Rótulos e sleeves: materiais perfurados, com corte para desprender e indicados para lavagem, apresentam melhor comportamento.
  • Adesivos: formulações removíveis em meio aquoso ajudam a preservar o polímero principal.
  • Camadas de barreira: devem ser dimensionadas para não comprometer a revalorização do conjunto.

Leitura regional e Nota de Mercado

A Nota de Mercado traduz as condições reais de coleta e transformação disponíveis em cada local. O sistema considera a presença de rotas de coleta, a capilaridade de centrais de triagem e a demanda por cada tipo de material. Essa leitura explica por que uma mesma embalagem pode alcançar notas diferentes em estados distintos, mesmo mantendo o mesmo projeto e a mesma massa de material.

Para gestores, a leitura regional ajuda a planejar logística e parcerias. Quando há distância entre o desenho ideal e o cenário local, a empresa pode priorizar mudanças de embalagem que reduzam entraves, ajustar rotas de distribuição, apoiar arranjos de triagem ou desenvolver compradores para determinados formatos. O relatório da RETORNA aponta essas variações e sugere caminhos práticos para elevar a nota em cada praça.

Exemplos práticos: como o desenho altera a classificação

Garrafas de PET com rótulo envolvente ilustram bem o efeito do projeto na nota. Quando o sleeve cobre 100% do corpo e não tem janela ou perfuração, a leitura óptica pode falhar. Ao adotar um sleeve com corte destacável e janela para leitura, a identificação melhora, e a Nota Técnica tende a subir. Se o rótulo também usa material compatível com a lavagem e adesivo removível, o resultado costuma avançar mais um nível.

Em frascos de PEAD destinados a itens de limpeza, a cor faz diferença. Versões em tonalidades claras, sem pigmento escurecido, são mais reconhecidas em sistemas de triagem por infravermelho próximo. Quando o rótulo é aderido com cola removível e a tampa é do mesmo polímero do corpo, a peça tende a seguir em fluxo preferencial, elevando a avaliação técnica e, em algumas regiões, também a nota de mercado.

Entre os flexíveis, estruturas monomateriais de polietileno frequentemente apresentam melhor compatibilidade com processos de reprocessamento do que combinações complexas com barreiras rígidas. Ajustes como reduzir camadas, evitar metalizações extensas e padronizar famílias de polímeros costumam refletir em aumento de nota. Quando a aplicação exige barreira, vale simular cenários que equilibrem desempenho e retorno do material.

Potes de polipropileno usados em alimentos também se beneficiam de mudanças simples. Tampas e rótulos do mesmo polímero do corpo, tintas com menor cobertura e informações de descarte visíveis contribuem para a triagem correta. Se houver adição de pigmentos, priorizar cores que não impeçam a leitura dos sensores auxilia no reconhecimento do material nas esteiras.

Como interpretar o relatório e priorizar ações

O relatório da RETORNA detalha as respostas fornecidas, aponta justificativas e apresenta a nota final. A leitura deve começar pelos “pontos de atenção”, que consolidam os itens com maior impacto na classificação. Em seguida, é útil mapear quais recomendações têm baixa complexidade de implementação, como troca de adesivo, ajustes no rótulo ou revisão da cor. Essas mudanças costumam ter bom custo-benefício e permitem ganhos rápidos.

Depois, a empresa pode partir para mudanças estruturais, como a revisão de camadas de barreira, a padronização de polímeros em uma linha de produtos ou a substituição de componentes difíceis de remover na lavagem. Em portfólios amplos, é estratégico priorizar volumes que concentram vendas, pois pequenas melhorias em grande escala geram efeito relevante na nota média e na atratividade do material no mercado secundário.

Outra prática é simular cenários na própria ferramenta. Ao variar rótulo, pigmento, tampa ou adesivo, é possível visualizar como cada decisão altera a pontuação e a justificativa. Essa simulação ajuda a direcionar testes industriais e cotações com fornecedores, evitando trocas que pouco impactam no índice e concentrando recursos nos pontos que de fato mudam a rota do material.

Boas práticas de design para facilitar triagem e reprocessamento

Alguns princípios de projeto aparecem com frequência entre as recomendações da RETORNA. O primeiro é manter a embalagem o mais próximo possível de um único polímero, sobretudo quando se trata de itens rígidos. O segundo é prever a remoção de rótulos e adesivos em condições usuais de lavagem, sem exigir etapas adicionais complexas. O terceiro é considerar a leitura por sensores ao definir cores, cobertura de tintas e extensão de rótulos.

Outro conjunto de diretrizes diz respeito a acessórios. Tampas do mesmo material do corpo simplificam a revalorização. Elementos metálicos ou camadas opacas muito extensas requerem avaliação cuidadosa, pois podem alterar a densidade do conjunto ou a eficiência de separação. A indicação, nesses casos, é estudar versões com efeito estético semelhante, mas com desempenho compatível aos processos de triagem e moagem.

  • Priorizar monomaterialidade quando possível, especialmente em garrafas e potes.
  • Escolher rótulos com recurso de fácil remoção e adesivos adequados à lavagem.
  • Evitar coberturas integrais que impeçam a leitura óptica; prever janelas ou perfurações.
  • Alinhar cores a faixas com maior reconhecimento por sensores de triagem.
  • Padronizar polímeros entre corpo, tampa e peças internas, quando viável.

Relação com normas e instrumentos de gestão no país

A RETORNA dialoga com diretrizes e instrumentos de gestão de resíduos no Brasil, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos e os acordos de logística reversa. Ao oferecer critérios objetivos e comparáveis, a plataforma apoia o cumprimento de metas, melhora a transparência e estrutura indicadores internos para relatórios corporativos. A leitura regional também aproxima o desenho de produto das condições factuais de cada localidade.

Para o poder público, relatórios consolidados por tipologia de embalagem ajudam a identificar lacunas de infraestrutura e oportunidades de rota. Para a indústria, o índice permite priorizar investimentos em linhas de produção, moldes e insumos. Já para fornecedores de materiais, a ferramenta evidencia características valorizadas pelo mercado secundário, orientando o desenvolvimento de resinas, aditivos e soluções de impressão mais alinhadas às necessidades de triagem e reprocessamento.

Perguntas frequentes sobre o uso da plataforma

Quem pode usar? Empresas de bens de consumo, convertedoras, gráficas, fabricantes de rótulos e tampas, além de designers, engenheiros de embalagem e áreas de qualidade. Como o acesso é gratuito, a ferramenta também atende times de compras e P&D que desejam comparar alternativas antes de lançar um produto.

Quais informações são obrigatórias? O formulário pede dados do material principal, dos componentes e do desenho. Quanto mais detalhado, melhor. Em geral, a especificação do polímero, a presença de camadas, o tipo de rótulo e a cola determinam grande parte da nota. Já peso, formato e cor complementam a análise, influenciando a identificação e a classificação do item nas esteiras.

Posso simular mudanças? Sim. É possível ajustar campos como material do rótulo, adesivo, cor e componentes para conferir como a pontuação reage. A simulação apoia o desenho de cenários de melhoria sem exigir testes físicos imediatos. Depois, as alternativas mais promissoras podem ir para pilotos de fábrica ou lotes de validação.

A nota vale para todo o Brasil? A Nota Técnica é única para a configuração de projeto informada, mas a Nota de Mercado varia conforme a região. Por isso, é recomendável avaliar as principais praças onde o produto circula e, se necessário, criar um plano de ação por estado ou município.

Erros comuns e como evitar

Um equívoco recorrente é supor que a nota depende apenas do polímero principal. Na prática, rótulo, cola, tinta e acessórios influenciam fortemente a classificação. Ignorar esses itens tende a manter a embalagem em faixas intermediárias, mesmo quando o corpo é compatível com os processos. O caminho é tratar cada componente como parte da solução, validando sua função técnica e sua integração na reciclagem mecânica.

Outro erro é subestimar a leitura regional. Projetos que têm bom desempenho técnico podem enfrentar barreiras locais por falta de rota comercial ou de triagem. A recomendação é checar a Nota de Mercado nos locais relevantes para a marca e, se preciso, ajustar volumes, prazos de rollout e parcerias para viabilizar o retorno. Por fim, mudanças apenas estéticas, que não melhoram a leitura óptica ou a remoção de rótulos, tendem a ter baixo efeito no índice.

  • Mapear componentes “não aparentes”, como primers, vernizes e camadas finas de barreira.
  • Validar desempenho do rótulo na lavagem e no descolamento.
  • Testar pelo menos duas opções de adesivo removível.
  • Evitar mudanças de cor que comprometam a leitura por sensores.
  • Rever acessórios metálicos quando houver alternativa funcional com desempenho semelhante.

Como a RETORNA apoia diferentes perfis profissionais

Para designers, a plataforma serve como guia prático de escolhas de materiais, rótulos e cores. Ao simular alternativas, o profissional identifica onde pequenas mudanças destravam a classificação e criam um padrão aplicável a toda a linha. Para engenheiros de embalagem, o relatório funciona como checklist técnico, ajudando a planejar pilotos e testes de validação com fornecedores e áreas de qualidade.

Compras e suprimentos ganham um critério adicional para negociar com convertedoras e gráficas. Os times podem incluir o Índice de Reciclabilidade nas especificações de compra, solicitar amostras ajustadas e comparar propostas com base em métricas claras. Já as áreas comerciais e de trade marketing utilizam a nota para comunicar avanços internos e organizar o portfólio por faixas, orientando a renovação de embalagens e o planejamento de estoque.

Para startups e pequenos fabricantes, a RETORNA reduz assimetrias de informação. Mesmo com equipe enxuta, é possível entender requisitos técnicos e regionais, direcionando o investimento para os itens que mais influenciam a rota da embalagem. O resultado é um processo de decisão mais objetivo, apoiado por relatórios replicáveis e comparáveis ao longo do tempo.

Medições, dados e integração com rotinas de qualidade

O uso consistente da RETORNA depende de dados confiáveis. Equipes de P&D e qualidade podem criar fichas técnicas padronizadas por SKU, garantindo que informações como composição, espessura, tipo de rótulo e adesivo estejam sempre atualizadas. Com esses dados em mãos, o preenchimento do formulário fica mais rápido e os relatórios passam a alimentar indicadores internos, comparando gerações de produto e documentando a evolução por lote.

Outra prática é associar a nota a eventos do ciclo de vida do produto, como mudanças de fornecedor, atualização de arte, adoção de nova tampa ou revisão de barreira. A cada alteração, a equipe reavalia o SKU e registra o efeito na classificação. Ao final do período, o portfólio revela quais mudanças trouxeram ganhos consistentes e quais geraram melhoria marginal, apoiando o planejamento do ciclo seguinte.

Roteiro de implementação em portfólios amplos

Em empresas com dezenas de SKUs, um bom caminho é iniciar por categorias com alto volume de vendas e grande exposição em varejo. Nesses casos, a elevação de nota em poucos itens gera efeito relevante em massa de material retornável. A partir do aprendizado, a equipe estende o padrão para linhas com menor giro, adaptando recomendações às particularidades de cada família de produtos e de cada praça.

A governança pode incluir um comitê interno com representantes de P&D, compras, marketing e logística. O grupo define metas por faixa de nota, prioriza ações de curto prazo e determina quais mudanças exigem estudo mais profundo. A cada ciclo, a empresa publica internamente os relatórios e registra as lições aprendidas, mantendo o conhecimento acessível a novos projetos e fornecedores.

Dicas avançadas para elevar a nota com ajustes pontuais

Algumas alterações costumam melhorar a leitura óptica sem afetar a identidade visual. Reduzir a cobertura do rótulo, incluir janelas que exponham o polímero base e adotar códigos de barras em áreas visíveis são exemplos. Em tintas, revisar camadas muito densas e optar por pigmentos compatíveis com os processos de separação auxilia o reconhecimento do item, evitando que entre em fluxos menos valorizados.

No campo dos adesivos, testar soluções “wash-off” acelera a limpeza do material. Já em tampas e bicos, a padronização do polímero com o corpo evita mistura que possa reduzir a atratividade do lote reprocessado. Para flexíveis, substituir estruturas difíceis de separar por versões monomateriais, quando tecnicamente viável, tem se mostrado uma alavanca frequente de ganho na Nota Técnica.

  • Abrir janela no sleeve para leitura óptica.
  • Usar adesivo removível em água, validado em linha de lavagem.
  • Aproximar tampa e corpo do mesmo polímero.
  • Padronizar artes para reduzir cobertura total de tinta.
  • Preferir estruturas flexíveis monomateriais quando atenderem ao desempenho requerido.

Planejamento regional: quando a mesma embalagem tem notas distintas

Marcas nacionais lidam com diferenças de infraestrutura ao longo do país. Uma embalagem que recebe boa Nota Técnica pode depender, para alcançar alta Nota de Mercado, de rotas regionais específicas. A RETORNA evidencia essas variações, permitindo que a empresa ajuste planos por estado, organize pilotos logísticos e estruture parcerias para triagem em áreas onde a rota comercial ainda está em formação.

Quando a leitura regional indicar limites, vale testar alternativas de desenho com melhor desempenho na praça onde a marca concentra vendas. Outra saída é escalonar a adoção de componentes, como rótulos com janela, começando por localidades com maior capilaridade de triagem. O objetivo é alinhar projeto, distribuição e condições do entorno, elevando a nota combinada e a previsibilidade de retorno do material.

Métricas, governança e prestação de contas

Acompanhar a evolução do Índice de Reciclabilidade por SKU cria uma base de métricas útil para a gestão. As empresas podem consolidar o percentual do portfólio acima de determinada faixa, registrar ganhos por categoria e publicar internamente indicadores por ciclo de revisão. A transparência acelera decisões e ajuda a envolver fornecedores em metas claras, com critérios bem definidos para avaliação de propostas e contratos.

Relatórios também facilitam auditorias e comunicação com associações setoriais. Ao documentar as escolhas de materiais, testes de validação e resultados na RETORNA, a empresa mostra de forma objetiva como suas embalagens foram desenhadas para facilitar triagem e reprocessamento. Esse registro reduz retrabalho em futuras revisões e consolida um histórico que apoia novos lançamentos.

Próximos passos para empresas e designers

Para começar, selecione os cinco SKUs com maior volume ou visibilidade e realize a avaliação na RETORNA. Em paralelo, reúna fornecedores para discutir ajustes de baixo custo, como troca de adesivo, revisão de rótulo e padronização de cores. Com as primeiras melhorias implementadas, repita a análise, compare notas e documente os resultados. O aprendizado servirá de base para avançar nos itens de maior complexidade.

Na etapa seguinte, amplie o escopo para linhas complementares e avalie o desempenho por região, priorizando praças estratégicas. Estruture um calendário de revisão semestral, mantenha fichas técnicas atualizadas e incorpore o Índice de Reciclabilidade aos critérios de desenvolvimento de produto. Com rotinas bem definidas, a empresa tende a reduzir custos de retrabalho e ganhar previsibilidade na rota de retorno de suas embalagens.

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