Metas de reciclagem para o setor de embalagens: melhorando sustentabilidade e promovendo a conscientização ambiental.


Embalagens Pós-Consumo: Política Nacional de Resíduos Sólidos busca valorização e logística reversa

A importância da logística reversa para a valorização das embalagens pós-consumo

A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu metas progressivas para a valorização das embalagens pós-consumo no Brasil. De acordo com a política, os setores devem comprovar o retorno de uma porcentagem cada vez maior das embalagens ao mercado, por meio do sistema de logística reversa.

Neste ano, a meta é de 22%, mas até 2040 espera-se que 45% das embalagens sejam destinadas à reciclagem. Luciana Pellegrino, diretora executiva da Abre (Associação Brasileira de Embalagem), destaca a importância de avançar na logística reversa para garantir a efetiva recuperação dos materiais.

A Abre lançou o programa Lupinha, que utiliza códigos QR nos rótulos das embalagens para fornecer informações sobre o descarte correto.

O papel do consumidor na logística reversa

A Rede Mundo Verde foi a primeira a aderir ao programa Lupinha, incluindo sete produtos que já estão disponíveis no mercado desde julho. A gerente de projetos da entidade, Isabella Salibe, ressalta que o consumidor é fundamental para impulsionar a logística reversa.

A Central de Custódia da Logística Reversa de Embalagens, instituída em 2021 para validar os Certificados de Crédito de Reciclagem (Recicla+), já aprovou 1,15 milhão de toneladas de embalagens. A organização estima que já alcançou metade da meta para este ano, com cerca de 11% dos resíduos sendo encaminhados para a reciclagem.

O diretor de operações na Central de Custódia, Fernando Bernardes, destaca que ainda são necessários mais avanços, mas ressalta que estão no caminho certo.

Destino dos resíduos recolhidos na logística reversa

Um exemplo bem-sucedido de reciclagem é o das latinhas de alumínio, que tiveram 100% das 390 mil toneladas produzidas no país em 2022 recicladas. A venda do material precisa ser lucrativa para os catadores, e as latas de alumínio têm um valor de aproximadamente R$ 6 o quilo.

A Green Mining utiliza a tecnologia blockchain para rastrear a quantidade de resíduos coletados e as emissões evitadas. Desde 2018, a startup já coletou e enviou para reciclagem 5.900 toneladas de embalagens pós-consumo, evitando a emissão de 998 mil kg de CO2 equivalente.

Entre os materiais mais reciclados pela Green Mining estão o vidro, com 4.100 toneladas, plástico, com mil toneladas, e papel, com 840 toneladas.

Rodrigo Oliveira, CEO da Green Mining, destaca o objetivo da empresa de valorizar o material e beneficiar os catadores e carroceiros, que dependem da venda dos recicláveis para o sustento. Ao enviar diretamente os materiais para usinas de reciclagem, a empresa consegue pagar mais pelos resíduos, evitando intermediários e valorizando o trabalho dos catadores.

Reciclagem do plástico no Brasil

De acordo com o Atlas Brasileiro da Reciclagem, do Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis, o papelão é o material mais reciclado no país, seguido pelo plástico, com 145 mil toneladas.

Através do programa Prolata Reciclagem, a Associação Brasileira de Embalagem de Aço encaminhou para reciclagem um volume 141% superior ao de 2022, totalizando 31 mil toneladas de embalagens de aço pós-consumo. Além disso, essa ação evitou a emissão de 118 mil toneladas de CO2 na fabricação de novos produtos.

O programa Prolata atesta que 47% do total das latas de aço consumidas no Brasil são recicladas, graças a parcerias com cooperativas e pontos de entrega voluntária.

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