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Moinhos – transformação de plásticos cresce e puxa a venda de maquinas mais seguras, com suporte técnico local

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Linha de moinhos da Rapid apresenta 2,5 mil configurações

Equipamento classificado como periférico na indústria plástica, o moinho vive seus dias de protagonista, segundo os especialistas. Na linha de produção, ele fica ao lado de máquinas transformadoras e tem um papel essencial: atuar diretamente no aproveitamento de galhos de injeção, aparas e refugos. Muitas vezes, esse processo é feito de forma automática.

“Quando se oferece um ciclo fechado, que aproveita o refugo, sem a necessidade de enviá-lo para fora da fábrica, há uma redução no custo de produção sem alteração da qualidade final do produto”, argumenta Marcel Brito, gerente de vendas da Ineal. “Isso favorece o transformador, principalmente em razão da concorrência com produtos importados, ainda mais acentuada em épocas de alta demanda, caso do final de ano”, completa.

Gilson Muller, analista de comércio exterior da gaúcha Seibt, concorda com Brito. Para ele, a cadeia produtiva de moinhos deverá ter um crescimento considerável, estimulado pelo crescente aumento no consumo dos derivados de termoplásticos e também pelas melhorias oferecidas nos processos produtivos. A opinião dos dois, por sua vez, é validada por Graziela Dalsochio, gerente de vendas da Mecanofar, empresa que se especializou na produção de moinhos, sediada no Rio Grande do Sul, como a Seibt. Para ela, a fabricação do periférico acompanha a movimentação positiva da indústria plástica convencional, além das atividades de reciclagem, que ganharam espaço e também demandam moinhos. “A variedade de aplicação é bastante grande, por isso nos detivemos em aperfeiçoar os processos de fabricação”, diz ela. Apesar dos novos entrantes, a executiva antecipa que a Mecanofar continua aumentando em torno de 10% o número de máquinas fabricadas anualmente. “É um sinal de que existe espaço para quem trabalha com seriedade”, completa.

Com unidade industrial em Farroupilha, a empresa possui uma linha de moinhos para transformação de materiais que inclui desde as máquinas de baixa rotação – de 3cv a 10cv – utilizadas para pequenas quantidades e baixa produção, até a linha de alta rotação (máximo de 150cv), para linhas de produção com alto volume. O portfólio de moinhos é complementado pela linha de silos coletores e ciclones e pela de ventiladores de 2cv, 3cv, 5cv e 10cv. A personalização dos equipamentos é um dos diferenciais da Mecanofar, na avaliação da especialista. A possibilidade de entrega técnica completa o rol de vantagens, ao lado do uso de aço com dimensões robustas.

As armas para concorrer com os entrantes asiáticos incluem um controle de qualidade maior. Para um segmento cuja evolução tecnológica é pequena, as inovações estão mais centradas em processos, caso da adoção dos moinhos em atividades de reciclagem. Uma exceção, de acordo com Graziela, é o desenvolvimento de um afiador de facas, componente que tem se mostrado potencial de acordo com o incremento do mercado de moinhos. “Onde mais investimos é nos processos de qualidade como inspeção, recebimento, desenvolvimento de fornecedores e atualização de componentes, o que pode garantir um produto melhor e a custo acessível”, argumenta.

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Marcel Brito: boa engenharia garante a durabilidade

Brito, da Ineal, lembra que os moinhos são equipamentos complementares na família de periféricos da empresa, mas destaca que a fabricante tem aperfeiçoado a linha. “As melhorias se concentram na parte mecânica, uma vez que não é um tipo de máquina que incorpore muita eletrônica e informatização.” Os investimentos são focados em bons projetos de engenharia, incluindo usinagem e montagem de qualidade. Detalhes como o corte a água, de até 100 mm, fazem a diferença, o que significa operações de precisão. “Isso é muito importante para que se garanta a durabilidade do produto”, afirma.

Tendo voltado de uma viagem técnica a alguns países asiáticos, Brito ressalta a importância da boa engenharia e da personalização em alguns projetos. “O que vimos foi um mesmo projeto de equipamento, reproduzido por praticamente todos os fornecedores. Somado a isso está um custo de mão de obra e de material bem menor do que os nossos”, contextualiza. “A qualidade da maioria dos dispositivos é questionável, afora a inexistência de assistência técnica local”, argumenta.

Outra forma de enfrentar a concorrência internacional é apostar na fidelização da carteira de mais de dois mil clientes. Nesse caso, vale a assistência técnica presente e as orientações sobre boas práticas de operação e manutenção. Iniciativas como a garantia estendida de dois anos também são acionadas. Na orientação de uso correto, a empresa se concentra em explicar ao usuário final as regras para uma afiação das facas, componente vital dos moinhos desse tipo. “Nossa linha é mais robusta e geralmente não entramos numa concorrência em que o pedido se concentra unicamente nos moinhos”, informa Brito. Normalmente, segundo ele, as máquinas fazem parte de um pacote incluindo sistema de alimentação e dosagem. “Pode haver uma cotação pontual, nos casos de clientes que precisam trocar seus dispositivos”, completa.