Notícias – Plástico substitui metal em bombas de dosagem

Notícias – Plástico substitui metal em bombas de dosagem

A conhecida fabricante de bombas helicoidais Netzsch promove em maio o lançamento oficial da linha C-Pro, indicada para aplicações de dosagem e movimentação de produtos na faixa de 0,1 a 800 litros por hora, com pressão até 12 bar. A novidade será apresentada simultaneamente na Alemanha (durante a Achema), no Brasil (na Fispal) e na China, para conhecimento mundial.

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Bomba C-Pro com carcaça feita de PVC

A linha C-Pro, cujo desenho e conceito foram patenteados pela companhia, é especialmente indicada para lidar com produtos corrosivos, como ácidos fortes, polímeros artificiais e naturais, soluções salinas, adesivos e outros, com viscosidade até 20 mil mPas. A inovação consiste na substituição de várias peças metálicas (eixos de ligação e acionamento, com suas respectivas articulações) por um único componente feito de uma formulação especial de polivinilideno fluorado (PVDF), capaz de suportar a carga axial requerida.

“Tínhamos bombas dosadoras com a carcaça feita de plástico, porém seus internos eram metálicos e não suportavam a operação com produtos corrosivos, como o ácido sulfúrico e o fluossilícico”, comentou Silvio Beneduzzi, diretor-geral da Netzsch do Brasil. Essas aplicações eram atendidas por bombas de diafragma, que são pulsantes e de baixa precisão. A linha C-Pro apresenta desvio máximo de mais ou menos 1% na dosagem, e proporciona fluxo estável.

O desenho do novo equipamento também facilita sobremaneira as intervenções de manutenção, com número reduzido de peças e partes. Ao todo, são apenas seis elementos, incluindo motor, carcaça, selo e internos. “Usamos o estator iFD, feito de elastômero e montado diretamente em contato com a carcaça, podendo ser trocado em minutos, sem a necessidade de desmontar toda a bomba”, explicou Beneduzzi. A carcaça pode ser feita de PVC ou poliuretano, conforme a agressividade do ambiente onde será instalada a bomba. O selo mecânico foi encapsulado, para evitar problemas.

Recuperação – Entre outubro de 2008 e março de 2009, a Netzsch brasileira sentiu os efeitos da crise. “Em nossa história, quando um setor despencava, sempre havia outro subindo para compensar”, disse Beneduzzi. “Dessa vez, quase todos pararam.” Embora a carteira de pedidos tenha sido assegurada em torno de quatro a seis meses de produção, suficiente para manter a fábrica de Pomerode-SC em pleno funcionamento e sem demissões, a entrada de novos pedidos apresentou queda de 5% a 15% em relação ao esperado em cada um desses meses. “Começamos a sentir uma recuperação de negócios consistente em abril”, informou.

Como efeito positivo, ele mencionou a redução de 60% no preço do aço, importante insumo para a produção das bombas. “Felizmente, conseguimos fechar contratos de exportação de equipamentos para petróleo e alguns negócios na área de energia que nos trarão bons resultados, mas foram os frutos de anos de desenvolvimento”, considerou. Além disso, ele comentou que todas as empresas do mundo estavam operando com estoques elevados. Até a Netzsch contava com inventário de insumos, prevenindo-se contra eventuais períodos de escassez ou contra fortes oscilações de preços. O mercado agora começa a voltar ao normal,  desestocado.

A partir de julho, a Netzsch do Brasil começará a produzir bombas helicoidais de alto volume para aplicações no setor de saneamento, um mercado bem trabalhado na Europa e que também deve crescer na China. Essas bombas aceitam água com sólidos em suspensão, sendo indicadas para transportar lodo primário ou secundário na alimentação de tanques ou equipamentos como filtros ou decanteres. “Nesses casos, as bombas centrífugas agitam os sólidos prejudicando a separação posterior, problema que as helicoidais previnem”, explicou Beneduzzi. Essas bombas têm rotor e estator de grande diâmetro, com passo alongado no helicoide para aumentar a vazão.

A fábrica brasileira fornece bombas helicoidais para os clientes da Netzsch nas Américas. “Nos produtos para petróleo, somos a fonte de suprimento da companhia para o mundo todo”, concluiu Beneduzzi.

 

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