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Pandemia estimula mudança de hábitos, processos e procedimentos nas empresas de distribuição de resinas plásticas

Com a crise sanitária causada pelo coronavírus, as empresas tiveram que criar novas maneiras de administrar e manter suas vendas ativas. O investimento em tecnologia se tornou mais do que necessário e virou um grande aliado nesta nova maneira de fazer negócios.

29 de setembro de 2020 – Desde que a quarentena provocada pelo Covid-19 foi decretada em março deste ano, as empresas e entidades, não só no Brasil como no mundo, tiveram que se reinventar de maneira rápida. Trabalho remoto, e-commerce, investimento em TI, tudo isso de repente passou a fazer parte obrigatória de suas agendas. Ricardo Mason, da Fortymil, por exemplo, conta que colocou todo o seu time em home office ainda em março, com exceção da logística. “Nós fizemos toda adequação das equipes para que tivessem o devido conforto e condições de trabalho durante esse período. Foram feitos investimentos em links e equipamentos para que pudéssemos rodar todo o time à distância – do pessoal de vendas à contabilidade”, conta o empresário.

Mason explica que apesar de todo o clima de incertezas e problemas gerados pela pandemia, as mudanças feitas na empresa foram encaradas por todos de maneira muito positiva. “Trouxemos muita segurança para o time, principalmente no início, com grande suporte do nosso RH, sempre visando preservar a saúde física e mental de nossos colaboradores”. Para o futuro pós-pandemia, o empresário conta que ainda não tem um modelo fechado de negócio, mas acredita que, pelo menos por lá, continuarão trabalhando em um sistema híbrido entre home office e escritório.

Os padrões adotados na Fortymil corroboram com o estudo feito pela Cushman & Wakefield, que aponta que 40,2% de todas as empresas que não trabalhavam com home office antes da pandemia vão adotá-lo de maneira definitiva até esse período passar. Além disso, estudo feito por André Miceli, coordenador do MBA em Marketing e Inteligência de Negócios Digitais da Fundação Getúlio Vargas, prevê um crescimento de 30% para o trabalho remoto no Brasil após a pandemia.

Para Marcos Marcello, da Prolam, que implementou o home office desde abril deste ano, o resultado desse sistema é positivo. “Tivemos na empresa um nível de infecção muito baixo e isto sempre foi a maior preocupação da diretoria. Dessa forma, sentindo-se seguros, os funcionários se dedicaram de maneira mais positiva e os resultados já voltaram a aparecer. O mundo e os hábitos não serão mais os mesmos. Portanto, todos mudamos e estamos abertos às novas configurações de trabalho, desde que dentro da legislação trabalhista vigente”, explica.

Nem tudo pode ser resolvido de casa. Assim, conta Wagner Silva Coentro, da Polyfast, no segmento de plástico de engenharia o home office foi intensificado nos setores financeiro e de marketing, iniciativa que também deverá ser mantida de alguma maneira no futuro. “Devido ao nosso negócio ser de distribuição de plásticos de engenharia, é necessário que as visitas presenciais de caráter técnico/comercial continuem. Elas são essenciais no desenvolvimento de novas aplicações e de mercado”, explica.

Tecnologia, a grande aliada

Não há como contestar: a grande estrela de 2020 é a tecnologia. Ferramentas para melhorar a infraestrutura das empresas como sistemas de gestão, e-commerce e armazenamento em nuvem estão sendo essenciais neste período de pandemia.

O diretor da Prolam, Marcos Marcello, conta que a empresa está investindo em softwares de inteligência de mercado, mesmo já possuindo uma robusta estrutura de TI para dar suporte às suas fábricas de São Paulo e Manaus.

Na Fortymil, explica Mason, o investimento foi no âmbito do trabalho. “Investimos muito nos links, software e hardware para dar velocidade à equipe e a segurança que a empresa necessita para operar remotamente”, conta.

De acordo com um relatório global da agência de pesquisa de mercado IDC, companhias de vários países investiram mais de US$ 1 trilhão em transformação digital em 2019. Isso representa um crescimento de 17,9% em relação a 2018. Especialistas acreditam que esse número deve dobrar em 2020 devido à pandemia.

Na Adirplast

O espírito empreendedor das empresas associadas à Adirplast (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) não deixou nem mesmo que a entidade ficasse parada durante esses tempos tão incertos. Pelo contrário, os eventos promovidos para seus associados continuam acontecendo, mas de forma online. Além disso, a entidade encontrou novas formas de se fazer presente no mercado e na sociedade. “Este foi um dos grandes aprendizados desta pandemia. Nossa associação converteu as reuniões e eventos presenciais para o ambiente virtual. Com isso, tivemos um excelente aproveitamento e recorde nos números de participação. Também percebemos que temos interagido cada vez mais através de ferramentas de interação digital, hábito que antes era menos corriqueiro”, afirma Laercio Gonçalves, presidente da Adirplast.

A mudança tem trazido tantos efeitos positivos que Gonçalves adianta que, mesmo após a pandemia, os eventos deverão continuar virtuais. “Percebemos que essas ferramentas chegaram para auxiliar e otimizar nosso tempo. Já são realidade e vamos manter assim nos próximos anos”.

A Adirplast tem como diretrizes o fortalecimento da distribuição, o apoio aos seus associados e a integração do setor de varejo de resinas plásticas, filmes bi-orientados e plásticos de engenharia. Seu objetivo é demonstrar a importância que os distribuidores têm para o setor e para o desenvolvimento do mercado brasileiro de plásticos. A entidade trabalha ainda para promover a imagem sustentável do plástico, ampliar os laços com as empresas produtoras e ajustar o desordenamento tributário sobre a indústria. Atualmente, a entidade agrega empresas distribuidoras de insumos plásticos que, juntas, tiveram um faturamento bruto de cerca de R$ 4,5 bilhões em 2019. Elas responderam por cerca de 12% de todo o volume de polímeros e filmes bi-orientados comercializados no país. Essas empresas contam com uma carteira de 7.000 clientes, em um universo de 11.500 transformadores de plásticos no Brasil. Para atendê-los, a entidade emprega 150 representantes externos e mantém 200 postos de atendimento, contando com equipes de assistência técnica e de pós-venda.

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