Planos para a indústria são abordados pelo Vice-presidente Geraldo Alckmin


Estratégias para impulsionar a indústria

No dia 19 de fevereiro, o vice-presidente e ministro do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Geraldo Alckmin, participou de uma reunião conjunta de seis conselhos da Fiesp. Durante o encontro, foi discutida a pauta principal sobre “Produtividade e taxa de investimento”.

Na imagem aparece o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ex-presidente Michel Temer, e demais representantes. Na reunião sobre planos para a indústria

A priori, o ministro ressaltou o compromisso do Governo Federal com a indústria e destacou o programa chamado NIB (Nova Indústria Brasil), lançado em janeiro, com o objetivo de impulsionar o setor.

O NIB engloba diversas ações concentradas em políticas públicas com recursos de juros reduzidos, subsídios para inovação, ampliação de investimentos federais, incentivos tributários e fundos especiais para estimular a indústria nacional.

Nesse contexto, Alckmin destaca: “O presidente Lula, que vem da indústria, formado pelo Senai, tem um compromisso com o setor. É fundamental fortalecer uma indústria inovadora para o país”. Essa fala ressalta a reinstalação do MDIC e do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial) realizada pelo presidente Lula.

Além disso, o vice-presidente ressalta a necessidade de agir na raiz dos problemas e aponta: “Política industrial não resolve tudo sem uma boa macroeconomia e sem a redução do Custo Brasil”.

Estratégias para o progresso da indústria

Dessa forma, estão sendo discutidos os três elementos cruciais: juros, câmbio e impostos. Segundo Alckmin: “O câmbio está competitivo. Os juros são muito altos, mas estão em queda. A cada reunião do Copom (Conselho de Política Monetária), a taxa cai meio ponto percentual. Temos impostos elevados, mas a Reforma Tributária vai ajudar ao simplificar e reduzir custos, além de desonerar investimentos e exportações”.

Ainda listando, Alckmin afirma: “Não há solução fácil. É preciso fazer a lição de casa todos os dias: reforma trabalhista, reforma tributária, reforma previdenciária, reforma administrativa”.

Como uma das ênfases, o vice-presidente destaca a necessidade de focar na indústria verde e sustentável: “Essa será a grande demanda mundial, como produzir bens a baixo custo e compensar as emissões de carbono. E nesse sentido, o Brasil é campeão, o protagonista de três grandes debates planetários: segurança alimentar, segurança energética e clima. Temos tudo para progredir na indústria verde e na descarbonização”, afirma ele.

Em relação à energia limpa, Alckmin ressalta o protagonismo do Brasil em seu uso. Ele também enfatiza o projeto Mover, que visa a redução de impostos, o aumento das exigências de sustentabilidade e os investimentos em eficiência energética na indústria automotiva.

De acordo com Alckmin, o Mover já está apresentando resultados, mesmo que a implementação seja recente. Ele aponta: “Já temos R$41 bilhões de investimentos na indústria automotiva anunciados e devemos chegar a mais de R$100 bilhões até 2028. E isso se estende por toda a cadeia produtiva”.

Investimentos na renovação do setor

Em relação à produtividade, Alckmin mencionou a depreciação acelerada, uma demanda da Fiesp que foi atendida. Essa é uma ação que visa incentivar a modernização de máquinas e equipamentos.

Nesse sentido, foram destinados R$3,4 bilhões no orçamento para a depreciação ao longo de dois anos, sendo 50% neste ano e os outros 50% no próximo. Alckmin ressalta que isso é pouco, mas é apenas a primeira fase.

Em segundo lugar, foi discutida a importância de uma indústria exportadora. Nessa perspectiva, ele destaca: “Precisamos aumentar as exportações de produtos com maior valor agregado. Estamos realizando um grande trabalho de desburocratização, pois temos uma cultura burocrática no Brasil”.

Além disso, Alckmin aponta o objetivo de aumentar as trocas comerciais com países vizinhos, pois apesar da globalização, o comércio ainda ocorre principalmente entre regiões. Como ele disse: “No Canadá, Estados Unidos e México, 50% das trocas comerciais são entre esses países. Na União Europeia, 60% ocorre entre eles mesmos. Na América Latina, apenas 20% é entre os países da região. Precisamos recuperar o comércio na América Latina. Estamos trabalhando para firmar mais acordos na região e retomar esse mercado regional, onde podemos vender produtos de maior valor agregado”.

Perspectivas para o avanço do Brasil

Agradecendo a presença do ministro, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, citou o NIB e afirmou que o programa tem sido injustamente criticado. Ele afirma: “É um plano modesto, não é um plano final. As críticas que foram feitas e ainda são feitas, por economistas e acadêmicos, são injustas e inadequadas”.

Ele também destaca: “O programa demonstra o reconhecimento do governo federal da importância da indústria de transformação, que, se recuperar seu dinamismo, será um impulsionador do desenvolvimento econômico do Brasil”.

Com esperança, Silva acredita que o Brasil voltará a se destacar com a recuperação do setor industrial.

Ele conclui: “Com a normalização das contas públicas e com um novo arcabouço fiscal, conseguiremos uma taxa de juros capaz de permitir que a indústria de transformação, que demanda mais investimentos, volte a crescer e a impulsionar o PIB nacional. A indústria de transformação é fundamental para o desenvolvimento do país”.

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