Plástico feito de castanha, Garrafa que se degrada e Educação para sustentabilidade

Plástico feito de castanha, Garrafa que se degrada e Educação para sustentabilidade



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Plástico de Castanha: Oportunidades e Sustentabilidade na Amazônia

Nosso mundo está em constante busca por alternativas mais sustentáveis ​​para o plástico convencional. Na Amazônia, uma parceria inovadora entre comunidades locais, empresas, organizações e pesquisadores universitários tem como foco impulsionar a bioeconomia da castanha-do-Brasil. Através dessa parceria, foi desenvolvida uma tecnologia revolucionária que pretende transformar a castanha em bioplástico.

Redução de resíduos e desenvolvimento socioeconômico

A castanha-do-Brasil é uma fonte abundante de matéria-prima, com o ouriço da castanha, considerado um resíduo sem aproveitamento dentro da cadeia produtiva. A partir desse resíduo, está sendo elaborada uma versão sustentável do polipropileno, que pode ser utilizado na fabricação de diversos produtos, como protetores, embalagens, tampas e muito mais.

Além de contribuir para a conservação dos biomas, a produção de bioplástico oferece oportunidades de desenvolvimento socioeconômico para as comunidades amazônicas. Estima-se que, nos três primeiros anos de comercialização, as comunidades envolvidas possam gerar uma renda de R$4,8 milhões, dentro de um faturamento total de R$20 milhões.

Além disso, espera-se uma redução significativa de mais de 300 toneladas de emissão de CO2 nesse período. Essa iniciativa foi criada em 2022 pela WTT (World-Transforming Technologies), com o trabalho de campo, pesquisa e articulação entre organizações. O projeto também conta com o suporte financeiro do FJBSA (Fundo JBS pela Amazônia) e do PPBIO (Programa Prioritário em Bioeconomia), política pública da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), coordenada pelo Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas).

Garrafa biodegradável: Uma revolução nas embalagens de plástico

Outra grande novidade na indústria do plástico é o desenvolvimento de garrafas para bebidas feitas de plástico não derivado de petróleo. A empresa japonesa ENEOS está na vanguarda dessa pesquisa e afirma que essa tecnologia revolucionária utiliza fontes renováveis ​​de biomassa para produzir garrafas.

A substância-chave nessa tecnologia é o “para-xileno”, que corresponde a cerca de 70% do material de uma garrafa. A ENEOS utiliza óleo de cozinha usado e outros materiais derivados de biomassa para produzir esse precioso componente. A empresa pretende iniciar a produção em sua refinaria no oeste do Japão até o final deste ano e a produção em massa das garrafas está prevista para 2024. Estima-se que cerca de 35 milhões de garrafas sejam produzidas anualmente.

A redução das emissões de dióxido de carbono é outro benefício dessa nova tecnologia. Soda Tadakatsu, funcionário da ENEOS, destaca que “com nossa tecnologia, as emissões de dióxido de carbono das garrafas plásticas derivadas do petróleo possuem chances de ser quase eliminadas”. Embora o novo processo seja mais custoso, a ENEOS espera que o aspecto ecologicamente correto ajude a disseminar o uso de recursos limpos.

Educação sustentável: Iniciativas para reciclagem e conscientização

No Brasil, a Defensoria Pública da Bahia está à frente do projeto ‘Mãos que Reciclam’, que busca promover a reciclagem e conscientização ambiental. Durante o Festival de Inverno, uma ação social foi realizada com sucesso, resultando na arrecadação de 5,67 toneladas de materiais recicláveis.

Comparado ao ano anterior, houve um aumento significativo na quantidade de materiais recolhidos, com um total de 3,3 toneladas em 2022. Além disso, em 2023, pela primeira vez, vidro também foi coletado, além de plástico e alumínio. A ação contou com a participação de 38 catadores, 12 alunos da UFBA envolvidos na educação ambiental e representantes da Defensoria, responsáveis por registrar e pesar os materiais coletados.

O Festival de Inverno tem se mostrado uma excelente oportunidade para conscientização e arrecadação de materiais recicláveis, devido ao grande número de participantes e consumo de produtos. Kaliany Gonzaga, coordenadora da Regional de Vitória da Conquista, explica que a empresa responsável pelo festival entrou em contato com a Defensoria para intermediar a coleta de materiais. A meta é transformar esses resíduos em novos objetos de uso, promovendo um ciclo sustentável.

Todo resíduo descartado é canalizado para a organização de catadores, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Dessa forma, no Festival de Inverno, foi possível destinar adequadamente os materiais e evitar que quase seis toneladas de resíduos fossem encaminhadas ao aterro sanitário de Vitória da Conquista.

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