Plástico no Sul: Região responde por 30,5% do volume e 33% do faturamento da transformação brasileira

Plástico no Sul: Região responde por 30,5% do volume e 33% do faturamento da transformação brasileira

Plástico Moderno, Plástico no Sul: Região responde por 30,5% do volume e 33% do faturamento da transformação brasileira
Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), a indústria de transformados plásticos deve fechar 2013 com uma produção de cerca de R$ 61,33 bilhões, montante equivalente à moldagem de 6,76 mil toneladas de material plástico, o que resultou num faturamento de R$ 62,03 bilhões. O estado de São Paulo concentra mais de 40% das empresas do setor. Depois dele, a transformação de plástico brasileira se avoluma no sul do país. De acordo com dados do Sindicato das Indústrias do Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), a Região Sul detém 30,5% do volume de plástico transformado no país e 33% do faturamento dessa indústria.

Mas o estado de Santa Catarina assume a pole position regional. Só ele produziu o equivalente a R$ 11,2 bilhões em produtos plásticos em 2012, quando transformou 988 mil toneladas de resinas. Esses dados, como informa o executivo do Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina (Simpesc), Vernon Luiz de Campos, equivalem a 45% da Região Sul e 16% do país.“Ficamos apenas atrás de São Paulo no ranking dos estados brasileiros.”

Plástico Moderno, Deitos credita ao agronegócio avanço maior no seu estado

Deitos credita ao agronegócio avanço maior no seu estado

Esse nível de produção representou 83% de ocupação da capacidade instalada do estado, um número dentro da média histórica de Santa Catarina e do setor de plástico como um todo, na opinião do executivo. A produção de transformados plásticos do estado atende quatro principais mercados: embalagens de alimentos e bebidas, construção civil, agricultura e peças técnicas para os setores automotivo e de eletrodomésticos.

O estado do Rio Grande do Sul transformou em torno de 500 mil toneladas de produtos plásticos neste ano, segundo calcula o presidente do Sinplast, Edilson Deitos; e o Paraná, outro tanto parecido.

Em termos de faturamento, o Rio Grande do Sul representa 32% do total brasileiro, que deve atingir neste ano R$ 61,3 bilhões, segundo dados da Abiplast. Esse montante nacional embute um acréscimo de 8,6% sobre o ano passado, mas, com os descontos dos aumentos nos preços das matérias-primas, Deitos considera crescimento real inferior a 0,5% e estima para o seu estado um avanço maior. “Graças ao bom momento vivido pelo setor de fornecimento de peças para o agronegócio”, avalia.

A capacidade instalada no Rio Grande do Sul alcança, segundo ele informa, 800 mil toneladas anuais, mas atualmente a indústria de transformação do estado opera com uma ociosidade superior a 30% e possui uma atuação bastante diversificada. Da produção local de resinas ofertadas pela Braskem, notadamente polietileno e polipropileno, ele estima que a transformação gaúcha absorva cerca de 9% dessa matéria-prima regional.

O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), Zeca Martins, considera a Serra Gaúcha o quarto polo nacional de transformação de plástico e, segundo ele, a Braskem provê o estado com cerca de 355 mil toneladas de resinas, como fornecedora majoritária. O diretor executivo menciona os mercados automotivo, moveleiro, de utilidades domésticas, embalagens e eletroeletrônicos entre os principais segmentos atendidos pela transformação da região.

Também esse polo produtivo de peças plásticas opera com ociosidade, atribuída por Martins ao fato de muitos empresários desses municípios terem aproveitado os juros favoráveis do sistema Finame/BNDES para adquirir novos maquinários, porém tal capacidade produtiva ainda não foi totalmente absorvida por essas fábricas.

E por falar em investimentos, uma pesquisa promovida pelo Simplás entre os seus associados no início deste ano apontava a programação de aportes que somavam em torno de R$ 85 milhões em novas máquinas para o atual exercício. Durante a realização da feira Plastech Brasil, realizada em agosto, em Caxias do Sul-RS, o sindicato promoveu outro levantamento para aferir os números do início do ano e o apurado é motivo bastante para Martins comemorar: ”Considerando-se apenas a região de abrangência do Simplás (Caxias do Sul, Coronel Pilar, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Nova Pádua, São Marcos e Vale Real), o valor deve superar os R$ 100 milhões”, afirma. O presidente do Sinplast informa que ainda não possui os números dos investimentos realizados neste ano. E também o executivo do Simpesc não dispõe ainda dessas informações.

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