Previsão de recuperação leve para associados da ADIRPLAST



Vendas associadas à ADIRPLAST revelam aumento de volume em janeiro de 2022

No mês de janeiro de 2022, as vendas associadas à ADIRPLAST tiveram um aumento significativo de volume em relação ao mês anterior. De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins, o segmento de Plástico de engenharia registrou um crescimento de 34,8% em comparação com dezembro de 2021. No entanto, mesmo com essa alta, os números ainda representam uma redução de 30,5% em relação a janeiro de 2021.

Retomada após um ano desafiador

Laercio Gonçalves, presidente da ADIRPLAST e diretor da empresa Activas, destacou que o ano passado foi melhor em comparação com 2020. Ele ressaltou a retomada gradual das importações e a regularização do fornecimento pelas petroquímicas globais. Para 2022, a expectativa é de crescimento na produção de automóveis, produtos médico-hospitalares, embalagens multicamadas e peças técnicas. Os plásticos de engenharia são amplamente demandados em diversos setores que requerem especificações mais detalhadas. Apesar de um otimismo moderado, é importante permanecer atento a esse segmento.

Os desafios da importação enfrentados pelos associados

A questão da importação afetou todos os associados da ADIRPLAST. João Rodrigues, da Thathi Polímeros, mencionou que o ano de 2021 trouxe dificuldades na obtenção de plásticos de engenharia, como POM, PA6, PA66 e PBT. Essas dificuldades persistiram ao longo do ano e deverão continuar em 2022, especialmente com relação às resinas POM e PA66. No entanto, Rodrigues destacou que também houve um ganho ao importar poliamidas e poliéster, conseguindo atender a seus clientes sem enfrentar crises no abastecimento e atrasos nas entregas.

A dificuldade das importações também foi sentida pela associada Entec. Luiz Squilante, gerente de vendas da distribuidora, ressaltou que isso ocorreu devido a diversos fatores, como o mau tempo nos EUA no início de 2021 e problemas logísticos, incluindo a dificuldade em encontrar navios disponíveis, prazos de entrega extremamente longos e altos custos de frete e container.

Mercado mais técnico e perspectivas para 2022

Joel Pereira de Araújo, da Master Polymers, destacou que o mercado está se tornando mais técnico, com uma demanda crescente por especialidades. As características técnicas dos produtos passaram a ter mais importância do que o preço, e os novos desenvolvimentos estão focados na diferenciação e na qualidade/durabilidade do produto para atender a um consumidor mais exigente.

Para Fabricio Bento, da Polyfast, a expectativa em relação a 2022 é de um pequeno crescimento em comparação com o ano anterior. No entanto, ainda existem muitas incertezas devido ao contexto de eleições e à possibilidade de indisponibilidade de produtos, preços elevados e demanda reprimida.

Por outro lado, Rodrigues se mostra mais otimista devido aos contatos diretos com grandes empresas químicas exportadoras de polímeros, o que abre perspectivas otimistas em termos de oferta e condições competitivas. No entanto, o baixo crescimento da economia previsto para 2022 e outros fatores, como falta de componentes no setor automotivo, queda na produção e consumo, aumentos nos preços dos combustíveis e energia, e altas taxas de desemprego, afetam o ânimo do setor.

Perspectivas para a disponibilidade de produtos

Squilante acredita em uma melhora na disponibilidade de matérias-primas, principalmente no caso do ABS. Araújo também acredita na normalização da oferta de produtos e na queda dos preços a partir do segundo semestre. No entanto, o aumento do petróleo, os altos custos de energia e frete internacional ainda continuam afetando a disponibilidade de produtos como PA66, PA6 e EVOH. O aumento de preços no início de 2022 chegou a 10% em USD no caso das Poliamidas 6 e 66.

A importância da ADIRPLAST para o setor

A ADIRPLAST tem como diretrizes o fortalecimento da distribuição, o apoio aos seus associados e a integração de diversos segmentos do setor plástico, como varejo de resinas plásticas, filmes biorientados, plásticos de engenharia, masterbatches e compostos. A associação demonstra a importância dos distribuidores para o setor e para o desenvolvimento do mercado brasileiro de plásticos. Além disso, trabalha para promover a imagem sustentável do plástico, fortalecer o relacionamento com as empresas produtoras e ajustar a legislação tributária que impacta a indústria.

Atualmente, a associação reúne empresas distribuidoras de insumos plásticos, que tiveram um faturamento bruto de cerca de R$ 4,5 bilhões em 2020. Essas empresas respondem por aproximadamente 12% do volume total de polímeros, masterbatches, compostos e filmes biorientados comercializados no Brasil. Elas garantem a qualidade do produto e dos serviços de logística e crédito aos clientes finais, contando com uma carteira de 7.000 clientes e equipes de assistência técnica e pós-venda.

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