Rainbow Six: Mobile se adapta bem à experiência e surpreende com sua fidelidade

Rainbow Six: Mobile é a adaptação do renomado FPS para o universo mobile, com lançamento previsto para Android e iPhone (iOS), mas ainda sem data definida. Com jogos dinâmicos e bem adaptados à plataforma, o novo jogo da Ubisoft surpreende ao trazer, para celulares, uma jogabilidade muito parecida com Rainbow Six Siege — apesar de não ter muitos recursos inovadores.

O jogo teve seu beta anunciado em abril de 2022, mas só ficou disponível em 12 de setembro para um seleto grupo de jogadores e exclusivamente para celulares Android. O Armário para Vestiário Blog teve acesso a esta versão e a testou por alguns dias. Contamos, nas linhas a seguir, o que achamos do R6 para celulares.

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Primeiras impressões

Antes de contar minhas considerações sobre o jogo, é importante ressaltar que a versão testada é beta. Nessa condição, o jogo foi compartilhado pela Ubisoft para um grupo restrito de jogadores a fim de identificar possíveis erros e bugs, além de otimizar a dinâmica de jogo ou configurações gráficas. Portanto, é possível que nem todos os detalhes contados no artigo sejam idênticos aos encontrados na versão final de Rainbow Six: Mobile.

Ao abrir o jogo, você pode ver que a tela inicial de Rainbow Six: Mobile não difere muito de outros FPS para celulares, mas se mantém fiel à estética do jogo em outras plataformas. Em “Configurações”, já é possível alterar algumas mecânicas de jogo de acordo com a preferência do usuário. Entre eles está a possibilidade de usar ou não o “salto automático” ou ajustar a sensibilidade da mira. Porém, na fase beta, não foi permitido configurar o desempenho gráfico do jogo – mas em nossos testes, ele rodou sem problemas em um Motorola One Action nas configurações padrão.

Ao escolher os agentes, podemos ver que personagens conhecidos pelos fãs do jogo, como Ash, Sledge e Twitch, também migraram para o mobile. Ao todo, 18 agentes estão presentes na versão beta – nove que atacam e nove que defendem – mas é provável que novos personagens estejam disponíveis com o lançamento do jogo.

Cada agente possui habilidades especiais que podem personalizar a forma como o jogo se desenrola, mas perceber as nuances entre eles fica a critério de cada jogador. Para os mais casuais, na prática, poucas mudanças ao selecionar personagens diferentes. No entanto, essas diferenças podem ser consideráveis ​​para jogadores competitivos que dominam todas as especificidades das bonecas em profundidade.

Ao todo, três mapas estão disponíveis: Banco, Fronteira e Clube. Todos eles já são conhecidos dos jogadores de R6, mas foram adaptados para a plataforma. A Ubisoft também indica que novos mapas serão disponibilizados com o lançamento oficial do jogo.

A jogabilidade

O único modo de jogo disponível é o “Classic Mix”, no qual vence a equipe que vencer dois turnos. A cada turno, uma equipe ataca e a outra defende: a equipe atacante visa desarmar as bombas adversárias; a equipe defensora visa impedir que a equipe atacante cumpra seu objetivo. Além disso, se todos os inimigos morrerem, o time do jogador também é coroado campeão, independente de ser atacante ou defensor.

A jogabilidade é impressionante desde o início. Os controles são dinâmicos e totalmente adaptados à nova plataforma, de forma a agradar tanto os jogadores acostumados ao jogo no PC ou consoles quanto os novos jogadores que nunca jogaram antes. Embora a grande quantidade de ações diferentes possa ser assustadora no começo – especialmente para jogadores que não estão acostumados com FPS – são necessários apenas alguns jogos para se acostumar com a dinâmica e dominar os controles.

Assim como as versões do jogo para outras plataformas, Rainbow Six: Mobile é um FPS mais estratégico do que outros nomes do mercado, como Free Fire e Call of Duty Mobile. Seu diferencial está na quantidade de ferramentas que podemos utilizar durante o jogo e, consequentemente, na quantidade de formas existentes de vencer o jogo.

Devo dizer, porém, que o jogo pode frustrar os jogadores mais agressivos, que só querem atirar nos adversários. Nos meus jogos, poucos jogadores realmente usaram todos os recursos presentes no jogo. Além disso, o tutorial inicial do jogo também foi desinteressante e vago, o que faz com que a curva de aprendizado dos jogadores aconteça, principalmente após algumas partidas. Talvez esse problema tenha influenciado o baixo uso de recursos por outros jogadores.

Em Rainbow Six: Mobile, os jogadores podem usar rapel para escalar prédios, drones para localizar inimigos e até barricadas, reforços ou fios para compor o ambiente do jogo. Particularmente, planejar a defesa do território era minha parte favorita do jogo. Acredito que quando novos mapas forem lançados, essa dinâmica “Tower Defense” ficará ainda mais divertida, dada a diversidade de ambientes.

Em uma das partidas que joguei, por exemplo, quando meu time defendeu, optei por ficar perto da bomba e não me aventurar pelo mapa. Outro jogador permaneceu ao meu lado, impedindo que os adversários se aproximassem de seu gol. Os outros três jogadores da equipe, no entanto, se dispersaram – como não encontrei nenhuma ferramenta de bate-papo ou outras formas de comunicação, não pudemos nem pedir que a equipe se reagrupasse. Acredito que o jogo poderia investir mais em opções nesse sentido também.

Embora eu gostasse mais de defender, atacar também é muito divertido. No entanto, em cada turno que vencemos ao atacar, fizemos isso porque matamos todos os oponentes – não porque desativamos a bomba.

Considerações finais

Em resumo, o que deixa Rainbow Six: Mobile acima da média, na minha opinião, é o mesmo motivo que alguns vão não gostar: é muito fiel às versões em outras plataformas. Para alguns, acredito que podem faltar algumas inovações ou adaptações para mobile, como indicações mais claras sobre a posição dos companheiros, ou ícones sonoros mais objetivos para quem costuma jogar sem fones de ouvido.

Para aprofundar esse debate, um recurso inovador dentro do jogo que não existe no jogo base, o “auto-shoot”, se mostrou polêmico entre os jogadores que testaram o beta. A maioria não aprovou a técnica, que dispara automaticamente se um oponente passar pelo caminho de mira. Eu particularmente não queria usá-lo, mas pode ser eficaz como um recurso de acessibilidade.

Na minha jogabilidade, não encontrei nenhum bug ou falha. No máximo, vi algumas limitações de movimento estranhas em um lugar ou outro no mapa. Alguns jogadores com acesso ao beta, porém, encontraram problemas, mas também não ofereceram danos consideráveis ​​ao jogo.

Finalmente, Rainbow Six: Mobile é um jogo com o qual me diverti muito. Apesar de não haver muitas novidades para outros jogos da saga, o jogo é perfeito para quem está cansado da repetição de outros FPS para celular e quer algo mais estratégico.