Redução da produtividade na indústria brasileira

Redução da produtividade na indústria brasileira


Queda na produtividade do trabalho na indústria de transformação preocupa

Segunda maior queda anual da série histórica

A produtividade do trabalho na indústria de transformação registrou uma queda de 2,8% em 2022, em comparação com o ano anterior, de acordo com uma pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Essa queda representa a segunda maior redução anual desde que o indicador começou a ser medido em 2000. Além disso, é o terceiro ano consecutivo de queda nesse índice, retornando a um patamar semelhante ao de 2014.

De acordo com o levantamento, esse resultado negativo se deve, em grande parte, às interrupções nas cadeias produtivas causadas pela pandemia de Covid-19 e pela guerra na Ucrânia.

Recuperação da produtividade do trabalho na indústria de transformação

No ano passado, o indicador ficou 7,9% abaixo do nível pré-pandemia. A produtividade do trabalho na indústria de transformação é calculada a partir da razão entre o volume produzido e as horas trabalhadas na produção.

A gerente de Política Industrial da CNI, Samantha Cunha, avalia que o crescimento das horas trabalhadas e a estagnação da produção resultaram na queda da produtividade. Ela ressalta que as empresas têm optado por não demitir seus trabalhadores ou até mesmo contratar mais, mesmo que isso não resulte em um aumento imediato na produção.

É importante destacar que a expectativa de recuperação da economia, apesar das dificuldades, estimula as empresas a manterem seus colaboradores. Essa estratégia visa criar as condições necessárias para a retomada dos investimentos e o aumento da produtividade no longo prazo.

Comparação da produtividade do Brasil com outros países

A produtividade do Brasil teve uma queda de 9% entre 2019 e 2021. Esse índice ainda compara a produtividade brasileira com a média dos dez principais parceiros comerciais do país: Reino Unido, Coreia do Sul, Argentina, Holanda, Estados Unidos, México, Itália, Alemanha, Japão e França.

Desde 2011 até 2019, a produtividade do Brasil vinha crescendo. No entanto, a partir de 2019, o país passou a registrar quedas nesse indicador, revertendo a tendência positiva observada anteriormente.

O desempenho do Brasil foi o mais fraco entre os 11 países analisados, ficando praticamente empatado com a França, com uma perda de 5,2% de produtividade no período de 2019 a 2021.

Atualmente, apenas o Brasil, a França e o Japão apresentam níveis de produtividade abaixo do período anterior à pandemia.

Importância da recuperação da produtividade para a competitividade

Ao analisar essa comparação, Samantha Cunha destaca que mesmo quando a produtividade do Brasil cresce, o país pode perder competitividade em relação a parceiros que apresentam um desempenho melhor.

A recuperação da produtividade passa pela criação de condições favoráveis para o aumento dos investimentos, uma vez que as dificuldades conjunturais afetaram todos os países, mas de forma mais intensa o Brasil.

Superar essas dificuldades é essencial para impulsionar a produtividade do trabalho e favorecer a retomada do crescimento econômico no país.

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