Revolução na Avicultura: O Que Está Transformando o Setor no Brasil em 2024/2025?

Revolução na Avicultura: O Que Está Transformando o Setor no Brasil em 2024/2025?

Introdução: O Cenário da Avicultura Brasileira em 2024/2025

O setor avícola brasileiro se destaca por sua resiliência e capacidade de adaptação. Em 2024, o panorama da avicultura foi marcado por um aumento significativo na produção e nas exportações, em meio a ajustamentos necessários no mercado interno. No entanto, desafios como a sobreoferta de ovos e a reorganização da produção tornaram-se temas relevantes. À medida que nos dirigimos para 2025, as expectativas são de um crescimento moderado, com respostas mais ágeis às demandas emergentes do mercado nacional e internacional.

Com a diversidade de condições e estratégias entre as diferentes regiões do Brasil, cada estado enfrenta suas particularidades e oportunidades. Vamos explorar o que cada um deles tem a oferecer, começando pela Bahia, que está se consolidando como um hub avícola competitivo.

Bahia: Crescimento Sustentável e Inovação

Em 2024, a avicultura na Bahia registrou um crescimento acima da média nacional, embora tenha enfrentado desafios típicos do setor. Kesley Jordana, presidente da Associação Baiana de Avicultura (ABA), destaca que o investimento em tecnologia e inovação é um dos principais motores desse avanço. As granjas baianas começaram a adotar práticas mais eficientes e sustentáveis, buscando aumentar sua capacidade produtiva sem comprometer a qualidade.

Para 2025, as perspectivas são promissoras. A meta é não apenas consolidar a Bahia como um polo avícola competitivo, mas também torná-la um modelo de sucesso para outros estados. O apoio do governo local às iniciativas de modernização e a capacitação dos produtores é essencial para assegurar que os avanços se mantenham, transformando o estado em um exemplo de viabilidade e resiliência no setor.

Espírito Santo: Um Ano de Estabilidade e Prevenção

Com 2024 chegando ao fim, o estado do Espírito Santo conseguiu estabilizar sua avicultura, apesar da pressão gerada pela Influenza Aviária. Segundo Nélio Hand, diretor executivo da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES), a redução dos custos de produção e a manutenção de medidas de proteção aos plantéis foram fundamentais para alcançar esse equilíbrio. Contudo, ele alerta que o setor deve continuar vigilante para prevenir qualquer eventualidade relacionada a surtos sanitários.

As expectativas para 2025 são de um cenário semelhante em termos de produção, mas com ênfase nos ajustes necessários para maximizar a eficiência. A estratégia será buscar melhorias operacionais e reforçar as ações de biosseguridade, garantindo que a produção permaneça estável e rentável para todos os envolvidos.

Minas Gerais: Resiliência e Recuperação

Minas Gerais, um dos grandes protagonistas da avicultura nacional, viu sua produção recuperar margens significativas após os desafios impostos pela pandemia. Em 2023, o estado conseguiu produzir 318 milhões de frangos, correspondendo a 6% da produção nacional, e 5 bilhões de ovos, representando 10,6% do total do país. Antônio Carlos Vasconcelos Costa, presidente do conselho diretor da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), ressalta que, apesar dos altos e baixos, o setor está bem posicionado para um crescimento estável, com expectativas de aumento de 3 a 4% em 2025.

Essa recuperação se deve não apenas à melhoria na produtividade, mas também à diversificação das exportações, que têm se mostrado cada vez mais necessárias para manter a competitividade. A aposta em tecnologias que aumentem a eficiência e a sustentabilidade será um pilar fundamental para o avanço da avicultura no estado nos próximos anos.

Rio Grande do Sul: Desafios Climáticos e Sanitários

O Rio Grande do Sul abordou 2024 com um pé no desafio. O clima adverso e um isolado surto de doença de Newcastle impactaram diversas regiões produtoras. Entretanto, José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), afirmou que a união entre indústrias e produtores está possibilitando uma recuperação gradual. A expectativa é que, com a continuidade das ações de biosseguridade e a colaboração conjugada, o estado mantenha sua posição entre os três maiores produtores e exportadores do Brasil.

Para 2025, o foco estará na reabilitação das áreas afetadas e na venda de produtos em mercados internos e externos, utilizando as lições aprendidas para mitigar impactos futuros. A criação de um ambiente de cooperação entre as partes e o incentivo à pesquisa serão cruciais para sustentar o crescimento.

Santa Catarina: Crescimento Consistente nas Exportações

Santa Catarina apresentou um desempenho notável ao exportar 962 mil toneladas de produtos avícolas até outubro de 2024, resultando em um faturamento de US$ 1,9 bilhões. Essa performance representa um crescimento de 7% em volume em relação ao ano anterior. Jorge Luiz de Lima, gerente executivo da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), menciona que os principais parceiros comerciais, como Japão e Arábia Saudita, continuam a demandar produtos de qualidade, um fator que impulsiona a robustez do setor.

Para o próximo ano, a estratégia é continuar essa trajetória de crescimento, garantindo que a qualidade dos produtos e a sustentabilidade das práticas de produção sejam mantidas. O estado tem o desafio de equilibrar esse aumento com o atendimento às exigências ambientais e mercadológicas, sem perder a competitividade no cenário global.

Paraná: Conquistas em Meio a Desafios

O Paraná teve um desempenho digno de nota em 2024, superando limites com um notável aumento nas exportações e um equilíbrio na demanda interna. Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destaca que 2024 foi um ano de grandes conquistas, impulsionado pela colaboração ativa entre produtores e indústrias. A chave para o sucesso foi a abordagem coletiva em relação ao mercado, que permitiu garantir preços competitivos para os produtos.

O desafio para 2025 será manter essa sinergia enquanto se trabalha para regular a produção e atender às variações do mercado. A união entre os agentes do setor será essencial para colher frutos positivos e continuar a trajetória de crescimento já iniciada.

São Paulo: Aliando Controle e Sustentabilidade

Em São Paulo, 2024 terminou com uma produção de carne de frango sob controle, exportações estáveis e uma boa dinâmica de mercado interno. A avicultura de corte tem defendido que este equilíbrio deveria ser uma característica permanente no setor, conforme mencionado por Erico Pozzer, presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA). Esse controle é vital para evitar oscilações que afetam a cadeia produtiva.

No entanto, a situação do setor de ovos é mais crítica, com uma alocação que resulta em sobreoferta, cabendo aos produtores adequar a produção à demanda para evitar perdas. As perspectivas para o próximo ano são de melhoria, com um foco claro na organização e na racionalização da produção.

Goiás: Luz no Horizonte para o Crescimento

A avicultura goiana tem mostrado um crescimento contínuo, destacando-se como um dos maiores players do país. Marcos Barcellos Café, presidente da Associação Goiana de Avicultura (AGA), revela que, com um faturamento superior a 10 bilhões de reais e presença em mais de 70 países, Goiás já se posiciona como quarto maior produtor de frangos do Brasil. O segmento de postura também não fica atrás, destacando-se no mercado nacional.

A perspectiva positiva se deve à infraestrutura logística e de biosseguridade encontrada no estado, que permite uma produção eficiente e segura. O comprometimento com a inovação e a capacidade de resposta rápida às exigências do mercado serão determinantes para que Goiás continue a avançar e a expandir sua participação no setor avícola.

Conclusão: O Futuro da Avicultura Brasileira

Com um panorama repleto de desafios e oportunidades, a avicultura brasileira se posiciona de forma assertiva para o futuro. A colaboração entre os diversos elos da cadeia produtiva, a adoção de tecnologias inovadoras e um olhar atento ao mercado interno e externo são fundamentais para garantir que o setor continue a prosperar. O ano de 2025 promete ser um período de crescimento moderado, mas com a certeza de que cada região está armada com as ferramentas necessárias para fazer frente aos desafios e não apenas sobreviver, mas florescer.





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