Consolidação 2024 – Exportações de carne suína crescem 10% e registram recorde em 2024
As exportações de carne suína do Brasil atingiram um novo marco em 2024, com um aumento significativo de 10% em comparação ao ano anterior, totalizando 1,352 milhão de toneladas. Essa cifra não só demonstra a robustez do setor como também assinala um crescimento nas receitas, que superaram pela primeira vez a marca de US$ 3 bilhões. Abaixo, exploramos os principais detalhes desse resultado positivo, as análises do setor e as previsões para o ano seguinte.
Crescimento nas Exportações de Carne Suína
O relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) revela que as exportações brasileiras de carne suína em 2024 totalizaram 1,352 milhão de toneladas, um aumento de 10% em relação ao volume de 1,229 milhão de toneladas registrado em 2023. Este crescimento reflete a crescente demanda internacional e a qualidade do produto brasileiro, que continua a conquistar mercados exigentes ao redor do mundo.
A ABPA atribui esse aumento à diversificação dos mercados compradores e ao sucesso das campanhas de promoção do produto. Na análise de Ricardo Santin, presidente da ABPA, a combinação de esforço no aumento da capilaridade das exportações e a adaptação às exigências de diferentes países foi fundamental para alcançar esse novo recorde.
Receitas Superando a Marca de US$ 3 Bilhões
Para além do volume exportado, as receitas com as exportações de carne suína em 2024 alcançaram um impressionante total de US$ 3,033 bilhões, marcando uma alta de 7,6% em comparação aos US$ 2,818 bilhões do ano anterior. Essa performance financeira demonstra que, não apenas a quantidade, mas a qualidade e o valor agregado da carne suína brasileira estão em alta no mercado internacional.
A forte demanda de países da Ásia e das Américas impulsionou este crescimento, refletindo a valorização do produto. Além disso, a ABPA destaca que a receita superaram a marca de US$ 3 bilhões pela primeira vez, evidenciando a resiliência e o potencial de expansão do setor.
Desempenho Mensal e Tendências Futuras
No fechamento do ano, os embarques de carne suína em dezembro totalizaram 109,5 mil toneladas, uma redução de 1,3% comparado ao mesmo mês de 2023. No entanto, o valor gerado com essas exportações mapeou um avanço expressivo de 11,6%, totalizando US$ 258,3 milhões. Este fenômeno de aumento da receita em um cenário de diminuição do volume indica uma melhoria nos preços e talvez uma mudança na preferência dos compradores por produtos de maior qualidade.
Com a expectativa de continuidade no crescimento das exportações, as projeções para 2025 permanecem otimistas. Santin garante que as condições do mercado, a diversificação dos destinos e as tendências de consumo favoráveis sustentam um panorama promissor para o setor de carne suína brasileiro.
Principais Destinos de Exportação
Entre os principais destinos das exportações de carne suína brasileira, as Filipinas lideraram em 2024, registrando 254,3 mil toneladas, um crescimento impressionante de 101,8% em relação ao ano anterior. A China, que tradicionalmente é um dos maiores importadores, enfrentou uma queda de 38%, exportando 241 mil toneladas, refletindo mudanças na demanda por produtos locais e ajustes na oferta.
Outros países também apresentaram desempenhos notáveis, como o Chile, que cresceu 29,1% e atingiu 113 mil toneladas, e o Japão, com um impressionante aumento de 131,6%, atingindo 93,4 mil toneladas. Essa diversidade nos destinos demonstra a adaptabilidade da indústria e a capacidade de atender a diferentes mercados internacionais com exigências distintas.
Estados Brasileiros em Destaque
Em termos de desempenho regional, Santa Catarina se destacou como o maior exportador de carne suína do Brasil, com 730,7 mil toneladas, um aumento de 10,1% em relação ao ano anterior. O Rio Grande do Sul e o Paraná também mostraram resultados positivos, exportando 289,9 mil toneladas e 185,5 mil toneladas, respectivamente. Essas regiões têm se beneficiado de investimentos em tecnologia e na melhoria das práticas de criação e processamento, o que tem contribuído para elevar a produtividade e a qualidade do produto final.
Outros Estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também apresentaram crescimentos significativos, solidificando a posição do Brasil como um dos maiores exportadores de carne suína no cenário global. Essa ampla distribuição mostra que o setor não é apenas uma incumbência de poucos, mas um esforço conjunto de várias regiões, cada uma contribuindo para o sucesso do todo.
Perspectivas para o Futuro
O panorama para o setor de carne suína em 2025 parece continuar positivo. Segundo a análise de Ricardo Santin, a intenção é manter o fluxo de exportações, especialmente para países asiáticos e da América Latina. A adaptação às necessidades específicas dos mercados e a busca constante por qualidade estão entre as chaves para o crescimento contínuo da indústria.
Além disso, a ABPA está atenta às tendências de sustentabilidade e bem-estar animal, que estão se tornando cada vez mais relevantes nas decisões de compra globais. Os passos dados nessa direção poderão abrir ainda mais portas para a carne suína brasileira no exterior, consolidando sua imagem como um produto de qualidade e ético.
Com todos esses elementos em consideração, não há dúvidas de que o Brasil se posiciona fortemente no mercado global de carne suína. A união de volume, receita e o comprometimento com práticas sustentáveis garantirá não só a relevância do setor, mas também sua competitividade nos anos vindouros.
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