Revolução Suína: Brasil Leva Genética de Alto Nível para a Colômbia e Transforma Criação de Porcos!

Revolução Suína: Brasil Leva Genética de Alto Nível para a Colômbia e Transforma Criação de Porcos!

A Importância da Exportação Aérea de Suínos Reprodutores de Alta Genética

No último dia 19 de janeiro de 2023, o Brasil fez uma conquista significativa ao realizar sua primeira exportação aérea de suínos reprodutores de alta genética para a Colômbia. Esta operação, que envolveu um processo complexo de importação e exportação, foi liderada pela Granja Elite Gênesis, uma empresa da Agroceres PIC, com sede em Paranavaí, no Paraná. O evento não apenas marca um novo capítulo na história da suinocultura brasileira, mas também ressalta o potencial do país no mercado de genética animal, que é um dos setores mais promissores da agropecuária nacional.

A implementação desse protocolo de exportação, especialmente via aérea, revela a importância do Brasil no fornecimento de genética suína de alta qualidade, um aspecto fundamental para o desenvolvimento de uma produção pecuária mais eficiente e lucrativa. A operação, que se alinha aos padrões internacionais, visa não apenas a expansão dos mercados, mas também o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e Colômbia, gerando novas oportunidades de negócios e investimentos.

Ajustes e Preparativos para a Exportação

O processo de exportação exigiu uma série de ajustes e adaptações nos procedimentos que se estenderam por dois anos. Para garantir que tudo estivesse em conformidade com as normas internacionais e as exigências sanitárias, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) articulou diversos atores, incluindo importadores, representantes legais e órgãos anuentes, como a Receita Federal e a Anvisa. O foco desses ajustes foi a criação de um protocolo ágil e eficiente, inspirado em modelos que já haviam demonstrado sucesso anteriormente, como o utilizado para a importação de vacinas contra a Covid-19.

Um dos principais objetivos dessa articulação foi minimizar o tempo de “desembaraço” das cargas importadas. Antes das reformas, a liberação de grandes quantidades de suínos reprodutores poderia levar até 24 horas. Agora, com o novo processo otimizado, esse tempo foi reduzido para apenas 8 horas, o que representa uma evolução significativa para a logística envolvida na tratativa de animais de alto valor genético.

Segurança e Bem-Estar Animal na Importação

Outro aspecto crucial na exportação de suínos reprodutores é a ênfase na segurança e no bem-estar animal. De acordo com Rita Lourenço, chefe do Vigiagro de Viracopos, os suínos, devido às suas características biológicas, são altamente sensíveis a condições climáticas adversas. De fato, a exposição a temperaturas extremas ou umidade inadequada pode afetar gravemente a saúde desses animais e comprometer seu potencial genético. Por isso, a eficácia na conferência e liberação rápida dessas cargas é vital para reduzir o risco de mortalidade e garantir que os animais cheguem em perfeita condição aos seus destinos finais.

Os suínos importados eram provenientes de quarentenas rigorosas nos Estados Unidos e no Canadá, de acordo com as normas sanitárias oficiais. Ao chegarem ao Aeroporto Internacional de Viracopos, os animais passaram por um processo meticuloso de controle sanitário antes de serem transportados para a Estação Quarentenária de Cananéia. Nesse local, sob a supervisão do Mapa, os suínos ficaram em observação antes de serem liberados, assegurando que não houvesse riscos sanitários envolvidos na importação.

Uma Parceria Público-Privada para Garantir a Qualidade

Um dos elementos-chave que possibilitaram o sucesso dessa operação foi a parceria público-privada estabelecida na Estação Quarentenária de Cananéia. Essa colaboração envolve a Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (Abegs), que fornece o aporte financeiro necessário, e a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), responsável pela avaliação genética e genealógica dos animais. O Mapa, por sua vez, representa o Governo Federal, reforçando a importância do setor público no suporte ao desenvolvimento da suinocultura.

A parceria, que existe desde 2016, possibilitou a ampliação e adaptação das instalações da estação quarentenária, tornando-as mais confiáveis e adequadas para receber animais importados. Em novembro de 2021, essas melhorias se tornaram cruciais para o recebimento de grandes contingentes de matrizes suínas, com o objetivo de garantir a sua saúde e qualidade genética.

Resultados da Importação

O desfecho desse trabalho conjunto já é visível e promissor. De março a setembro de 2023, cerca de 7.500 suínos reprodutores de alta genética chegaram ao Brasil em oito voos, destinados a duas das principais empresas do ramo: Agroceres PIC e Topigs. Essa quantidade significativa de matrizes importadas em um único ano é histórica e demonstra o potencial do Brasil para se tornar um fornecedor global de genética suína de qualidade.

As importações não apenas fortalecem os plantéis das empresas envolvidas, mas também oferecem a oportunidade de incrementar a genética dos rebanhos nacionais, permitindo que os suinocultores brasileiros façam uso de tecnologias avançadas e cumpram os padrões mais exigentes do mercado internacional. Tal desenvolvimento representa um grande passo em direção à modernização da suinocultura no Brasil.

O Futuro da Suinocultura Brasileira no Cenário Global

A capacidade do Brasil de exportar suínos reprodutores de alta genética não é apenas uma vitória para os produtores brasileiros, mas também um reconhecimento da qualidade do trabalho realizado por toda a cadeia produtiva. À medida que o país se posiciona como um ator relevante no mercado internacional, surgem novas oportunidades para a exportação de produtos e tecnologias relacionados à suinocultura.

Além disso, a melhoria contínua dos processos de importação e exportação, aliada ao rigor nas práticas de bem-estar animal e controle sanitário, apresentará ao Brasil uma oportunidade única de se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. A evolução na genética suína é um fator crítico que pode impactar positivamente a produtividade e a sustentabilidade do setor agrícola brasileiro.

Considerações Finais

A primeira exportação aérea de suínos reprodutores de alta genética para a Colômbia é um marco que simboliza o potencial inexplorado do Brasil no segmento de genética animal. O resultado dessas articulações demonstra que, com uma abordagem colaborativa entre o setor público e privado, é possível alcançar resultados significativos em tempo reduzido.

Como sul-americanos, temos a responsabilidade de zelar pela qualidade dos nossos produtos e proteger nosso patrimônio genético. O caminho está aberto, e o Brasil tem tudo para se tornar um dos líderes mundiais na genética suína. Com isso, avança não apenas a produção local, mas também a economia do país, reforçando a importância da suinocultura como um motor de desenvolvimento rural e inovação.





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