Contexto Geral sobre os Roubo de Cargas no Brasil
O roubo de carga é uma questão crítica no Brasil, impactando diretamente a segurança das estradas e a economia do setor de transporte. Em 2024, a situação tornou-se alarmante, com a região Sudeste registrando 83% dos prejuízos relacionados a este crime. São Paulo, como sempre, lidera essa estatística com 45,8%, enquanto o Rio de Janeiro, embora esteja em segundo lugar com 25%, apresentou um aumento percentual significativo nas ocorrências de roubo em comparação ao ano anterior.
Os dados mais recentes do relatório “Análise de Roubo de Cargas” desta ano, produzido pela nstech, ressaltam a gravidade da situação. Comparando-se com 2023, houve um aumento nos roubos no Rio de Janeiro, que subiram de 18,9% para 25%. Essa tendência de aumento de sinistros deve ser uma preocupação não apenas para os entes envolvidos diretamente no transporte, mas para a sociedade em geral, considerando o impacto econômico e social.
Distribuição dos Prejuízos por Região
A análise detalha como os prejuízos de roubo de carga se distribuem pelo território brasileiro. A região Sudeste, com 83,6% dos sinistros, destaca-se, seguida pelo Nordeste, que representa 11,7% dos casos. As demais regiões, incluindo Sul (2%), Centro-Oeste (1,8%) e Norte (0,9%), continuam a enfrentar uma situação menos crítica, mas ainda assim preocupante.
Particularmente, o Sudeste demonstra um padrão de incidência que se aproxima ao ano anterior, exceto pelo Sul, que viu uma redução drástica de 6,5% para apenas 2%. Essa mudança gera uma discussão sobre as estratégias de segurança e proteção de cargas na região e uma necessidade urgente de ações mais efetivas para combater essa crescente criminalidade.
Aumento no Prejuízo no Estado do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro, apesar de estar em segundo lugar, apresenta dados alarmantes. A suba de 18,9% para 25% nos prejuízos em 2024 necessitam de uma avaliação mais atenta. O fato de que, em determinados períodos durante o ano, o número de sinistros ultrapassou o de São Paulo (45,8% contra 36,6%) indica uma mudança de cenário perigosa e refletida na natureza desafiadora das operações logísticas no estado.
Esse aumento no percentual de roubo impacta não só os grandes transportadores, mas, principalmente, os motoristas autônomos e pequenas transportadoras que, muitas vezes, não possuem redes de segurança robustas como o seguro de cargas, suportando assim um peso financeiro insuportável em caso de perdas.
A Eficiência das Medidas de Prevenção e Gestão de Riscos
Dados da nstech mostram que, em 2024, foram geridos mais de R$ 2,1 trilhões em cargas, e a taxa de sinistros evitados e recuperados atingiu 74%. Isso demonstra a eficácia das ações e investimentos nas áreas de pessoas, processos e tecnologia. A análise de dados se mostrou crucial para melhorar as previsões sobre a ocorrência de sinistros, permitindo que as empresas de logística possam atuar de forma mais assertiva na prevenção de crimes.
Além disso, a sinistralidade, que é a relação entre prejuízos e valores gerenciados, teve uma redução recorde de 32%. Essa redução representa uma conquista e, mais importante, um indicativo de que as estratégias sendo implementadas estão buscando atender à demanda dos clientes e do mercado securitário, onde a proteção dos bens é fundamental.
Análise dos Momentos e Locais mais Críticos para Roubo de Carga
A análise do momento do dia em que os roubos acontecem é fundamental. Em termos gerais, o roubo de cargas concentra-se na madrugada e nos horários noturnos, somando 57,4% das ocorrências. No entanto, o Rio de Janeiro apresenta um padrão diferente, com maior incidência nas tardes de segundas-feiras, o que sugere comportamentos diferentes entre os criminosos e um foco em determinados horários que poderiam ser monitorados mais rigorosamente.
Em São Paulo, a concentração dos roubos se torna alarmante às noites, com 41,5% dos incidentes ocorrendo nesse período, e um aumento considerável da sinistralidade nas segundas-feiras, que subiu de menos de 15% para 26,8%. Essa informação sugere uma necessidade urgente de estratégias de segurança focadas, especialmente nas rotas mais frequentemente utilizadas por caminhoneiros e transportadoras.
Tipos de Cargas Mais Visadas e Seus Impactos
Em 2024, as cargas fracionadas e produtos alimentícios foram as mais visadas pelos criminosos, reunindo 72,5% dos prejuízos totais, uma alta em relação a 2023, quando esse índice era de 66,7%. Os eletrônicos, que ocupavam a terceira posição, tornaram-se menos atrativos para os bandidos, enquanto outros produtos, como cigarros, perderam representatividade no ranking de sinistros, concentrando apenas 2,5% do total.
Com essa mudança, a necessidade de ter uma estratégia de proteção eficiente para as cargas se torna ainda mais evidente, principalmente para as operações que lidam com produtos alimentícios e cargas fracionadas, que são notoriamente utilizados em áreas urbanas, onde costuma haver maior concentração de roubos.
A Vulnerabilidade das Estradas e Trechos Urbanos
Os dados coletados demonstram que as áreas urbanas representam as regiões mais vulneráveis, com 34,1% dos prejuízos ocorrendo nessas áreas. Detalhando, as rotas RJ x RJ e SP x SP apresentam as maiores % de perdas. E, de forma alarmante, a rodovia BR-116 dobrou sua participação no percentual de prejuízos, passando de 6,1% para 12%. A segurança nas estradas permanece ameaçada, e a maior vulnerabilidade nos trechos urbanos destaca a necessidade de uma resposta rápida e robusta.
Os trechos mais críticos, como o SC x SP, que representa 14,8% dos prejuízos nesta rodovia, assim como a BR-101, que atingiu 7%, revelam que é urgentemente necessário promover uma maior vigilância e um reforço na segurança pública nas áreas de maior incidência. Esta questão não impacta apenas o setor de transporte, mas também a economia do país como um todo.
Conclusão: Caminhos para um Futuro mais Seguro
Os investimentos continuados da nstech em tecnologias de cadastro de motoristas, monitoramento de cargas e a implementação de sistemas baseados em Inteligência Artificial e Machine Learning se mostram fundamentais para a luta contra o roubo de cargas. Com a obtenção de dados e a análise deles, a expectativa é melhorar continuamente os índices de sinistralidade e trazer segurança para operações logísticas.
O mercado transportador se vê diante de um desafio que vai além da simples proteção material. É preciso que se busquem aliados na tecnologia e em sistemas inovadores que garantam não apenas a luta contra a criminalidade, mas também a melhoria na qualidade de vida do profissional do transporte e a integridade dos bens que circulam nas estradas do Brasil. Assim, o compromisso continua não só em prevenir perdas, mas também em garantir que cada motorista e cada carga cheguem ao seu destino de forma livre e segura.
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