Sopradoras: Mercado começa a avaliar a substituição do sistema hidráulico pelo elétrico

Sopradoras: Mercado começa a avaliar a substituição do sistema hidráulico pelo elétrico
Plástico Moderno, Primeira sopradora híbrida da Pavan Zanetti, lançada em maio

Primeira sopradora híbrida da Pavan Zanetti, lançada em maio

A polêmica já instalada no setor de injeção de plásticos deve começar em breve a perturbar também a fabricação de peças plásticas por sopro. Na hora de comprar uma injetora, muitos usuários avaliam cuidadosamente qual o melhor tipo de máquina para equipar sua linha de produção. Vale a pena investir em uma hidráulica, de menor custo, ou em uma elétrica, mais cara, mas com características de desempenho vantajosas? Ou a melhor saída é escolher a híbrida, alternativa próxima do meio termo?

Plástico Moderno, Zanetti: grande receptividade anima a ampliar linha híbrida

Zanetti: grande receptividade anima a ampliar linha híbrida

Vale lembrar que, em qualquer atividade industrial, a competitividade está se tornando fator crucial. Contar com equipamentos avançados, capazes de oferecer condições de reduzir custos ao mínimo por unidade produzida, está se tornando uma questão de sobrevivência. “Levando-se em conta que no sopro o custo da matéria prima representa em média de 60% a 70% da peça, resta de 30% a 40% em que se pode obter alguma economia”, explica Newton Zanetti, diretor comercial da Pavan Zanetti, empresa que lançou seu primeiro modelo híbrido durante a última Feiplastic.

Por isso, para ele, máquinas com maior capacidade de produção, que economizam energia elétrica e permitem a obtenção de peças com menor uso de material, são para lá de bem vindas. “As máquinas totalmente elétricas ou as híbridas, além da redução energética, trabalham com ruído mais baixo. Podem ser mais produtivas desde que o projeto vise a isso”. Outra vantagem, nada desprezível em momento no qual os cuidados ambientais são muito valorizados, é a da máquina elétrica não consumir óleo hidráulico. A híbrida tem consumo de óleo hidráulico reduzido.

Zanetti fala sobre os diferentes momentos vividos no mercado brasileiro e no exterior. Nos países mais avançados, os transformadores estão à frente. Lá, o uso da máquina hibrida já perdeu um pouco o encanto. “Em geral ou se usam as hidráulicas, de menor preço, ou as totalmente elétricas”. Por aqui, estamos atrasados. Ainda reinam absolutos os modelos hidráulicos e as híbridas podem se transformar na bola da vez. “O alto custo dos equipamentos elétricos e a qualidade da energia fornecida em determinadas regiões do país, sujeita a picos, quedas e de baixa qualidade, são fortes obstáculos para a aceitação das totalmente elétricas. Espero que esse cenário se altere em futuro não muito distante”, disse.

Plástico Moderno, Reis: Romi promete lançar sopradora totalmente elétrica

Reis: Romi promete lançar sopradora totalmente elétrica

“Semelhante ao ocorrido com o mercado das injetoras, há uma tendência para o desenvolvimento de sopradoras híbridas e elétricas para o mercado brasileiro”, reforça William dos Reis, diretor da unidade de negócios de máquinas para plásticos da Romi, outro dos principais fabricantes brasileiros do equipamento. Ele também reconhece o atraso entre os transformadores brasileiros.

Reis garante que a Romi está trabalhando para dar um passo adiante nessa direção. “Os desenvolvimentos de máquinas para plásticos na Romi contemplam os modelos elétricos. Em breve estaremos divulgando maiores detalhes sobre os nossos projetos”, promete. O diretor lembra que, no seguimento de injetoras, a empresa oferece a série Romi EL, dotada de acionamentos elétricos e que conta com versão para ciclo rápido.

Bem-vinda – A máquina híbrida lançada pela Pavan Zanetti fez sucesso entre os visitantes da Feiplastic. De acordo com o diretor comercial, o fato de contar com acionamentos com reposição e fabricação nacional, de ser mais barata, ter menor custo de manutenção e suportar a variação da energia elétrica foi comentado de maneira positiva.

Para ele, existe forte preocupação entre os clientes sobre a necessidade de se investir em máquinas mais produtivas. O transformador médio, no entanto, tem dificuldades para investir em máquinas elétricas. Por isso, a estratégia da empresa. “As híbridas surgem como opção vantajosa e apresentam preço mais adequado ao orçamento das empresas”, salientou.

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