Tampinha Legal promove a cadeia produtiva do plástico

Tampinha Legal promove a cadeia produtiva do plástico


Tampinha Legal: Promovendo a Circularidade do Plástico

De grampos de cabelo a sapatos, de xícaras de café a satélites, o plástico continua sendo um dos materiais mais usados pela indústria em todo o mundo. É certo que os derivados de petróleo continuarão sendo usados por muito tempo, já que oferecem baixo custo, leveza e múltiplas características.

Com o intuito de mostrar que é possível criar uma cadeia circular de produção desses materiais, o Instituto SustenPlást promove, há sete anos, o programa Tampinha Legal.

Programa de circularidade que atende metas e objetivos

De acordo com a gerente do Instituto SustenPlást, Simara Souza, o Tampinha Legal atende aos quesitos de ESG, Logística Reversa e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), preconizados pela ONU, desde 2015.

Com esse programa, as entidades assistenciais podem adquirir medicamentos, alimentos, equipamentos, ração animal e material escolar. Além de custear exames de saúde humana e animal, melhorias em suas sedes e diversos outros itens.

Souza destaca que o Instituto SutenPlást é a forma pela qual a indústria de reciclagem de plástico se coloca a serviço da sociedade. “Ainda existe um desalinho da sociedade quanto ao conhecimento relativo ao material plástico. Escolhemos as tampinhas, recolhidas por mãos voluntárias, para que as pessoas percebam que é possível tratar corretamente esse tipo de resíduo, gerando uma cadeia produtiva circular e de maior valor agregado”, explica.

Em Minas Gerais, onde está há três anos, o projeto já recolheu mais de 1,2 milhão de unidades. Somando 2,3 toneladas de tampinhas plásticas e arrecadou R$5.233,28.

Nesse sentido, as tampas entregues por particulares em pontos de coleta identificados como participantes do projeto sob responsabilidade das entidades beneficiadas.

Partindo disso são separadas por cor e classificadas de acordo com instruções do Tampinha Legal e enviadas para um entreposto onde o material será pesado e calculado o valor a ser recebido, por meio do aplicativo do programa. A partir disso, será a vez do reciclador local parceiro fazer a coleta.

Nenhum dos participantes da cadeia paga para participar do projeto. Isso porque, o Instituto é bancado pelas empresas de reciclagem mantenedoras da iniciativa.

Próximo passo para se aproximar da circularidade

O Tampinha legal já gera frutos. O próximo passo é o projeto “Copinho Legal”, que segue a mesma lógica – recolhendo também pratos e talheres descartáveis – e já está rodando no Rio Grande do Sul.

Sobretudo, os dois projetos se inspiram em iniciativas em que o Brasil tem destaque mundial como o programa de reciclagem do alumínio, que apresenta índices que ultrapassam a marca de 98%.

A cadeia produtiva do plástico também tem um “case de sucesso planetário” para chamar de seu: a reciclagem das embalagens de insumos agrícolas.

Já que 94% das embalagens plásticas de insumos agrícolas colocadas no mercado tem recolhimento, tratamento, reciclagem e, desse total, 93% tornam a embalagens perfeitas. Assim, atendendo todas as normas técnicas de segurança e usabilidade.

Tudo isso acontece por meio do Sistema Campo Limpo, que é o programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas, gerido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias.

Souza finaliza: “Escolhemos atuar junto às pessoas físicas porque a indústria já tem uma regra robusta estabelecida sobre a destinação de resíduos”.

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