Temas em alta impulsionam programação da Feira K 2025

Temas em alta impulsionam programação da Feira K 2025
Temas quentes movimentam a programação da Feira K 2025

De 8 a 15 de outubro de 2025, Düsseldorf, na Alemanha, recebe a K 2025, maior feira global dedicada às cadeias de plástico e borracha. Os pavilhões reúnem fabricantes de máquinas, transformadores, produtores de resinas, fornecedores de aditivos, desenvolvedores de software industrial e uma ampla rede de serviços técnicos. O evento acontece a cada três anos e volta a acelerar agendas de compra, atualizações de planta e fechamento de parcerias.

A edição anterior, em 2022, registrou 177.486 visitantes, número que dimensiona o interesse por processos, materiais e métricas de eficiência. Em 2025, os corredores destacam demonstrações ao vivo, linhas de produção completas e fóruns temáticos. A organização aponta “Temas Quentes” que orientam a programação: digitalização de chão de fábrica, novos materiais, reprocessamento com controle de qualidade, automação e integração entre fornecedores.

O que acontece nos pavilhões entre 8 e 15 de outubro

A feira ocupa vários halls com rotas que conectam injeção, extrusão, sopro, termoformagem, reciclagem mecânica, impressão 3D, metrologia, controle de processo e ferramentaria. Em cada área, expositores montam células completas, do recebimento de matéria‑prima ao controle final. As apresentações destacam tempos de ciclo, consumo específico, estabilidade dimensional e repetibilidade de cor e aparência superficial.

O público encontra painéis curtos ao longo do dia com cases de campo, comparativos de produtividade e atualizações de normas aplicadas a embalagem, automotivo, eletroeletrônicos, construção e dispositivos médicos. A agenda prioriza demonstrações práticas com dados coletados em tempo real. Em paralelo, fóruns setoriais reúnem fornecedores e usuários para discutir padrões de interoperabilidade e caminhos de qualificação de mão de obra.

Temas quentes: digitalização e fábrica conectada

A digitalização aparece como eixo comum nos estandes de máquinas, periféricos e softwares industriais. Fabricantes demonstram integração entre injetoras, extrusoras, termorreguladores, robôs cartesianos e sistemas de visão por meio de protocolos abertos e dashboards em nuvem. O objetivo é extrair dados confiáveis da linha para aumentar OEE, reduzir paradas não programadas e padronizar a qualidade do lote.

Entre as funções mais exibidas estão manutenção preditiva baseada em vibração e assinatura elétrica, ajuste automático de parâmetros conforme variações do lote e rastreabilidade de peça com código único. Nos corredores, programadores mostram como estruturar tags de processo, configurar limites de controle estatístico e transformar relatórios em planos de ação. Em muitos casos, o visitante acompanha a curva de aprendizado da máquina durante a própria demonstração, do setup inicial ao ciclo estável.

O que observar nas demonstrações de injeção e extrusão

Nas células de injeção, vale acompanhar o tempo de ciclo, a pressão máxima de injeção, o perfil de velocidade, o tempo de resfriamento e a variação de peso de peça. Em moldes multicavidade, a uniformidade de enchimento entre cavidades é um bom indicador do ajuste de processo. Sistemas de controle de canais quentes, extração de ar e segurança de molde também fazem diferença na estabilidade ao longo do dia de feira, quando o equipamento é submetido a trocas constantes de material e cor.

Na extrusão, acompanhe taxa de produção em kg/h, consumo específico em kWh/kg, eficiência de desgaseificação e estabilidade do diâmetro ou espessura. Em linhas de folha, filmes e tubos, a calibração do conjunto e a resposta do controle de espessura por medição online ajudam a entender o nível de automação. Em compostagem, filtros autolimpantes, degas de alta eficiência e dosagem gravimétrica são pontos de atenção para quem busca produtividade com repetibilidade.

Materiais e aditivos em destaque nos corredores

Produtores de resinas e casas de compostos apresentam novas famílias e grades ajustadas a desempenho mecânico, térmico e estético. Poliolefinas ganham soluções para rigidez com impacto controlado, fluidez otimizada e estabilidade dimensional. Em engenharia, PA, PC, PBT, POM e blends aparecem com modificadores de impacto, estabilização térmica e reforços de fibra para peças estruturais que exigem durabilidade e boa processabilidade.

Aditivação segue como área estratégica. Dispersantes, compatibilizantes, deslizantes, nucleantes e estabilizantes de processo são apresentados com gráficos de torque, curva reológica e comparativos de aparência. Masterbatches para efeito visual, proteção UV, opacidade controlada e alto brilho dividem espaço com concentrados funcionais para barreira, retardância a chama e condutividade. O visitante encontra amostras reais e relatórios de laboratório com ensaios de tração, impacto, dureza, HDT e MFI/IV.

Reprocessamento: qualidade de matéria‑prima secundária sob lupa

Linhas de reprocessamento exibem etapas completas de preparo, lavagem, secagem, separação, extrusão, desgaseificação e filtração. A meta é obter pellets com variação reduzida de viscosidade, baixo teor de voláteis e odor controlado. Em PET, a discussão gira em torno de IV estável e decontaminação eficiente. Em poliolefinas, são comuns comparativos de MFI antes e depois da extrusão, além do efeito de diferentes malhas de filtro na presença de contaminantes.

Sistemas de classificação por NIR e visão artificial demonstram como separar frações com maior pureza, o que impacta diretamente a produtividade no processamento posterior. Dosadores gravimétricos, misturadores e controladores de temperatura ajudam a compensar variações de lote e manter propriedades dentro de faixa. O visitante vê, na prática, como a combinação de preparação adequada e automação reduz retrabalho, perdas e oscilações de qualidade.

Automação, robótica e inspeção de qualidade em alta

Robôs colaborativos e cartesianos realizam retirada de peça, rebarbação, montagem e paletização com segurança e velocidade. As células utilizam sensores de força, garras de vácuo com controle de fluxo, troca rápida de ferramenta e rotas otimizadas para reduzir segundos do ciclo. Em rotulagem no molde e impressão direta, os sistemas de posicionamento e a aderência do conjunto peça‑rótulo são avaliados visualmente por câmeras de alta resolução.

A inspeção por visão cresce com algoritmos que detectam riscos, bolhas, contaminação pontual e variação de brilho. Softwares geram mapas de calor e índices numéricos para facilitar a decisão em linha. Para peças técnicas, a metrologia 3D por escaneamento e comparação com CAD aparece integrada ao fluxo de aprovação. O resultado é um conjunto de ferramentas voltadas a estabilidade, produtividade e previsibilidade de entrega.

Atrações especiais: do palco às áreas ao ar livre

Um dos destaques é o show “Plásticos Moldam o Futuro”, produzido pela associação da indústria química e de plásticos na Alemanha. A proposta é traduzir, em demonstrações rápidas, como o material se conecta a aplicações do dia a dia. O público vê protótipos, painéis com engenheiros e relatos de empresas que implementaram melhorias em escala fabril. O conteúdo é pensado para quem busca entender escolhas de design, ciclos de vida de produto e requisitos de validação.

O fórum do VDMA ocupa área ampla, com máquinas operando ao ar livre e palestras técnicas em sequência. Fabricantes de equipamentos discutem atualização de linhas existentes, retrofits com novos módulos de controle e ganhos práticos de produção. A programação costuma alternar apresentações de 20 a 40 minutos com sessões de perguntas. É um espaço útil para profissionais que desejam comparar abordagens e esclarecer detalhes diretamente com os engenheiros responsáveis.

Zona de startups: ideias, pilotos e conexões rápidas

A área dedicada a startups cresce em metragem e visibilidade. Jovens empresas apresentam soluções de software industrial, novas rotas de processamento, sensores específicos para polímeros e serviços de engenharia por demanda. Muitas propostas nascem validadas em pilotos e se apresentam com indicadores de ganho em setup, redução de refugo e padronização de lote. É um ambiente propício para testes rápidos e parcerias com fabricantes estabelecidos.

Investidores e gestores de P&D usam o espaço para mapear tendências com impacto de curto prazo. Alguns estandes trazem integrações com plataformas que o visitante encontra em outros pavilhões, o que facilita o entendimento do encaixe técnico. O caminho típico é marcar reuniões curtas, avaliar demonstrações e seguir para visitas técnicas mais detalhadas durante a semana. Assim, o público organiza a agenda e otimiza deslocamentos.

 Colorfix na feira K

Métricas que fazem diferença na hora de decidir compras

Com tantas novidades, escolher o que visitar e como comparar propostas vira tarefa central. Em máquinas, anote consumo específico (kWh/kg), tempo de ciclo, repetibilidade de peso, estabilidade dimensional e tempo médio entre falhas. Em periféricos, avalie capacidade nominal, precisão de controle, tempo de resposta e facilidade de limpeza. Em software, observe tempo de implantação, integração com CLPs e ERPs existentes, formato de dados e custo total de propriedade ao longo de três a cinco anos.

Para materiais, concentre‑se em propriedades que impactam a aplicação real: resistência mecânica, módulo, alongamento, resistência térmica, comportamento ao impacto e estabilidade a longo prazo. Testes em laboratório, certificados e relatórios de comparação ajudam a reduzir riscos de troca de grade. No reprocessamento, confira IV, MFI, teor de umidade, níveis de contaminação e odor. Em todos os casos, peça dados consistentes e, se possível, amostras produzidas com os mesmos parâmetros demonstrados no estande.

Dicas práticas para organizar a visita e ganhar tempo no evento

A K 2025 ocupa área extensa e exige planejamento. Defina objetivos por dia, com foco em linhas de produção específicas. Reserve janelas para reuniões e considere folgas para deslocamento entre pavilhões. Muitas demonstrações acontecem em horários fixos; chegue com antecedência para garantir boa visão da célula e coletar materiais técnicos.

Leve medições e gargalos da sua planta para conversar com engenheiros dos estandes. Apresente o cenário atual, metas e restrições. Isso direciona a conversa para soluções aplicáveis. Se estiver com equipe, divida rotas por tema e combine um encontro no fim do dia para consolidar notas, fotos e dúvidas. Com decisões baseadas em dados, o retorno da viagem tende a ser mais rápido.

  • Priorize três temas por dia. Evite agendas que exijam longos deslocamentos entre pavilhões em sequência.
  • Registre dados de cada demonstração: configuração, matéria‑prima, throughput, consumo, refugo e observações.
  • Marque reuniões curtas de follow‑up para o fim do dia. Confirme pendências e materiais técnicos a receber.
  • Fotografe a placa técnica de máquinas e periféricos. As especificações ajudam a evitar confusão depois.
  • Identifique parceiros de serviço local no Brasil. Assistência próxima reduz tempo de inatividade na implantação.

Como comparar propostas de máquinas e soluções de software

Ao avaliar máquinas, solicite simulações de ciclo com sua geometria de peça e material. Peça a curva de pressão, temperatura, torque e potência ao longo do ciclo. Verifique se a demonstração usa recursos que serão entregues no pacote final. Em softwares, confira se há licença por máquina, por usuário ou por volume de dados. O modelo altera o custo ao longo do tempo. Analise também os requisitos de infraestrutura de rede, segurança e backup.

Para projetos que envolvem integração, um cronograma realista inclui análise de dados, limpeza de bases, treinamento e homologação. Questione o suporte pós‑venda, SLA e canais de atendimento. Em contratos internacionais, defina claramente garantias, prazos de entrega e responsabilidades de importação. A comparação baseada em TCO, e não apenas no preço inicial, evita surpresas e sustenta o payback esperado.

Brasil na K 2025: o que interessa aos transformadores do país

Empresas brasileiras buscam na feira soluções para aumentar produtividade e previsibilidade, pontos críticos em operações com grande variedade de itens. Tecnologias de setup rápido, trocas ágeis de molde e dosagem precisa ajudam a reduzir perdas em lotes menores. Para embalagens, linhas de extrusão de filmes com controle de espessura e resfriamento eficiente chamam atenção, assim como sistemas de medição que permitem ajustes finos em tempo real.

No automotivo e em bens de consumo duráveis, o foco recai sobre materiais com balanço entre rigidez, resistência ao impacto e estabilidade térmica, além de estética consistente. No reprocessamento, soluções para elevar a qualidade do pellet e a constância do lote interessam recicladores e transformadores que utilizam matéria‑prima secundária. A expectativa é voltar ao Brasil com rotas claras de atualização de parque e pacotes de serviço alinhados à realidade local.

Ferramentaria, moldes e manutenção: detalhes que sustentam a produtividade

Nos pavilhões dedicados à ferramentaria, fornecedores exibem aços, tratamentos, sistemas de refrigeração conformal e soluções para canais quentes. A discussão passa por durabilidade, facilidade de manutenção e redução de tempo de setup. Moldes com refrigeração otimizada entregam ciclos menores e peças com menor empenamento. Sistemas de extração e vedação bem dimensionados reduzem falhas e vazamentos, com impacto direto no refugo.

Para manutenção, sensores de condição em eixos, bombas e motores permitem identificar desgaste antes da falha. Softwares de gestão de ativos integram ordens de serviço, estoque de sobressalentes e histórico de intervenções. Em células complexas, a padronização de interfaces, checklists e planos de inspeção evita paradas longas. Esses elementos, muitas vezes discretos, determinam a estabilidade da produção no dia a dia.

Impressão 3D e prototipagem em diálogo com a produção seriada

A manufatura aditiva aparece conectada ao desenvolvimento de produto e à produção. Provedores mostram peças funcionais, gabaritos, insertos de molde com canais de refrigeração complexos e pequenas séries com prazos curtos. O valor está em reduzir tempo entre projeto e validação, com ganhos na preparação de linha. Em materiais, as opções incluem polímeros de engenharia, compósitos e formulações para resistência térmica e química.

A integração com CAD/CAE e ferramentas de simulação permite antecipar ajustes de projeto e evitar retrabalho. Em muitos estandes, o visitante acompanha o ciclo completo: concepção, simulação, peça piloto e aplicação na célula de injeção. Esse fluxo mostra como impressão 3D, moldes e processamento seriado podem atuar de forma complementar, acelerando lançamentos e padronizando processos.

Logística de materiais, secagem e controle de umidade em foco

Periféricos para manuseio e preparo de resinas seguem disputados. Secadores com controle fino de ponto de orvalho, desumidificadores e sistemas de transporte com vácuo constante elevam a consistência do processamento, principalmente em materiais higroscópicos. Silos, válvulas direcionais e traços de linha com identificação clara evitam misturas indesejadas e perdas por contaminação cruzada.

Dosadores gravimétricos e volumétricos apresentam soluções para mistura de masterbatch, aditivos e resina base com variação mínima. Painéis exibem curvas de estabilidade e desvios padrão. Na prática, ajustes bem feitos nessa etapa reduzem variação de cor, pontos e alteração de propriedades. Trata‑se de um investimento com retorno rápido em fábricas que processam múltiplos grades e cores no mesmo turno.

Análise de dados e qualidade: do laboratório à linha de produção

Laboratórios móveis e estandes de metrologia trazem equipamentos para ensaios de propriedades mecânicas, reológicas e térmicas. A ênfase está em converter resultados em parâmetros de processo. Ferramentas de CEP/ SPC, cartas de controle e alarmes por tendência se conectam a supervisórios e apps. Isso permite ajustar antes que o lote saia da faixa especificada, reduzindo refugo e retrabalho.

Na inspeção final, scanners 3D, perfilômetros e espectrofotômetros multiplicam a velocidade de aprovação. Em embalagens, medição de espessura e propriedade de barreira orientam decisões de estrutura. Em peças técnicas, a comparação com CAD e tolerâncias geométricas evidencia desvios. A leitura integrada de dados de laboratório e de processo cria base sólida para auditorias de clientes e qualificação de fornecedores.

Passo a passo para construir um roteiro de visita eficiente

Comece definindo equipar, atualizar ou otimizar. Cada objetivo leva a rotas diferentes na feira. Liste os gargalos da planta e traduza em requisitos técnicos, como redução de ciclo em x%, queda de consumo em kWh/kg, limite de refugo por item e aumento de disponibilidade. Com esse mapa, selecione expositores e painéis que atacam os pontos críticos. O roteiro fica mais enxuto e comparável.

No dia a dia, organize manhãs para demonstrações e tardes para reuniões. Anote contatos e combine visitas cruzadas quando houver integração entre fornecedores. Reserve tempo para as áreas de fóruns, onde debates técnicos trazem detalhes que nem sempre aparecem no estande. Ao final, consolide aprendizados, decisões pendentes e materiais a solicitar. Essa organização sustenta a negociação no pós‑feira.

  1. Defina metas mensuráveis para curto e médio prazo.
  2. Selecione expositores alinhados aos requisitos.
  3. Agende demonstrações com antecedência.
  4. Registre dados e imagens de cada célula visitada.
  5. Confirme condições de assistência técnica e peças.
  6. Planeje visitas técnicas após a feira para validação em campo.

Agenda ao longo da semana: painéis, lançamentos e corredores cheios

Ao longo dos dias, a programação alterna painéis de ênfase técnica e apresentações rápidas de produto. Lançamentos de máquinas e resinas costumam concentrar público no início da manhã e após o almoço. Já as discussões mais longas atraem visitantes especialistas. Em 14 de outubro, penúltimo dia, muitos compradores fecham negociações e garantem condições comerciais. No dia 15, a dinâmica se volta à revisão final de estandes de interesse e à retirada de materiais.

Quem chega aos últimos dias deve ajustar prioridades. É comum que os expositores antecipem horários de demonstração e reduzam sessões repetidas. Vale confirmar no estande os próximos slots e concentrar energia no que impacta diretamente a operação. Com disciplina e dados, dá para aproveitar bem mesmo com agenda apertada.

Cadeia de valor integrada: do polímero ao produto final

A força da K está no encontro entre elos da cadeia. Produtores de polímero discutem disponibilidade de grades e perfis de entrega. Transformadores compartilham desafios reais de produção. Fabricantes de máquinas mostram incrementos que reduzem segundo a segundo do ciclo. Prestadores de serviço completam o desenho com manutenção, metrologia, treinamento e software. A soma permite visualizar soluções end‑to‑end, do insumo à peça no cliente final.

Para quem toma decisão, esse encontro acelera validações. Em um mesmo dia, é possível comparar três rotas de processo, medir desempenho, verificar assistência e sair com um plano de implantação. O networking no corredor gera contatos que muitas vezes destravam ajustes finos e abrem espaços para projetos conjuntos. É um ambiente favorável para construir resultados sustentados por dados e por parcerias técnicas.

Perguntas essenciais para fazer no estande certo

Pergunte sempre qual foi a configuração exata da demonstração e como ela se compara ao seu cenário. Peça limites operacionais e o que muda quando o material oscila. Em máquinas, confirme opções de atualização por software e hardware ao longo do ciclo de vida. Em materiais, verifique janelas de processamento e estabilidade de lote de lote. Em serviços, confirme prazos e escopo do suporte local.

Para projetos de integração, entenda quem lidera a interface técnica e como fica a responsabilidade entre fornecedores. Em automação, explore segurança funcional, tempos de parada e retomada. Em metrologia e visão, questione taxas de falso positivo e falso negativo em condições reais. Essas respostas ajudam a diferenciar o que é demonstração de showroom do que se mantém no chão de fábrica.

Sinais de maturidade tecnológica: como reconhecer no palco e na linha

Soluções maduras costumam apresentar documentação clara, caminhos de implantação definidos e histórico de casos reais. Em digitalização, procure bibliotecas de conectores, protocolos suportados e políticas de segurança. Em máquinas, preste atenção à ergonomia do painel, à navegação intuitiva e à explicação do algoritmo de controle. Em materiais, veja relatórios de ensaio robustos e amostras apresentadas com transparência de parâmetros.

No reprocessamento, é um bom sinal quando o fornecedor demonstra variações de entrada e mostra como o sistema responde. Em automação, observe a estabilidade do robô durante longas sequências e a recuperação após uma parada simulada. Maturidade aparece no detalhe: cabos bem organizados, sensores acessíveis, tela com alarmes explicados e manuais fáceis de consultar. Esses pontos indicam preparo para a rotina da fábrica.

Custos, prazos e logística: o que considerar no pós‑feira

Depois de escolher fornecedores, vem a negociação. Avalie incoterms, prazos de fabricação, embarque e instalação. Combine cronograma de treinamento e aceite de performance. Para equipamentos, considere acessórios e sobressalentes críticos já no pedido. Em software, planeje governança de dados, backups e atualização. Em materiais, alinhe contratos com volumes e faixas de preço. Tudo isso reduz ruídos na implantação.

Na logística, atenção a requisitos de energia, refrigeração, ar comprimido e layout. Faça checagem de infraestrutura com antecedência. Em casos de retrofit, programe parada planejada e equipe dedicada. Defina indicadores de sucesso e metas por fase. Com essa disciplina, os resultados da K 2025 se convertem em ganhos mensuráveis na planta.

Corredores de alto fluxo: onde estão as filas e por quê

Linhas completas operando em tempo real atraem o público. Células com troca rápida de molde, robôs sincronizados e inspeção por visão costumam formar filas nos horários de pico. Outra área concorrida são as apresentações de novos grades com amostras para manuseio e análise. Nesses locais, vale chegar antes, registrar dados e coletar fichas técnicas para comparar depois com calma.

Fóruns com debates entre fornecedores concorrentes também enchem. É a chance de ver abordagens diferentes para o mesmo problema. Para aproveitar, anote prós e contras de cada proposta e leve a conversa para o seu contexto de produção. Essa dinâmica ajuda a formar convicção técnica e a maturar decisões que envolvem investimento e mudanças de processo.

Por que a K segue como referência para quem decide no setor

A K concentra oferta e demanda com profundidade técnica. Os expositores preparam células e equipes para responder dúvidas detalhadas. Os visitantes chegam com metas e saem com dados. A feira opera como vitrine e laboratório, ao mesmo tempo, e favorece decisões informadas. A cada três anos, o setor mede avanços e identifica o que virou padrão e o que ainda está em fase de prova.

Em 2025, a pauta gira em torno de integração digital, reprocessamento com controle rigoroso, automação e materiais com desempenho consistente. O resultado é um mapa claro do que impacta produtividade, qualidade e previsibilidade. Para as empresas, fica a chance de transformar o aprendizado dos corredores em metas de planta e projetos com cronograma, responsáveis e indicadores. É assim que a visita rende no retorno ao Brasil.



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