Transformação de resinas revela otimismo para investir_6050385cac0ff.jpeg

Transformação de resinas revela otimismo para investir

Plástico Moderno, Retomada da produção de automóveis aquece mercado de peças feitas de plástico

Retomada da produção de automóveis aquece mercado de peças feitas de plástico

A expectativa das empresas ligadas à indústria do plástico é otimista. Representantes dos vários segmentos do setor esperam em 2019 acompanhar a prevista recuperação vigorosa do PIB e a melhora no ambiente de negócios. É grande a torcida por um ambiente político que não atrapalhe tanto a economia como nos últimos anos e para a adoção de medidas, por parte do novo governo federal, capazes de impulsionar a retomada da produção e incentivar investimentos.

Plástico Moderno, Roriz: setor crescerá 3% em 2019 e modernizará processos

Roriz: setor crescerá 3% em 2019 e modernizará processos

“Após 2018, que frustrou um pouco as expectativas do setor, esperamos um crescimento na produção de transformados plásticos de aproximadamente 3% em 2019”, explica José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). O dirigente informa que a sondagem feita junto aos empresários do setor revelou boa surpresa. “Há algum otimismo para a realização de investimentos e novas contratações”.

Um dos anseios captados junto aos líderes é o de destinar recursos para modernizar as plantas já existentes, investir em melhorias de processos e produtos ligados à indústria 4.0, tema obrigatório entre as empresas industriais em todo o mundo. Outro aspecto positivo ressaltado é a realização em São Paulo das duas grandes feiras do setor – Feiplastic e Plástico Brasil. “Elas ocorrem em momento oportuno, têm foco em trazer, além de máquinas, soluções globais para a indústria se adequar à nova economia do plástico”.

Os números do desempenho da indústria do plástico no ano passado ainda não foram fechados. A Abiplast estima que a produção física tenha apresentado crescimento de 2% em relação a 2017. O nível de utilização da capacidade instalada, de acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em novembro, estava na casa dos 68%.

“O número está abaixo dos 70%, índice considerado como o mínimo ideal. Temos a estimativa de que somente alcançaremos o nível de consumo aparente de 2015 em 2023, tendo em vista que ainda estamos em fase de recuperação e a indústria de transformados plásticos registrou queda de cerca de 20% entre 2014 e 2016”. Em relação aos empregos, houve crescimento de 3% no ano, o que significa a geração de aproximadamente 9,4 mil novas vagas.

A balança comercial de transformados plásticos se manteve deficitária, resultado considerado normal para o setor. Em 2018, as exportações registraram crescimento em torno de 4%, ficando próximas das 275 mil toneladas, enquanto as importações se aproximaram das 802 mil toneladas, número 17% superior ao do exercício anterior.

Resinas – O otimismo atinge os produtores nacionais de resinas. “As perspectivas para 2019 são positivas, com crescimento acima do PIB industrial brasileiro na produção de todas as resinas em função do cenário econômico de maior confiança”, explica Edison Terra Filho, presidente do Sindicato da Indústria de Resinas Plásticas (Siresp). Para ele, apesar de algumas indefinições no mercado global, espera-se a retomada da economia com crescimento na oferta de crédito e do consumo. “Avaliamos que em 2019 teremos um ambiente favorável de negócios por conta da recuperação da capacidade ociosa de alguns setores industriais que vinham em ritmo mais lento. Esse cenário, associado à expectativa de resultados melhores ao longo do ano, pode incentivar novos investimentos da indústria”.

Até o final do 3º trimestre de 2018 a demanda de resinas apresentou expansão de cerca de 3%, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Boa parte deste crescimento se deu na primeira metade do ano. Em fevereiro, serão divulgados os números consolidados do ano todo. “Acreditamos que eles devam ficar muito próximos desse desempenho”. (Leia mais sobre as perspectivas para as resinas plásticas nesta edição)