O mês de outubro e a celebração da pecuária brasileira
A importância da pecuária para a economia do país
O mês de outubro é um marco para os produtores brasileiros que buscam as melhores práticas para o manejo saudável e consciente na atividade pecuária. Neste mês, celebra-se tanto os animais, no dia 4, quanto a pecuária, no dia 14. Essas datas têm relação direta com um setor fundamental para a economia do país, que é a criação de bovinos, suínos, aves, ovinos e outros. O Brasil se destaca como o maior exportador de carne bovina do mundo, contribuindo para a segurança alimentar de muitos países.
A bovinocultura como destaque nas exportações
A bovinocultura brasileira teve um grande destaque nas exportações no ano passado. Foram exportadas 2,2 milhões de toneladas de carne bovina para mais de 150 países, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Esse número representa 27,96% de toda a produção no país e alcançou um recorde histórico em faturamento para a balança comercial, com US$ 12,97 bilhões, um aumento de 40,8% em relação ao ano anterior. Até o momento, em 2023, o Brasil já exportou quase 1,7 milhão de toneladas de carne bovina.
A projeção de crescimento na avicultura e suinocultura
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) prevê um aumento na produção e na presença internacional da avicultura e suinocultura brasileira em 2023. A produção de carne suína deve alcançar 5,05 milhões de toneladas, um aumento de até 1,5% em relação a 2022. Já a carne de frango deverá alcançar até 14,95 milhões de toneladas produzidas ao longo do ano, um aumento de 3% em relação ao ano passado.
O crescimento da produção de ovos
No setor de ovos, a produção total do país deverá chegar a 52,55 bilhões de unidades em 2023, um aumento de 1% em relação a 2022. O Brasil também tem projeções de aumento nas exportações de ovos, com um total de 32,5 mil toneladas exportadas, um aumento de 240% em relação a 2022, que teve 9,47 mil toneladas exportadas.
Bem-estar animal como foco na atividade pecuária
Além da produção em grande escala, o bem-estar animal é uma preocupação cada vez maior na atividade pecuária brasileira. O país adota diversas práticas e regulamentos para garantir a saúde e o conforto dos animais. Existem leis federais que estabelecem diretrizes, normas e regulamentos relacionados ao transporte, abate e manejo dos animais. Além disso, políticas de controle de zoonoses também são implementadas.
Marina Lima, zootecnista e especialista em sementes e sustentabilidade da empresa Soesp – Sementes Oeste Paulista, destaca que o bem-estar animal não é apenas uma questão de produtividade, mas também uma questão de ética e moral. Ela ressalta que animais saudáveis e bem cuidados resultam em uma produção livre de dor e sofrimento desnecessário.
Na busca pelo bem-estar animal, muitos produtores têm adotado melhorias de infraestrutura, como a instalação de sombreamento, ventilação e acesso à água potável. Além disso, certificações de bem-estar animal garantem que as práticas adotadas estejam de acordo com padrões reconhecidos internacionalmente. O uso de tecnologias modernas, como sistemas de monitoramento e automação, também auxiliam no manejo e acompanhamento das condições de saúde e ambiência dos animais.
A redução de gases na pecuária brasileira
A pecuária brasileira, por ser uma das maiores do mundo, é frequentemente apontada como uma grande emissora de gases do efeito estufa, principalmente o metano. No entanto, é importante destacar que a atividade vem reduzindo a geração de poluentes em uma média anual de 3,9%. Isso se deve a iniciativas sustentáveis implementadas na atividade, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que já ocupa cerca de 17,4 milhões de hectares no Brasil.
Portanto, é fundamental equilibrar a produção de alimentos com o respeito ao bem-estar animal, garantindo que a atividade pecuária continue enfrentando os desafios com sustentabilidade.
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