A revolução da reciclagem química em suspensão nos EUA

A revolução da reciclagem química em suspensão nos EUA






Reciclagem química em suspensão nos EUA

Reciclagem química em suspensão nos EUA

Apesar de ser amplamente apoiada pela indústria do plástico, a reciclagem química ainda enfrenta resistências de outros setores, tendo em vista que não possui o apoio incondicional da porteira da indústria a fora.

Na imagem há duas mãos, de duas pessoas de pele branca, envoltas de um saco plástico. A imagem representa o título da matéria, sobre a suspensão da reciclagem química no EUA

Frente a isso, ainda encontram-se dúvidas em relação à reciclagem química, uma vez que a real contribuição a sustentabilidade, o processo ainda enfrenta resistências. Assim, a suspensão da construção de uma planta de reciclagem por pirólise nos Estados Unidos, se apresenta como um exemplo dessa resistência.

Dessa forma, a planta, com previsão de financiamento com um investimento de US$ 55 milhões, teve suspensão um ano pelo governo municipal de Youngsville, no estado de Ohio. A decisão aconteceu diante das preocupações com a poluição que a planta poderia causar.

Além disso, a moratória suspende um investimento avaliado em cerca de US$55 milhões, realizado pelo empresa SOBE Thermal Energy Systems.

Esse investimento tinha como objetivo o processamento inicial de 88 toneladas por dia de pneus inutilizáveis triturados, e posteriormente incluiria plásticos pós-consumo e resíduos eletrônicos, conforme relatado pelo site Inside Climate News.

Disputas e oposições sociais e políticas

Diante disso, o projeto da SOBE, de reciclagem química, enfrenta rejeição de um grupo de cidadãos e ativistas ambientais. Entre eles a ONG Beyond Plastics, sem fins lucrativos e de abrangência nacional.

Perante isso, o presidente do conselho municipal de Youngsville, Thomas Hetrick, explicou a suspensão oficial da iniciativa. A alegação se pauta na necessidade de tempo para a comunidade esclarecer dúvidas e compreender os possíveis impactos locais.

Para intensificar as disputas políticas, o site Inside Climate News destaca um argumento dos opositores com nuances sociais. Afirmando que a futura planta está próxima de um presídio e de um dormitório universitário. E localizada em uma área conturbada com moradores de baixa renda e escolaridade. Isso é usado pelos críticos para rotular o projeto como elitista, argumentando que eventuais problemas e impactos negativos afetariam primeiro e diretamente uma população desfavorecida.

Perspectivas divergentes sobre a reciclagem química

Outro ponto de discordância nessa polarização em relação a reciclagem química, que diz respeito à jurisprudência. Pois o método de pirólise, especialmente utilizado para polímeros com baixos teores de oxigênio, levanta a discussão sobre a controvérsia.

Embora acontece em casos como o das poliolefinas, principalmente os resíduos de flexíveis laminados.

Isso porque, a pirólise envolve o craqueamento térmico que converte resíduos plásticos e seus contaminantes em matérias-primas, como gás de síntese e hidrocarbonetos (óleos, ceras, gases diversos).

No entanto, conforme reportado, o projeto da SOBE tem como objetivo fornecer tanto o óleo como insumo para a indústria petroquímica, para o processamento de polímeros, quanto utilizar o gás para aquecer ou resfriar residências.

Desse modo, os advogados da empresa afirmam que a pirólise, ou a reciclagem química, não implica incineração. Sendo assim, esta, uma visão contrastante com a dos críticos do empreendimento.

Estes ressaltam que a respeitada agência regulatória ambiental dos EUA, a EPA (Environmental Protection Agency), descreve a pirólise como uma forma de incineração e argumentam que se trata de uma tecnologia prejudicial em termos sustentáveis, sendo intensiva em energia e emissora de dióxido de carbono na atmosfera.

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