O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou 1 ponto e alcançou 47,2 pontos em outubro de 2025, mas permanece abaixo da linha de 50 pontos que separa confiança de falta de confiança. Com isso, o humor dos industriais segue no campo pessimista pelo décimo mês seguido, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizado entre 1 e 7 de outubro. O resultado mantém o cenário de cautela nas decisões de produção, contratação e investimento, apesar de sinais de alívio nas percepções para o fim do ano.
ICEI cresce, mas ainda indústria permanece pessimista
O avanço de 1 ponto em outubro reflete uma melhora leve, mas insuficiente para romper a barreira de neutralidade do indicador. Na prática, leituras abaixo de 50 indicam pessimismo predominante. O movimento corrobora relatos de empresários de que a atividade segue enfrentando demanda ainda irregular e custos operacionais que pressionam margens. Mesmo com alguma recomposição nas expectativas, os níveis atuais continuam aquém do necessário para reabrir planos paralisados de expansão ou acelerar contratações em grande escala.
A CNI destaca que o componente de Condições Atuais somou 43,2 pontos, após alta de 1,3 ponto (de 41,9 para 43,2). Já o Índice de Expectativas atingiu 49,1 pontos, terceira alta consecutiva no recorte, mas ainda ligeiramente abaixo de 50. Em síntese, os industriais enxergam o presente um pouco menos desfavorável e veem o horizonte sem o mesmo grau de apreensão de meses anteriores, embora a confiança plena ainda não tenha retornado.
O que é o ICEI e como interpretar a marca de 50 pontos
O ICEI é um termômetro mensal do humor do empresariado industrial. Calculado em escala de 0 a 100, o indicador agrega respostas sobre a percepção das condições atuais e as expectativas para os próximos seis meses. Pela metodologia, a linha de 50 pontos é a divisória: leituras acima dela sugerem confiança; abaixo, predomina a falta de confiança. Oscilações próximas desse limite tendem a indicar transição de ciclo ou ajustes finos no ritmo da atividade.
A interpretação do 47,2 de outubro é objetiva: a melhora existe, mas o quadro geral ainda é de cautela. Em contextos assim, decisões que envolvem risco — como expandir turnos, antecipar compras de máquinas ou alongar prazos de financiamento — costumam ser tomadas de forma gradual. A leitura também ajuda a antever o comportamento da produção nos trimestres seguintes, já que confiança e planos de negócio caminham juntos. Quando o ICEI gira por muito tempo abaixo de 50, a indústria tende a operar com capacidade ociosa ligeiramente maior e cronogramas de investimento mais seletivos.
Condições atuais: melhora modesta, ainda no campo negativo
O Índice de Condições Atuais saiu de 41,9 para 43,2 pontos. A leitura sinaliza que, na comparação com seis meses atrás, empresários ainda avaliam o presente como pior, mas com intensidade um pouco menor do que em setembro. Dois vetores ajudam a entender esse ajuste: a acomodação de parte dos custos de insumos em segmentos específicos e algum alívio pontual no encadeamento de pedidos, sobretudo em ramos que abastecem bens essenciais e itens com demanda mais previsível.
Apesar do avanço, 43,2 pontos é um nível historicamente associado a operações defensivas. Empresas tendem a priorizar a gestão de capital de giro, focar linhas de maior giro e adotar políticas comerciais mais conservadoras na concessão de prazos. O resultado também dialoga com relatos de arrefecimento de cancelamentos e renegociações em alguns segmentos, sem configurar virada generalizada do ciclo. Em outras palavras: menos pressão do que no meio do ano, mas distante de uma percepção francamente favorável.
Expectativas avançam pelo terceiro mês, mas seguem contidas
O Índice de Expectativas subiu 2,9 pontos e chegou a 49,1. É um degrau abaixo do patamar de confiança, mas indica que as projeções negativas para o semestre à frente perderam força. Em parte, isso reflete a aproximação do período final do ano, quando setores puxados por datas comerciais reequilibram estoques e programam expedições. Outro elemento é a percepção de maior previsibilidade em custos e prazos de entrega, condição que dá suporte a orçamentos mais realistas e cronogramas de produção menos sujeitos a sobressaltos.
Ainda assim, o distanciamento da marca de 50 pontos sugere que os empresários projetam avanço gradativo, não aceleração. Encomendas extraordinárias permanecem raras e ordens de compra continuam mais fragmentadas, com clientes distribuindo volumes ao longo de semanas em vez de concentrar em poucos lotes. É um comportamento típico de períodos de incerteza moderada: as carteiras se movem, mas o apetite por risco permanece contido e a busca por flexibilidade domina as negociações.
O que diz a CNI e como o calendário pesa no humor
Para o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, ainda é cedo para falar em reversão da falta de confiança. Segundo ele, o fim do ano costuma favorecer a indústria, efeito que tende a aparecer nas expectativas, mas a trajetória recente ainda mantém o indicador abaixo de 50 pontos. A avaliação dialoga com a leitura do ICEI: a melhora de outubro coloca menos pressão no curto prazo, mas não altera a fotografia do ano até aqui, marcada por prudência nos planos de expansão e pelo foco em eficiência operacional.
O componente sazonal é relevante. A etapa final do calendário concentra pedidos para atender ao varejo e à reposição de estoques, o que frequentemente gera uma “janela” de produção mais aquecida em ramos específicos. Historicamente, esse movimento melhora o humor dos empresários, mas nem sempre é suficiente para deslocar o ICEI para terreno positivo. Quando a base do ano é fraca, a alta de fim de ano tende a ser mais uma normalização do que um gatilho de euforia.
Amostra da pesquisa, cobertura e leitura por porte de empresa
A rodada de outubro consultou 1.164 empresas, sendo 458 de pequeno porte, 444 de médio e 262 de grande porte. A coleta ocorreu entre os dias 1 e 7 de outubro de 2025, o que garante que as respostas já capturam a transição do terceiro para o quarto trimestre. A distribuição por porte é importante porque ciclos de confiança não afetam todos do mesmo jeito: companhias maiores costumam ter almofadas financeiras e acesso a crédito mais diversificado, enquanto as menores dependem de prazos de pagamento e do giro do dia a dia para sustentar a operação.
Embora a CNI não detalhe na divulgação pública de rotina o ICEI por porte, experiências anteriores indicam que micro e pequenas tendem a reagir mais rapidamente a choques de demanda e a variações de custos. Em cenários de incerteza, isso pode significar oscilação maior nas respostas mensais. Já as grandes empresas, com contratos mais longos e cadeias mais complexas, costumam exibir ajustes graduais. O dado agregado de outubro sintetiza essas dinâmicas: melhora na margem, mas confiança ainda fora do radar.
Fatores que ajudam a explicar o resultado de outubro
Alguns componentes do ambiente de negócios ajudam a entender por que a confiança subiu um pouco, mas segue aquém de 50. O primeiro é o custo de capital: mesmo com oscilações ao longo do ano, o crédito ainda exige seletividade, e a tomada de recursos para capital de giro permanece mais cara e burocrática para uma parcela das empresas. O segundo é a demanda: em muitos segmentos, o consumo avança de forma desigual, com picos em produtos de maior necessidade e comportamento hesitante em bens duráveis, o que dificulta a montagem de linhas de produção mais longas.
A taxa de câmbio e a concorrência externa também pesam na leitura, especialmente para ramos que importam insumos ou disputam mercados no exterior. Oscilações cambiais alteram rapidamente a conta de custos e margens, exigindo ajustes de preço que nem sempre são repassados no mesmo ritmo. Além disso, despesas recorrentes como energia e logística seguem no radar das indústrias e afetam o humor quando há volatilidade de prazos e tarifas. Esses vetores, combinados, explicam por que a percepção melhora em outubro mas permanece, no agregado, no terreno pessimista.
Sinais práticos a acompanhar até o fim de 2025
A leitura do ICEI aos 47,2 pontos sugere atenção a um conjunto de sinais que podem destravar ou frear a confiança nos próximos meses. Entre eles, o ritmo de pedidos do varejo nas semanas que antecedem datas promocionais e a dinâmica de recomposição de estoques nas cadeias industriais. Se o apetite por reposição se mantiver firme até dezembro, a indústria tende a encerrar o ano com uma ponte melhor para o primeiro trimestre de 2026, o que normalmente se reflete no componente de expectativas.
Também merece monitoramento o comportamento dos prazos de pagamento e da inadimplência entre clientes industriais e comerciais. Em cenários de incerteza, alongamentos de prazo e renegociações podem aparecer com mais frequência, comprimindo o capital de giro. A estabilidade desses indicadores, combinada a custos menos voláteis e a uma carteira de pedidos mais previsível, costuma ser condição necessária para a virada do ICEI para cima da linha de 50 pontos.
- Fluxo de pedidos e ritmo de expedições nas próximas 6 a 8 semanas
- Evolução dos prazos de pagamento e nível de renegociações nas carteiras
- Trajetória de custos sensíveis à indústria (insumos, energia e frete)
- Comportamento do câmbio e impacto nos preços de importados
- Humor setorial em ramos ligados ao consumo e a bens de capital
Perguntas e respostas: o que muda com o ICEI de 47,2
O que o número de outubro sinaliza para a produção? Sinaliza que há menor pressão negativa do que nos meses anteriores, mas a confiança plena ainda não voltou. O impulso adicional ao ritmo de produção depende de carteiras mais cheias e previsíveis. O indicador sozinho não garante aceleração; ele aponta direção. Se as expectativas seguirem subindo e cruzarem 50, a chance de a atividade ganhar tração aumenta no trimestre seguinte.
Quais decisões de negócio tendem a ser afetadas? Em geral, planos de investimento com retorno de prazo longo continuam sob revisão. Já decisões táticas — como recompor estoques de itens de maior giro, revisar mix de produtos e ajustar turnos — tendem a ganhar espaço quando as expectativas melhoram, ainda que marginalmente. O grande divisor de águas, no entanto, permanece a percepção de demanda sustentável no horizonte de seis meses, algo que o ICEI ainda não capturou de forma clara.
Leitura setorial: quem sente primeiro e quem responde depois
Nem todos os segmentos da indústria reagem ao mesmo tempo às mudanças de humor. Ramos mais ligados ao consumo corrente costumam perceber cedo variações na confiança, porque trabalham com pedidos frequentes e ciclos de reposição curtos. Por isso, uma melhora nas expectativas tende a aparecer primeiro em linhas de produtos com giro alto, que permitem ajustes rápidos de produção e logística. Já setores com bens de maior valor e prazos de entrega mais extensos dependem de contratos e orçamentos aprovados com antecedência, o que alonga a resposta a variações do ICEI.
Há também diferenças relevantes entre indústrias voltadas ao mercado interno e aquelas com forte exposição externa. As segundas são mais sensíveis ao câmbio e a condições de demanda em parceiros comerciais, fatores que podem reforçar ou contrabalançar a leitura doméstica de confiança. Em ambos os casos, o patamar abaixo de 50 em outubro sugere estratégia prudente: avançar onde há previsibilidade e preservar caixa onde as incertezas são maiores.
Como empresas usam o ICEI no planejamento do dia a dia
O ICEI não substitui o planejamento interno, mas serve de referência para calibrar decisões. Muitas empresas o combinam com indicadores próprios, como taxa de utilização de capacidade, carteira de pedidos firmes e pedidos em negociação. Quando o humor melhora e se aproxima de 50, é comum ver movimentos como recomposição gradual de estoques de matéria-prima, revisão de metas comerciais e reativação de projetos de produtividade de retorno mais rápido. O inverso também vale quando o indicador cai: foco em eficiência, menor exposição a riscos e renegociação de prazos junto a fornecedores e clientes.
Para a área financeira, leituras abaixo de 50 pedem atenção ao capital de giro, com simulações de cenários de fluxo de caixa e avaliação do custo efetivo total de linhas de crédito. Em operações comerciais, a prática é alinhar metas com realismo, priorizando canais e regiões com melhor tração. No chão de fábrica, gestores costumam priorizar flexibilidade: a capacidade de ajustar mix e volume com agilidade é diferencial quando a confiança ainda não virou.
- Cruzar o ICEI com dados internos semanais de pedidos e cancelamentos
- Ajustar níveis de estoque à previsibilidade da carteira e ao lead time de insumos
- Avaliar custo de capital e alternativas de financiamento de curto prazo
- Revisar metas comerciais por região e canal, preservando margens
- Mapear gargalos logísticos que possam atrasar entregas críticas
Série recente e a leitura dos 10 meses de pessimismo
O fato de o ICEI permanecer abaixo de 50 por dez meses consecutivos reforça a ideia de um ano desafiador para a confiança. Em geral, séries longas no campo pessimista se associam a decisões mais conservadoras no uso de capacidade instalada, com prioridade a pedidos firmes e cautela em rodadas de investimento. O dado de outubro mitiga parte das preocupações, mas ainda indica que a virada dependerá de uma sequência de leituras positivas, preferencialmente com o componente de expectativas cruzando 50 e sustentando-se acima desse patamar por meses seguidos.
Outro ponto da série recente é a diferença entre a percepção do presente e a visão de futuro. Em outubro, as condições atuais seguem mais fracas (43,2) do que as expectativas (49,1), quadro típico de fase de transição. Para que a confiança se materialize em expansão mais ampla, o presente precisa melhorar o suficiente para validar a aposta de quem antecipa produção, e o futuro precisa manter sinais de estabilidade para reduzir incertezas em contratos e orçamentos. Sem essa combinação, os avanços tendem a ser pontuais.
Método de cálculo e limites do indicador
O ICEI é construído a partir de perguntas sobre quatro eixos: condições atuais da economia brasileira, condições atuais da empresa, expectativas em relação à economia e expectativas em relação à própria empresa. As respostas são codificadas em uma escala e agregadas em índices, que são então combinados para formar o resultado geral. Por ser uma pesquisa de opinião, o indicador capta percepções que muitas vezes antecedem os dados “duros” de produção, emprego e faturamento. Essa característica é justamente o que torna o ICEI útil como sinalizador de tendência.
Há, porém, limites. Como qualquer indicador de confiança, o ICEI é sensível a eventos que afetam o sentimento no curto prazo, e leituras isoladas podem oscilar sem que haja mudança estrutural subjacente. Por isso, analistas costumam acompanhar médias móveis e a trajetória dos componentes para diferenciar ruído de tendência. Em outubro, a combinação de melhora nas expectativas e condições ainda fracas reforça a necessidade de observar os próximos meses antes de falar em virada de ciclo.
Leituras relacionadas
Em momentos de oscilação da confiança, empresas e profissionais buscam referências sobre emprego industrial, inovação em processos e uso de materiais para ganho de eficiência. A leitura combinada desses temas ajuda a entender como cadeias produtivas se reorganizam, como a mão de obra é absorvida e quais investimentos tendem a prosperar quando o humor se estabiliza. Abaixo, estão três conteúdos ilustrativos publicados recentemente no mesmo ecossistema de cobertura setorial, com ênfase na atividade e em avanços de processos.
Os títulos destacam a criação de vagas, a aplicação de métodos que reduzem impactos técnicos em fluxos produtivos e o desenvolvimento de aplicações de materiais em linhas de moda e acessórios. Embora tratem de frentes distintas, todos dialogam com a dinâmica industrial ao longo do ano e com a importância de planejamento e produtividade para atravessar períodos de confiança abaixo de 50.
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Efeitos práticos sobre emprego, preços e prazos de entrega
Confiança moderada costuma se traduzir em estabilidade no emprego industrial, com contratações pontuais em linhas de maior giro e ajustes menores em equipes que operam processos críticos. Em preços, o padrão é uma trajetória menos volátil: reajustes tendem a ser setoriais e associados a mudanças de custo específicas, não generalizadas. Quanto aos prazos de entrega, a melhora das expectativas ajuda a reduzir gargalos pontuais, desde que fornecedores e logística mantenham a capacidade de resposta a picos de demanda típicos do fim do ano.
Para o consumidor final, isso pode significar oferta mais regular de produtos, com menor risco de rupturas. Para os fornecedores, é a hora de alinhar cronogramas de entrega e reforçar a comunicação com clientes industriais, evitando sobressaltos. No planejamento de 2026, gestores tendem a incorporar cenários que preveem avanço gradual, condicionando expansões de capacidade a sinais consistentes no ICEI e em outros indicadores antecedentes, como carteiras e sondagens setoriais.
Resumo em pontos-chave do ICEI de outubro de 2025
O mês de outubro trouxe um avanço que não altera a leitura principal do ano: a confiança do industrial permanece no campo negativo, porém menos pressionada do que no início do segundo semestre. Para quem acompanha o dia a dia da atividade, os números oferecem um guia objetivo para calibrar expectativas e definir prioridades. Abaixo, os pontos que sintetizam o retrato do momento com base na sondagem da CNI.
Os destaques ajudam a separar fato de percepção e a identificar quais sinais merecem atenção imediata. Em linhas gerais, melhora nas expectativas, condições atuais ainda fracas e horizonte que pode ganhar tração caso a demanda permaneça firme nas próximas semanas. O comportamento dos custos e a estabilidade do crédito continuam como variáveis de peso nessa equação.
- ICEI em 47,2 pontos, alta de 1 ponto no mês, ainda abaixo de 50
- Condições Atuais subiram 1,3 ponto, para 43,2 pontos
- Expectativas avançaram 2,9 pontos e chegaram a 49,1
- Pessimismo persiste por dez meses consecutivos
- CNI ouviu 1.164 empresas entre 1 e 7 de outubro de 2025
Como o dado conversa com outros termômetros de atividade
Sondagens de confiança, dados de produção física, utilização de capacidade e indicadores de comércio formam, em conjunto, o painel de leitura do ciclo industrial. O ICEI costuma anteceder movimentos desses outros termômetros, apontando para onde o humor caminha antes de os números “reais” aparecerem. Quando a confiança melhora e se aproxima de 50 por tempo suficiente, a probabilidade de uma recuperação mais ampla da produção aumenta, especialmente em atividades sensíveis ao crédito e à renda disponível.
A leitura de outubro é compatível com um cenário de estabilização com viés de alta. A manutenção dessa trajetória dependerá de variáveis como preços relativos de insumos, condições de financiamento e ritmo do consumo. O cruzamento desses dados ao longo de novembro e dezembro tende a dizer se a alta do ICEI abre caminho para um começo de 2026 mais favorável ou se permanecerá como alívio pontual dentro de um ano predominantemente cauteloso.